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Deposição de serapilheira e decomposição foliar em floresta ombrófila densa altomontana, Morro do Anhangava, Serra da Baitaca, Quatro Barras - PR

Este trabalho foi realizado em uma Floresta Ombrófila Densa Altomontana, na face sudoeste do morro do Anhangava (25º23'S e 49º00'W), município de Quatro Barras-PR, entre 1.250 -1.350 m de altitude. Teve como objetivo a avaliação da ciclagem de nutrientes no ambiente altomontano, estudando-se a deposição de serapilheira e a decomposição do material foliar. Como subsídio para o entendimento do processo de ciclagem, avaliou-se também os solos, a composição florística e a estrutura da comunidade. Os solos foram coletados por meio de tradagens a cada 10 metros, entre as linhas dos coletores de serapilheira, e submetidos às análises de rotina. O levantamento fitossociológico foi realizado por meio de dois transectos locados sobre as linhas dos coletores, compostos cada um por 10 parcelas de 5 x 10 m, onde mediu-se todos os indivíduos com PAP igual ou superior a 10 cm. A produção de serapilheira foi verificada durante dois anos e meio, utilizando-se 20 coletores de 50 cm de diâmetro cada, totalizando 3,927 m2 de área amostral. O material coletado mensalmente foi separado em fracões, determinada a sua biomassa e submetido às análises dos macronutrientes. Com os dados obtidos no levantamento fitossociológico, selecionou-se as 5 espécies arbóreas mais representativas da comunidade, das quais avaliou-se, separadamente, a taxa de decomposição das folhas durante um ano, utilizando-se "litter bags". O mesmo procedimento também foi realizado com a fração foliar da serapilheira. A área é composta por solos rasos com grande quantidade de matéria orgânica, classificados como NEOSSOLOS LÍTÓLICOS Hísticos e Húmicos, com pH ácido, baixa saturação por bases e com alto teor de alumínio trocável. A floresta apresentou alta densidade, 4.830 ind./ha, baixo porte, composta por apenas um estrato arbóreo com, no máximo, 8 m de altura. Encontrou-se baixa diversidade, 24 espécies pertencentes a 13 famílias, com dominância de uma ou poucas espécies. Myrtaceae foi a família mais representativa, contudo uma Aquifoliaceae -Ilex microdonta Reissek -apresentou o maior índice de dominância, 46,15%. A produção média de serapilheira foi de 4,5 ton./ha/ano, sendo que a fração folha representou 62%, dos quais 42% eram folhas de 1. microdonta, a fração ramo contribuiu com 25% e a fração epífita com 4%. Os maiores valores de deposição ocorreram no final do período mais frio e mais seco, início da primavera, de outubro a novembro, e a produção foi menor nos meses de maio a julho, começo do inverno. A serapilheira contribuiu, em kg/ha/ano, com 57 de N, 3,2 de P, 13,7 de K, 57,9 de Ca e 9,8 de Mg.1. microdonta também foi a espécie com maior taxa de decomposição, única com coeficiente de decomposição maior que um e com a menor concentração de lignina. Apesar de pequenas variações, todas as espécies estudadas na decomposição apresentaram baixa concentração de N e alta relação C/N.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/29924
Date25 June 2013
CreatorsPortes, Maria Carolina Guarinello de Oliveira
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Florestal, Galvão, Franklin, 1952-
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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