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"Mulheres que lutam" as narrativas de judocas brasileiras e a contribuição na construção da memória da modalidade

Orientador : André Mendes Capraro / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Defesa: Curitiba, 26/02/2016 / Inclui referências : f. 186-199 / Área de concentração: Exercício e esporte / Resumo: O presente estudo analisou as narrativas de 16 judocas mulheres brasileiras com algum perfil de protagonismo no judô (como praticantes mais antigas, mais graduadas, primeiras atletas de seleção nacional, técnicas de seleção, professoras, árbitras e dirigentes da modalidade) com o intuito de verificar como se pode pensar a construção da memória coletiva do judô no Brasil. Utilizou-se a História Oral como método e a análise das narrativas foi embasada em conceitos sobre memória. Foram entrevistadas judocas praticantes a partir da década de 1970 em sete estados brasileiros, 11 cidades. As participantes foram: Amélia Domingues, Danielle Zangrando, Edinanci Silva, Eliane Pintanel, Iara Passos, Jemima Alves, Kátia Sombra, Léa Linhares, Marilaine Ferranti, Miriam Minakawa, Mônica Angelucci, Rosicleia Campos, Seloi Totti, Silvia Pinheiro, Solange Pessoa e Soraia André. Entre os temas que emergiram em comum nas narrativas, destacou-se a discriminação percebida pelas judocas ao tentarem ingressar e permanecer no judô, assim como as dificuldades financeiras e preconceitos. Verificou-se, a partir das narrativas, que a memória da participação feminina no judô brasileiro está em um contexto de disputa para a constituição de uma memória coletiva da modalidade. Foram verificados pontos da memória coletiva do judô em disputa, com enquadramentos a partir da dominação masculina e também traços de orientalismos por parte dos praticantes, ao reinterpretarem o judô sistematizado por Jigoro Kano e o praticado no Brasil. O conflito entre a manutenção de um judô "tradicional" e um judô voltado à competição também surge como temas relevantes às judocas que apontam para os conflitos da construção da memória coletiva do judô brasileiro. Notou-se, ainda uma dualidade das interpretações por parte das participantes sobre a existência de um "judô que também é praticado por mulheres" ou um "judô específico para as mulheres".
Palavras-chave: judô; história oral, memória, gênero. / Abstract: This study analyzed the accounts of 16 Brazilian female who have shown leadership profile in the sport, such as the oldest Brazilian judocas, the highest-ranking fighters, the first national team athletes, national team coaches, instructors, referees, and officials of the sport. The analysis is conducted in order to understand how we can think the collective memory of judo in Brazil and its construction. We used Oral History as our methodology, and the analysis of the women's accounts was based on concepts about memory. We interviewed judo practitioners who have been involved in the sport from the 1970s on, and who come from 11 cities in 7 different Brazilian states. The participants are the following: Amélia Domingues, Danielle Zangrando, Edinanci Silva, Eliane Pintanel, Iara Passos, Jemima Alves, Kátia Sombra, Léa Linhares, Marilaine Ferranti, Miriam Minakawa, Mônica Angelucci, Rosicleia Campos, Seloi Totti, Silvia Pinheiro, Solange Pessoa and Soraia André. Among the common themes that came up during the interviews, discrimination stands out both in the process of starting in the sport and remaining as an athlete, as well as financial difficulties and prejudice. It was found, from the accounts, that the memory of female participation in the Brazilian judo is subject of dispute concerning the creation of a collective memory of the sport. We observed that certain points of the collective memory of judo have been in dispute, with a male dominant perspective implied, and also traces of Orientalism brought up by practitioners, while reinterpreting the judo systematized by Jigoro Kano and the one performed in Brazil. The conflict between maintaining the so-called 'traditional' judo and adopting a new one aimed at competition also appears to be relevant to the Brazilian female judo fighters, which indicates the conflicts involving the construction of the collective memory of Brazilian judo. We also noted a duality of interpretation among the participants, who either acknowledged the existence of a "judo which is also practiced by women" or a "specific judo for women." Keywords: judo; oral history, memory, gender

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/44224
Date January 2016
CreatorsBrum, Adriana
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Capraro, André Mendes
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format209 f. : il., algumas color., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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