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Avaliação da patogenicidade e do mecanismo de resistência à meticilina em amostras de Staphylococcus spp

Submitted by Daniella Sodre (daniella.sodre@ufpe.br) on 2015-04-17T15:34:56Z
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Previous issue date: 2013-02-26 / FACEPE; CNPq / Os estafilococos fazem parte da microflora da pele e mucosa humana e podem se
comportam como patógenos oportunistas. Staphylococcus aureus é a espécie
responsável por grande número de infecções principalmente em ambiente hospitalar
devido à diversidade de fatores de virulência que abriga. Staphylococcus Coagulase
Negativo (SCN) vem se destacando como patógeno principalmente associado a
colonização de biomateriais utilizados em procedimentos médicos. Como agravante
essas bactérias têm capacidade de adquirir mecanismos de resistência aos
antimicrobianos. Neste trabalho analisamos mecanismos de patogenicidade (produção
de biofilme e presença de genes toxigênicos) e resistência à meticilina (classificação do
cassete SCCmec e produção de PBP2a) em Staphylococcus spp. de infecções
nosocomiais de um hospital universitário da cidade de Recife, Pernambuco, Brasil. A
maioria das amostras de S. aureus e SCN revelaram-se icaAD positivas e produtoras de
biofilme no meio Agar Vermelho Congo-AVC. O loco hlgCB que codifica a γ-toxina
foi encontrado em 42/45 (93,9%) S. aureus e 24/49 (49%) SCN; lukSF que codifica a
leucocidina de Panton-Valentine-PVL, em 13/45 (28,9%) S. aureus e 06/49 (12%)
SCN; e tst que codifica a toxina da síndrome do choque tóxico-TSST-1, foi encontrada
em três das 45 amostras de S. aureus e uma das 49 amostras de SCN analisadas.
Sessenta e oito dos 84 isolados analisados foram classificados nos seguintes tipos de
SCCmec: SCCmec tipo II (17%), SCCmec tipo III (26%), SCCmec tipo IV (34,5%) e
SCCmec tipo V (3,5%); em 19% dos isolados o tipo do SCCmec não foi determinado e
nomeados como SCCmec Não Definido (ND). 61% da população estudada revelou-se
resistente à oxacilina e 39% sensível nos testes de Concentração Inibitória Mínima
(CIM) e MHA suplementado com oxacilina e a presença da PBP2a foi detectada por
Western blot com antissoro anti-PBP2a em 76% dos isolados. Em conclusão foram
encontrados os genes da γ-toxina e da leucocidina de Panton-Valentine e do gene do
choque tóxico em SCN. A presença de genes toxigênicos e genes associados
epidemiologicamente com cepas da comunidade, em cepas nosocomiais de SCN, sugere
transferência horizontal de genes e representa um importante incremento do potencial
patogênico dos SCN no ambiente hospitalar. Foi demonstrado que a presença dos genes
icaAD não está diretamente associada a formação de biofilme em testes fenotípicos
(AVC e PCT), embora o meio AVC seja mais eficaz nessa determinação que o teste em
PCT, principalmente se otimizado pela substituição de componentes na sua formulação
(meios básicos e fonte de açúcar) e no inóculo (suplementação com glicose e NaCl). A
diversidade de elementos SCCmec e a ocorrência de linhagens clonais associadas
epidemiologicamente com a comunidade em ambiente hospitalar sugere que isolados de
SCN podem atuar como reservatórios de elementos SCCmec contribuindo para
emergência de novos clones meticilina resistentes e corrobora com a dissolução da
classificação de cepas comunitárias e nosocomiais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/13416
Date26 February 2013
CreatorsOLIVEIRA, Wagner Luis Mendes de
ContributorsALMEIDA, Alzira Maria Paiva de, LEAL, Nilma Cintra
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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