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Aumento da produçao de sementes geneticamente melhoradas de Acacia mearnsii De Wild. (Acácia-Negra) no Rio Grande do Sul

Acacia mearnsii De Wild, é uma espécie florestal australiana, plantada principalmente na África do Sul e Brasil, sendo aqui conhecida como acácia-negra ou mimosa. É uma das espécies florestais de maior importância social e industrial para o Estado do Rio Grande do Sul. Vem sendo plantada comercialmente desde 1930 e, atualmente, estima-se que participa com um terço do total das plantações florestais existentes no Estado. Somente a partir de 1983 é que se iniciaram os trabalhos de melhoramento genético da espécie no Brasil. Em função do fato de que, atualmente, cerca de mais de dois terços das sementes utilizadas nos plantios não apresentam nenhum grau de controle, procurou-se através desse estudo propor alternativas para aumentar a disponibilidade, melhorar a qualidade genética das sementes e, conseqüentemente, aumentar a produtividade florestal das futuras plantações. Para tanto, utilizaram-se as informações de dois testes de procedências com germoplasma australiano e de dois testes de progênies de segunda geração de árvores selecionadas em plantações brasileiras. Os testes foram instalados em duas regiões agroclimáticas distintas do Rio Grande do Sul (municípios de Cristal e Piratini). Nos quatro testes utilizou-se o delineamento blocos ao acaso, com 10 repetições e seis plantas por parcela. Para efeito de comparação, utilizaram-se sementes brasileiras e sul-africanas. Considerando os testes de procedências constatou-se, aos 6 anos de idade, maior produtividade de madeira no experimento instalado em Piratini. Para estimar o potencial florestal da procedência selecionou-se o caráter soma do DAP da parcela. Nesse caráter detectou-se a existência de variação genética entre procedências. Nas regiões litorâneas dos estados de New South Wales e Victoria estão localizadas as procedências com maior potencial de produção de madeira. Já para os caracteres teor de tanino, espessura dos galhos e forma das árvores, avaliados nas 20 procedências que apresentaram maiores valores de soma do DAP da parcela, a variação genética foi praticamente nula. A interação procedências x locais foi estatisticamente significativa, porém com baixa magnitude sob a ótica de melhoramento genético. Já a população de árvores avaliadas nos dois testes de progênies de segunda geração apresentou muito baixa variação genética aditiva para os caracteres DAP, volume sem casca, densidade básica, peso da árvore sem casca, porcentagem de tanino e quilos de tanino por árvore. Como conseqüência, as estimativas de ganhos diretos e indiretos foram muito baixas e não estimulantes para um novo ciclo de seleção. Diante do desbalanceamento existente, o ajuste do caráter DAP em função do número de árvores que a cercam torna-se necessário. Considerando as peculiaridades da espécie e as possibilidades concretas de realização foram propostas quatro ações que permitirão produzir mais de duas toneladas por ano de sementes melhoradas. Áo mesmo tempo, poder-se-á dar continuidade ao programa de melhoramento com a utilização de sementes das melhores árvores existentes nos testes de procedências e também por meio da aquisição de sementes (em nível de progênies) das procedências Batemans Bay e Cann River Orbost para teste em regiões livres de geada e de Cooma e Mount Rix para as regiões com possíveis ocorrências de geadas. A introdução de novas procedências e outras espécies propiciará maior diversidade biológica e, ao mesmo tempo, possibilitará maior sustentabilidade da silvicultural regional.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/25380
Date21 May 2013
CreatorsMora, Admir Lopes
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Florestal, Higa, Antonio Rioyei
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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