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Impacto do fluoreto na resposta metabólica do peixe antártico Notothenia Rossii (Richardson, 1844) aclimatado sob condições de estresse térmico e hiposmótico

Resumo: A Antártica é considerada a região mais preservada do planeta e apresenta características de um ambiente único. A extinção da antiga fauna antártica e o estabelecimento da atual ocorreu sob a pressão seletiva das baixas temperaturas. Durante o inverno austral, a baixa produtividade primária do ambiente marinho antártico restringe a disponibilidade de alimento na coluna d'água e a sua transferência para o sistema bentônico. A Península Antártica é uma das três regiões do planeta que sofre aquecimento acelerado. O fluoreto presente no exoesqueleto do Krill antártico tem suscitado questões sobre a tolerância metabólica dos organismos que se alimentam de Krill à ação tóxica desse halogênio. O presente estudo objetivou entender o impacto do fluoreto da dieta, sobre o metabolismo glicolítico, glicogenolítico, do ciclo dos ácidos tricarboxilílicos, da via das pentoses e argininolítico e as estruturas morfofuncionais, de brânquias e rins, do peixe antártico Notothenia rossii sob condições experimentais de estresse térmico (4 oC) e salino (20 psu). As principais alterações morfológicas branquiais observadas na condição trófica com fluoreto foram o descolamento branquial, hiperplasia e aneurisma. A condição salina em 20 elevou os níveis plasmáticos de glicose, proteínas totais e triglicerídeo, bem como reduziu o cálcio. O fluoreto trófico modulou positivamente os níveis de TG e potencializou o aumento glicêmico na condição salina em 20, mas não foi capaz de induzir alterações nos níveis de proteínas totais e albumina. O efeito do estresse térmico, salino e do fluoreto sobre os tecidos renal e branquial foram marcados por modulações de atividades enzimáticas. O estresse térmico modulou positivamente os níveis da ATPase Na/K do tecido branquial e negativamente a do tecido renal. A atividade argininolítica branquial foi modulada positivamente na condição térmica de 4oC com fluoreto, e o tecido renal apenas na condição termo-salina 4-20 com fluoreto. O fluoreto trófico também foi capaz de modular os segmentos metabólicos ativador da glicose, glicogenolítico, glicolítico, "shunt" das pentoses e ciclo dos ácidos tricarboxílicos. As principais alterações foram: a) elevação do potencial ativador da glicose na condição termo-salina 4-20 no tecido branquial e em 4-35 no tecido renal, em ambos os casos com fluoreto trófico; b) elevação da G6PDH na condição térmica em 4oC com fluoreto e na condição termo-salina 0-20 sem fluoreto em ambos os tecidos; c) comparado ao controle, a CS foi modulada negativa no tecido branquial em todas condições termo-salino-troficas, exceto na condição termo-salina 4-20 com fluoreto trófico onde a atividade foi modulada positivamente. d) comparada ao controle, a atividade da CS renal foi elevada no estresse térmico, independente da condição salina e de fluoreto trófico.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/32627
Date18 October 2013
CreatorsRodrigues Júnior, Édson
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Biologia Celular e Molecular, Donatti, Lucelia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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