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Mapeando riscos e selecionando interações: a construção de defesas contra a violência por Agente Comunitários de Saúde de Salvador-Ba

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Previous issue date: 2012 / O presente estudo teve como objetivo analisar as defesas dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) contra as possíveis vitimizações (diretas e indiretas) presentes no seu cotidiano de trabalho. Estudos têm abordado ameaças e/ou vitimizações sofridas por categorias profissionais. São ocorrências relacionadas à forma como a sua atividade está organizada. No contexto da atenção à saúde, a violência compromete a equidade e a qualidade na prestação dos serviços. Diante da ameaça de violência, os sujeitos realizam alterações das suas atividades rotineiras para constituir defesas. Estas se baseiam ações individuais e inter-individuais, no reconhecimento e uso seletivo do espaço urbano e/ou no recurso aos laços sociais com atores legais e ilegais. Foi utilizada metodologia qualitativa, com recurso à triangulação metodológica. As técnicas utilizadas foram análise de documentos referentes à atividade de ACS, observação participante das rotinas nas unidades, dos deslocamentos e visitas aos domicílios, e entrevistas semi-estruturadas com 22 ACS. Foram contextos da pesquisa uma entidade de representação da categoria (Contexto A) e dois Distritos Sanitários (DSB e DSC) da cidade de Salvador-BA. Para a análise dos dados , foi feito recurso ao corpo de técnicas da Análise de Conteúdo. Medidas referentes à ética incluíram apresentação de termos de consentimento livre e esclarecido e preservação de nomes, datas, locais e quaisquer outras informações que pudessem comprometer a privacidade dos sujeitos. Os resultados indicam que as vitimizações sofridas e as defesas empreendidas pelos ACS se estruturam em três espaços: privado, público-estatal e público. No espaço privado e no público-estatal as principais ameaças são representadas pelos usuários do programa. No espaço público, os ACS são vitimizados pela exposição às atividades criminosas e a eventuais conflitos armados na microárea. Entre as defesas, destacam-se a cuidadosa avaliação do estado do morador antes de adentrar as residências ou de intervir em situações de violência doméstica, o mapeamento da área e a seletividade no trânsito pelas ruas. Destaca-se ainda o uso de defesas baseadas em interações e negociações com atores legais (rede de vigilância) ou ilegais (créditos de proteção). / Salvador

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/10928
Date January 2012
CreatorsSoares, Carla Silva
ContributorsMachado, Eduardo Paes
PublisherDissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, como requisito parcial para obtenção do grau de mestre em Saúde Comunitária.
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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