Return to search

As faces e as marcas do sujeito em Le grand routier de mer.

Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-05-16T11:55:05Z
No. of bitstreams: 1
Rita Maria Ribeiro Bessa.pdf: 91645 bytes, checksum: c2621a08eda97d22c71a953b472f6538 (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-05-27T21:30:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Rita Maria Ribeiro Bessa.pdf: 91645 bytes, checksum: c2621a08eda97d22c71a953b472f6538 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-27T21:30:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Rita Maria Ribeiro Bessa.pdf: 91645 bytes, checksum: c2621a08eda97d22c71a953b472f6538 (MD5)
Previous issue date: 2008 / Os roteiros da Carreira da Índia e da Carreira do Brasil, traduzidos pelo holandês J. H. van Linschoten, são fundamentais para facilitar a expansão marítima européia no século XVI para as Índias Orientais. Os Países Baixos, a Inglaterra e a França ambicionavam a conquista destas rotas que permitiria pôr fim ao monopólio comercial lusitano e espanhol nas Índias. Os roteiros selecionados como corpus desta pesquisa são escritos em francês médio e foram publicados em Le grand routier de mer (1610). O discurso destes roteiros é constituído por enunciados que trazem orientações das rotas, descrições sobre os locais e sinais encontrados no caminho para as Índias e, sobretudo, advertências.Trata-se de uma obra cuja fidedignidade aos originais portugueses já foi comprovada e que reúne, ao lado das informações dos roteiros portugueses que chegaram às mãos de J. H. van Linschoten, aquelas informações que ele acrescentou a partir de sua experiência na Índia, ao lado de portugueses e espanhóis. É feita a análise da variante lingüística na qual são estruturados, a saber, o francês médio cujos limites são pontuados entre os séculos XIII e XVI. O francês médio apresenta-se como uma língua em fase de mudanças. Ele caracteriza ainda o momento de busca da afirmação e da unidade da língua francesa como idioma nacional. Os textos franceses dos Roteiros da Carreira da Índia e da Carreira do Brasil são uma fonte rica em fatos característicos deste momento do idioma. A partir de alguns fatos lingüísticos encontrados e da relevância atribuída ao eu que nos roteiros se refere ao piloto-autor e ao tradutor, adotam-se pressupostos que permitem uma nova leitura das marcas pessoais e que concebem a língua como o resultado da ação do falante enquanto sujeito histórico, social e circunstancial. A teoria da dêixis e a teoria da enunciação elucidam, inicialmente, o referente do Je (eu) no discurso dos roteiros, no caso, o tradutor, como também, o seu alocutor (vous). Porém, as análises concernentes à ocorrência da marca Je relativa ao piloto e as demais marcas lingüístico-discursivas que são deixadas no discurso dos roteiros pelo sujeito são examinadas segundo os pressupostos teóricos da escola francesa de análise do discurso, sobretudo, a partir das idéias de S. Possenti. Nesta perspectiva, sujeito e discurso são indissociáveis do contexto sócio-histórico e circunstancial, como também, da noção de atividade e de escolha do sujeito no processo de construção dos sentidos. Conclui-se, de acordo com os fatos encontrados nos roteiros e de acordo com a proposta de S. Possenti, que o sujeito de Le grand routier de mer é o sujeito-tradutor que assume diversas faces, a saber, sujeito-de-direito-tradutor-espiãoautor e que age sobre o material lingüístico para, através de seu discurso, facilitar a conquista das rotas para as Índias. / Salvador

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/11406
Date January 2008
CreatorsBessa, Rita Maria Ribeiro
ContributorsTelles, Célia Marques
PublisherPrograma de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0022 seconds