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Uma chama na Amazônia: campesinato, consciência de classe e educação: o movimento sindical dos trabalhadores rurais de Santarém (PA), (1974-85)

Submitted by Beatriz_ Estagiaria (marcianb@ig.com.br) on 2012-02-08T16:17:16Z
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000052132.pdf: 7384008 bytes, checksum: 539f0adba2073a5f03c1a38dd6a135f9 (MD5) / La paysannerie de Santarém (petits fermiers e pécheurs, colons propriétaires et simples occupants de terres publiques, etc.) est très diversifiée. On peut distinguer trois trajectoires : celle de la paysannerie riveraine des eaux, dont l’origine remonte au temps de la Colonie, celle de la paysannerie du plateau, formée par les familles du Nord-Est que ont fui le latifundium et la sécheresse, celle enfin de la paysannerie des routes, que s’est formée à partir de la pénétration en Amazonie du modèle capitaliste dominant. Cependant la même menace d’exclusion que fait peser sur eux ce modèle, plus ou moins directement, les unit. Les conditions économiques et sociales crées par l’histoire, la conjoncture de l’époque et l’action de différents acteur sociaux – éducateurs, agents de l’Eglise locale, paysans – ont permis la naissance, au milieu des années 1970, d’un mouvement de « travailleurs ruraux ». Dans la troisième période analysée (1983-1985), l’organisation syndicale paysanne impose sa force relative a la civitas, la « ville pensée comme lieu du politique », se faisant présente dans la ville de Santarém, dans la Centrale Unique des Travailleurs et, par ses membres, dans le Parti des travailleurs. A chaque période se combinent de manière différente trois « degrés » ou « moments » constitutifs, selon Gramsci, de la conscience de classe : le « moment économique-corporatif », le moment syndical et le moment politique. Dans ce processus d’interaction concrétisé dans ses luttes (pour terre, santé, routes et transports, meilleurs prix pour la production, préservation de la pêche, etc.) et dans son organisation, la paysannerie de Santarém forge son identité collective, sa conscience de classe. Cette histoire est donc vue autant comme « politique-militaire », dans laquelle un groupe social lutte pour maintenir et augmenter son espace physique et social, que pédagogique, dans laquelle le groupe se socialise et construit une nouvelle vision du monde, assimilant et forjant les outils conceptuels et opérationnels nécessaires à sa survie comme classe et à son affirmation comme citoyens. / O campesinato santareno (lavradores, pescadores, posseiros, colonos etc.) é extremamente diversificado, guindo-se três trajetórias: a) a do campesinato de beirario, oriundo do tempo do Brasil-colônia; b) a do campesinato do planalto, formado por nordestinos fugidos das secas e do latifúndio e por sobreviventes do auge da borracha; c) a do campesinato das estradas, que se origina na penetração da Amazônia em consequência do modelo capitalista dominante. Porém todos se identificam pela mesma ameaça de exclusão frente a este modelo que lhes atinge direta ou indiretamente. As condições econômico-sociais criadas pela história, a conjuntura e a ação de determinados agentes sociais - da Pastoral, educadores e lavradores - propiciaram, em meados dos anos 70, a eclosão de um movimento de trabalhadores rurais. Este movimento é visto num primeiro período (1974-78) como comunitário, de ação e perspectivas limitadas; num segundo período (1978-82) se define, predominantemente, como movimento voltado para a organização sindical dos trabalhadores rurais; no terceiro período analisado (1983-85),a organização sindical dos camponeses impõe a sua força relativa à 'cidade política', presente na cidade de Santarém, na CUT e com uma ativa participação deles no PT. Em cada período, combinam-se de modo diferente três 'graus' ou 'momentos', constitutivos, segundo Gramsci, da consciência de classe: o 'momento econômico-corporativo', o momento sindical e o momento político. Neste processo de interacão, concretizado nas suas lutas (por terra, saúde, estrada, melhores preços para a sua produção, contra a pesca predatória, etc.) e na sua organização, o campesinato santareno forja a sua identidade coletiva, sua consciência de classe. Esta história é vista, ao mesmo tempo, como 'político-militar', em que um grupo social luta para manter e ampliar o seu espaço físico-social, e como pedagógica, em que o grupo se socializa e constrói uma nova visão do mundo, adquirindo/ forjando os instrumentes conceituais e operacionais necessários para sobreviver como classe em que seus componentes se impõem como cidadãos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:bibliotecadigital.fgv.br:10438/9266
Date02 May 1989
CreatorsLeroy, Jean-Pierre
ContributorsInstitutos::IESAE, Grzybowski, Cândido
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional do FGV, instname:Fundação Getulio Vargas, instacron:FGV
RightsTodo cuidado foi dispensado para respeitar os direitos autorais deste trabalho. Entretanto, caso esta obra aqui depositada seja protegida por direitos autorais externos a esta instituição, contamos com a compreensão do autor e solicitamos que o mesmo faça contato através do Fale Conosco para que possamos tomar as providências cabíveis., info:eu-repo/semantics/openAccess

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