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Desenvolvimento e caracterização de membranas de quitosana e casca de banana verde para cicatrização de feridas cutâneas

Conhecida popularmente por sua capacidade cicatrizante, a casca de banana verde foi objeto de estudo deste trabalho para que juntamente com a quitosana, material amplamente estudado como biomaterial por suas propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias e antibacterianas, formasse uma membrana com aplicações em lesões cutâneas. O tratamento de feridas da pele (queimaduras, úlceras, feridas cirúrgicas e de diabetes) é um problema mundial devido às possíveis complicações decorrentes do processo de cicatrização, como infecções, septicemia e até o óbito. Este estudo fez-se interessante por ser a banana um fruto amplamente cultivado ao redor do mundo, assim como o fato de a quitosana ser derivada da quitina, um subproduto da indústria pesqueira, de modo que sua produção seja econômica e ambientalmente viável. Para a preparação das membranas a base de quitosana, foram estudados dois diferentes métodos de extração dos princípios ativos da casca de banana verde, o método da decocção e da secagem. Ambos os métodos apresentam bons resultados em relação às características mecânicas das membranas formadas, ressaltando-se que foi necessária a utilização de quantidades menores de pó obtido no método da secagem para que as membranas produzidas apresentassem uma textura melhor. No processo de cicatrização cutânea a região afetada deve ser mantida úmida, por isso foi feito o teste de comportamento hídrico das membranas, avaliando-se a porcentagem de intumescimento. Todas as membranas produzidas apresentaram elevada capacidade de intumescimento quando imersas em solução tampão de pH semelhante ao sangue, em temperaturas próximas a da temperatura corporal, 37º C. As membranas também apresentaram permeabilidade ao vapor d’água, sendo que a membrana preparada com casca de banana em pó, devido a maior presença de sólidos em suspensão, os quais aumentaram o volume livre entre as moléculas, possibilitou uma maior passagem de vapor d’água através da mesma. O caráter hidrofílico das membranas foi comprovado pelas análises de ângulo de contato. A temperatura de fusão, Tm, obtida por meio da análise de DSC, sugere que as membranas formadas com a casca em pó, têm um grau de cristalinidade menor que as demais. Ambos os métodos foram eficientes na preparação de membranas com resultado inibitório de crescimento das bactérias analisadas, S. aureus e E. coli. Conclui-se que os dois métodos estudados para extração dos metabólitos na casca de banana verde foram eficientes para formação de membranas com características adequadas para o uso em cicatrização de feridas cutâneas. / Popularly known for its healing ability, the banana peel of the unripe fruit has been the object of this study forming a membrane to be used in skin injuries, together with chitosan, material widely studied as a biomaterial due to its healing properties, anti - inflammatory and antibacterial activity. The treatment of skin wounds (burns, ulcers, surgical wounds and diabetes) is a worldwide problem because of the possible complications of the healing process, such as infection, sepsis and even death. This study is interesting because banana is widely cultivated around the world, as well as the fact that chitosan is derived from chitin, a byproduct of the fishing industry, which makes its production economically and environmentally viable. For the preparation of the membranes based on chitosan , two different methods of extraction of the actives principles from the unripe bananas peels were studied, the method of drying and the method of decoction. Both methods has given good results in relation to the mechanical characteristics of the formed membranes, except the dried product that need to have reduced the quantity of power in order to produce a membrane with a better consistency. In the wound healing process the affected area should be kept moist. The behavior of the membranes in pH similar to blood and at temperature near to body temperature was done measuring the percentage of swelling capacity. All the membranes showed swelling capacity and permeability to water vapor. The analysis of contact angle showed the hydrofhilic nature of the membranes. The melting temperature, Tm, obtained by DSC analysis suggests that the membranes formed with the powder of the peels have a lower degree of crystallinity than the others. Both methods were efficient to prepare membranes that were able to inhibit the bacterial growth, S. aureus e E. coli. The conclusion is that the two methods studied for the extraction of metabolites of green banana peel were efficient for the formation of membranes capable to be used in wound healing characteristics.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:10.254.254.39:tede/614
Date22 July 2014
CreatorsFRANCO, Patrícia Battaglini
ContributorsCAMPOS, Maria Gabriela Nogueira, http://lattes.cnpq.br/1741478379427600, MARQUES, Rodrigo Fernando Costa, MARTINS, Edivaldo Aparecido Nunes Martins, MARIANO, Neide Aparecida
PublisherUniversidade Federal de Alfenas, Instituto de Ciência e Tecnologia, Brasil, UNIFAL-MG, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFAL, instname:Universidade Federal de Alfenas, instacron:UNIFAL
Rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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