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Cultura popular e nacionalidade no Brasil: tessituras, conflitos e cumplicidades

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Vanusa Mascarenhas Santos.pdf: 1686656 bytes, checksum: 9423c18156ebbff3b0bc705709b26c2c (MD5) / CAPES / Estudo da dizibilidade produzida acerca da cultura popular no Brasil, observando
como intelectuais, Estado e fazedores de cultura popular têm dialogado a partir de
1947, quando é criada a Comissão Nacional de Folclore, e as linhas de força que
suturam esses acontecimentos, de modo a constituírem um agrupamento discursivo
aparentemente soberano e natural. O corpus da presente pesquisa foi constituído
pela Carta de Folclore redigida em 1951; Carta de Folclore de 1995, releitura do do-
cumento anterior; Anais do VIII Congresso Brasileiro de Folclore; Anais do I Seminá-
rio Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares; discursos do então
Ministro da Cultura, Gilberto Gil, proferidos em 2003, e entrevistas realizadas com folcloristas em 2011. Trata-se de uma abordagem qualitativa, delineada como estudo
documental, complementada com pesquisa de campo e análise interpretativa dos
dados. O movimento textual empreendido na tese foi o de trazer à cena as lacunas,
impasses, silenciamentos e as dissensões desses discursos. Compreendendo essa
operação como um retecer discursivo, assume-se a impossibilidade da síntese, haja
vista a existência de diferenças irremediáveis necessárias para o avanço no debate teórico sobre a cultura popular no momento contemporâneo, proposição pensada a
partir das seguintes questões: como ferir o discurso da unidade, alicerçado no para-
doxo de sermos uno em nossa diversidade cultural e, assim, descosturar as ilusórias
incorporações, sem representação efetiva de muitos, as quais, ao longo da nossa
história, têm produzido inúmeras desigualdades?; O diálogo entre Estado e sociedade civil, imprescindível para a elaboração e o implemento de políticas públicas, tem sido profícuo em todos os setores culturais?; Os sujeitos, cujas práticas culturais historicamente foram excluídas das agendas governamentais, têm efetivamente participado desse processo ou apenas se alojado numa maquinaria discursiva que se
mantém conectada a um sistema organizacional resistente a ações descentralizado-
ras? O projeto de inclusão cultural posto em curso desde 2003 pelas instâncias go-
vernamentais tem demandado mudanças epistemológicas e organizacionais e se
feito acompanhar por elas? Os estudos mostraram que o esforço de imprimir às polí-
ticas públicas para a cultura popular um caráter democrático e participativo não neu-
traliza um desejo de harmonização dos diferentes brasis, às voltas com questões
identitárias, o que podemos interpretar como estratégia de controle que se confronta
a resistências, a exemplo do trabalho que ora se constrói.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/15695
Date11 March 2013
CreatorsSantos, Vanusa Mascarenhas
ContributorsRibeiro, Maria de Fátima Maia, Costa, Edil Silva, Ribeiro, Maria de Fátima Maia, Costa, Edil Silva, Santos, Alvanita Almeida, Bonfim, Carlos Alberto, Santos, Osmar Moreira dos
PublisherInstituto de Letras, Letras e Linguistica, UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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