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TESE Ana Clarade Reboucas Carvalho 2016.pdf: 2825720 bytes, checksum: f365fca19cfe1534b9829b562f6918ff (MD5) / A violência é considerada um dos cinco problemas prioritários do mundo, segundo o
Relatório Mundial sobre a Prevenção da Violência (OMS, 2014). De acordo com este
documento, muitos países estão desenvolvendo planos de ação, e investindo em prevenção, mas não em níveis adequados e compatíveis com a dimensão e a gravidade
do problema. O Brasil não foge à regra, e tem apresentado índices de violência
expressivos que a tornam um problema social e de saúde pública de grande relevância. Em face deste quadro, esta pesquisa partiu da seguinte questão de investigação: como atores de um dado território atuam e interatuam para prevenir violências recorrentes neste
espaço? Isto posto, objetivei descrever os processos de ação e interação entre lideranças comunitárias, policiais e profissionais de saúde no que diz respeito à abordagem preventiva de violências frequentes em um bairro popular de Salvador, Bahia. Mais especificamente, descrevi ações de prevenção de violência desenvolvidas nos dispositivos comunitários e institucionais (serviço de saúde, Base de Segurança), o grau
de articulação entre estes segmentos, bem como busquei identificar limites e
potencialidades das experiências em foco, de modo a refletir sobre possíveis
contribuições à abordagem preventiva em outros contextos comunitários. Para tanto,
realizei uma etnografia que incorporou a Teoria Ator Rede, com ênfase na conformação heterogêneas das redes que atuam preventivamente sobre a violência, especialmente, em territórios sócio-ambientalmente vulneráveis. A experiência etnográfica e a análise do corpus atenderam à pergunta desta pesquisa nas seguintes direções: os atores comunitários e institucionais que acompanhei executam ações preventivas em diferentes perspectivas e voltadas a públicos igualmente diversos, com certa ênfase na infância e adolescência; tais ações tendem a se desenvolver de modo pouco articulado entre si e, especialmente, entre os dispositivos comunitários e institucionais presentes no bairro, com destaque para a ainda discreta atuação do serviço de saúde no que tange o objeto
em foco. As principais limitações vistas e apontadas pelos atores dizem respeito ao frágil estímulo estatal e às grandes restrições de recursos públicos, em especial, às dificuldades de ordem estrutural e funcional para o desenvolvimento das ações, o que, por
outro lado, contrastam com o potencial criativo, agregador e mobilizador destes atores. O estudo revelou, portanto, aspectos especialmente complexos relativos aos processos de enfrentamento da violência, apontando limitações estruturais e funcionais desde a
proposição de ações preventivas à manutenção destas no tempo, tanto nos dispositivos comunitários, com destaque para os espaços educativos, quanto nos institucionais, a exemplo dos desafios vistos nos serviços de saúde e de segurança pública do bairro, em que pesem a mobilização e protagonismo dos atores a despeito de tais fragilidades. Finalmente, é esperado que o conjunto das análises deste trabalho venha a contribuir com as políticas públicas vigentes, ou a serem formuladas, voltadas à prevenção das
expressões de violência recorrentes neste e em semelhantes contextos urbanos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/21640 |
Date | 12 December 2016 |
Creators | Carvalho, Ana Clara Rebouças |
Contributors | Trad, Leny Alves Bomfim, Noronha, Ceci Vilar, Mota, Clarice Santos, Costa, Heloniza Oliveira Gonçalves, Souza, Iara Maria de Almeida |
Publisher | Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, ISC-UFBA, brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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