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Biologia e exigências térmicas de Trissolcus urichi Crawford (Hymenoptera: Scelionidade) em laboratório

Diversas culturas são atacadas por percevejos fitófagos, especialmente da família Pentatomidae, que se alimentam de estruturas de plantas hospedeiras e causam danos severos, sendo as sementes e frutos imaturos os locais preferenciais para sua alimentação. Na cultura da soja, os ovos destres pentatomídeos são eficientemente parasitados por microhimenópteros pertencentes às famílias Scelionidae e Encyrtudae. Dentre as espécies de parasitóides encontradas, os gêneros Trissolcus e Telenomus apresentam-se como principais agentes de controle, pelos altos níveis de parasitismo natural. Ovos e adultos de Pellaea stictica Dalas (Heteropetera: Pentatomidae) foram coletados em Ligustrum lucidum Thunb (Oleaceae), conhecido popularmente como alfeneiro. Parte destes ovos encontravam-se parasitados por microhimenópteros. Os parasitóides emergidos foram encaminhados à Doutora Marta Laiácono, do Museo da Universidad de La Plata, Argentina, que os identificou como Trissolcus urichi Crawford (Hymenoptera: Scelionidae). Foi avaliado se este parasitóide de ovos apresenta perspectivas como auxiliar no controle biológico de pentatomídeos. Avaliou-se a preferência de T. urichi por quatro espécies de pentatomídeos hospedeiros: Nezara viridula (L.), Euschistus heros (FAB.), Acrosternum (Chinavia) pengue Roston e Pellaea stictica Dallas. Determinou-se ainda a fecundidade e longevidade do parasitóide em ovos do hospedeiro preferencial. Avaliou-se o efeito de cinco temperaturas constantes entre 15ºC e 29ºC no desenvolvimento e na capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi Crawford (Hymenoptera: Scelionidae) utilizando-se ovos de Pellaea stictica Dallas (Heteroptera: Pentatomidae) como hospedeiro. Os ovos das quatro espécies testadas foram parasitados, entretanto para N. viridula não foi registrada a emergência de adultos. Os ovos de P. Stictica proporcionaram os melhores índices de parasitismo e emergências de parasitóides emergidos, entretanto não houve diferença sobre o tempo de ovos parasitados e parasitóides emergidos, entretanto não houve diferença sobre o tempo de desenvolvimento e a razão sexual da progênie. No teste com as temperaturas os parasitóides completaram seu desenvolvimento e emergiram em temperaturas entre 18ºC e 29º. A 15ºC o parasitóide atingiu a fase de pupa, mas morreu nesta fase do desenvolvimento. O tempo de desenvolvimento variou entre 11 a 28,5 dias. A constante térmica foi calculada em 250 graus dia. A média de ovos parasitados foi significativamente diferente nas temperaturas de 18ºC e 29ºC, e não houve diferenças entre as temperaturas de 21ºC e 25ºC.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/27318
Date09 May 2012
CreatorsWanto, Mônyka Maria
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Zoologia, Foerster, Luis A (Luis Amilton), 1947-
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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