Violência contra a criança no estado da Bahia

Submitted by ROBERTO PAULO CORREIA DE ARAÚJO (ppgorgsistem@ufba.br) on 2016-07-11T12:02:06Z
No. of bitstreams: 1
Christianne Sheilla Leal Almeida Barreto.pdf: 6609974 bytes, checksum: 1c8e53f2c77ad5eb791c0c90181a6e96 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-11T12:02:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Christianne Sheilla Leal Almeida Barreto.pdf: 6609974 bytes, checksum: 1c8e53f2c77ad5eb791c0c90181a6e96 (MD5) / Introduction. Violence has always been part of human experience and its impact can be seen in several ways. When the victim is a child there is a special global concern, justified not only for the undeniable weakness of this group as well as the human potential it represents. In Brazil, working in support of actions to combat this form of violence depend on the full compliance of the law by legal, social and police institutions aswell as by professionals in the health sector providing assistance to victims. However, existing statistics expose only a part of reality, due to the subrecords observed in the main official sources of information. Objective.To analyze information on violence against children, available at database of public information systems of health and safety sectors. Methodology.Descriptive study of the time series records of violence against children aged 0-11 years living in the state of Bahia, which occurred between 2008 and 2014, from data collected in four public information systems: SIM, SIH/SUS, SINAN and SGE. Data on violence against children filed in each system were analyzed separately and then compared, considering the variables related to the characterization of the victim and the aggressor, type and place of occurrence of violence, referral of the case by health professionals, apart from the quality of available data. In the analysis of the results the Excel 2007 spreadsheet was used for the assembly ofdatabase and the statistical software Statistical Package for Social Sciences -SPSS v. 20 for the calculation of absolute and relative frequencies, and fees. As for SINAN data, Relative Risk tests wasalso calculated. Results and discussion. Two hundred and eight records of child deaths due to violence were analyzed in the SIM, most of them male (124/59.6%), aged between 5 and 9 years (68/32.7%), mixed race color, victims of physical violence (172/82.7%), andthe residence of the victim was the predominant site. The 5962 records of hospitalizations in SIH/SUS revealed that most children were male (3,793/63.6%), aged between 5 and 9 years (2225/37.3%), victims of an unspecified kind of violence (3,743/62.8%). As for the 3981 cases reported in SINAN, most were female children (2207/55.4%), aged between 5 and 9 years (1582/39.7%), victimized by physical violence (1921/57.1%). This system also found that in most cases the perpetrator was a male individual known by the child. As for referrals made, specialized units and community councils were the predominant destinations. Analysis of 16 466 SGE records showed that 7,836 children (47.6%) suffered physical violence. Conclusion. The findings of this research showed that the four systems allow characterize the violence against children 0-11 years old, resident in the State of Bahia. However, one common aspect observed refers to the flaws identified in data quality, compromising the monitoring, control and decision-making by the authorities of health and public safetysectors. / Introdução. A violência sempre fez parte da experiência humana e seu impacto pode ser verificado de várias formas. Quando as vítimas são crianças, existe uma especial preocupação mundial, justificada não somente pela incontestável fragilidade desse grupo como também pelo potencial humano que ele representa. No Brasil, os esforços em prol de ações para combater essa forma de violência dependem do fiel cumprimento da legislação pelas instituições jurídicas, sociais e policiais, bem como pelos profissionais do setor saúde que prestam assistência às vítimas. Todavia as estatísticas existentes expõem apenas uma parte da realidade, em decorrência dos sub-registros observados nas principais fontes oficiais de informação.
Objetivo. Analisar as informações sobre a violência praticada contra crianças, disponíveis nos bancos de sistemas públicos de informação dos setores da saúde e segurança.
Metodologia. Estudo descritivo da série histórica de registros da violência praticada contra crianças na faixa etária de 0 a 11 anos, residentes no Estado da Bahia, ocorridos entre 2008 e 2014, a partir dos dados coletados em quatro sistemas públicos de informação: SIM, SIH/SUS, SINAN e SGE. Os dados sobre a violência praticada contra a criança arquivados em cada sistema foram analisados isoladamente e posteriormente comparados, considerando-se as variáveis referentes à caracterização da vítima e do agressor, tipologia e local de ocorrência da violência, encaminhamento do caso pelos profissionais de saúde, além da qualidade dos dados disponibilizados. Na análise dos resultados, foi utilizada a planilha eletrônica Excel 2007 para a montagem dos bancos e o software estatístico Statistical Package for the Social Sciences, SPSS v. 20, para os cálculos das frequências absolutas, relativas e taxas. Para os dados do SINAN, foi calculado também o Risco Relativo.
Resultados e discussão. Foram analisados 208 registros de óbitos de crianças por violência no SIM, a maioria do sexo masculino (124 –59,6%), com idades entre 5 e 9 anos (68 – 32,7%), raça ou cor parda, vítimas de violência física (172 – 82,7%), sendo a residência da vítima o local predominante. Os 5.962 registros de internações no SIH/SUS revelaram que a maioria das crianças eram do sexo masculino (3.793 – 63,6%), com idades entre 5 e 9 anos (2.225 – 37,3%), vitimadas por um tipo de violência não especificado (3.743 – 62,8%). Já nos 3.981 casos notificados no SINAN, a maior parte eram de crianças do sexo feminino (2.207 – 55,4%), com idades entre 5 e 9 anos (1.582 –39,7%), vitimadas pela violência física (1.921 – 57,1%). Esse sistema também identificou que, na maioria dos casos, o autor era um indivíduo do sexo masculino e conhecido da criança. Quanto aos encaminhamentos realizados, as unidades especializadas e os conselhos tutelares foram os destinos predominantes. A análise dos 16.466 registros do SGE levantou que 7.836 crianças (47,6%) sofreram violência física.
Conclusão. Os achados desta pesquisa apontaram que os quatro sistemas permitem caracterizar a violência praticada contra a criança de 0 a 11 anos, residente no Estado da Bahia. Contudo, um aspecto comum observado se refere às falhas identificadas na qualidade dos dados, comprometendo o acompanhamento, controle e tomada de decisões pelas autoridades dos setores saúde e segurança pública.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/19669
Date03 December 2015
CreatorsBarreto, Christianne Sheilla Leal Almeida
ContributorsAraújo, Roberto Paulo Correia de, Jones, Daysi Maria de Alcântara, Costa, Maria da Conceição Oliveira, Jones, Daysi Maria de Alcântara, Paim, Jairnilson Silva, Zimmermann, Rogério Dubosselard, Cavalcanti, Alessandro Leite
PublisherInstituto de Ciências da Saúde, Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas, ICS, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.01 seconds