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Abordagens midiáticas da violência contra as mulheres

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Previous issue date: 2017-12-13 / Introduction: The World Health Organization has considered violence against women, known as gender violence, as a public health problem since 1990. Most of these violent acts occur in the domestic environment and the victim usually knows the perpetrator. The large number of denunciations and collective demonstrations that have taken place in several countries in recent decades has triggered a process that has taken violence against women from the domestic sphere, making it public. In this context, the written media has elements that make it possible to trace, with gaps and inaccuracies, the profile attributed by society to perpetrators of violence perpetrated against women. In this way, the media discourses present themselves as a valid alternative for the evaluation of values, habits and opinions of different layers of society. Objective: To analyze the reports of the news portal on violence involving women. Methods: A descriptive study, with a mixed approach, analyzed 3,970 news items that contained cases of violence against women from 2006 to 2016. Quantitative data were analyzed using descriptive statistics. Qualitative data were analyzed according to the Thematic Data Analysis technique. Of these, 542 were news stories involving crimes committed against people under the age of 18 years, which were excluded from this analysis, since they were not the objective of this study. Results: We observed that there was a significant increase in the number of news reports, ranging from a monthly average of 4.6 news in 2010 to 90 news per month in 2016, thus indicating the growth of the approach on the subject. Of all articles dealing with adults, 2,296 indicated the age of the victim. The ages ranged from 18 to 90 years old, with an average of 32.99 years and a standard deviation of 11.82 years. Analyzing exclusively the year 2013, where we had a greater number of news on feminicide, it is remarkable the difference with which the subject is treated in each State. In the qualitative analysis, we perceive that in the news the woman occupies a place of submission and somehow are blamed for the crimes committed against them. In this case, the media ends up strengthening hierarchical relations of genres. Conclusion: Inequalities about hierarchical gender relations are still present in the media and in the way these news are published. / Introdução: A violência contra as mulheres é considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde desde 1990. A maioria desses atos violentos ocorre no ambiente doméstico e a vítima, geralmente, conhece o agressor. O grande número de denúncias e manifestações coletivas ocorridas em vários países, nas últimas décadas, desencadeou um processo que tirou a violência contra a mulher do âmbito doméstico, tornando-a pública. Neste contexto, a mídia escrita traz elementos que permitem traçar, embora com lacunas e imprecisões, o perfil atribuído pela sociedade aos autores de violências perpetradas contra a mulher. Deste modo, os discursos midiáticos apresentam-se como alternativas válidas para avaliação de valores, hábitos e opiniões de diferentes camadas da sociedade. Objetivo: Analisar as reportagens de um portal de notícias com ampla repercussão social sobre a violência envolvendo mulheres. Metodologia: Este estudo apresenta um delineamento descritivo com abordagem mista. Analisamos 3.970 notícias que continham casos de violência contra a mulher referente aos anos de 2006 a 2016. Os dados quantitativos foram avaliados por meio de estatísticas descritivas. Já os dados qualitativos foram analisados de acordo com a técnica da Análise Temática de Conteúdo. Destas, 542 eram de notícias que envolviam crimes cometidos contra menores de 18 anos de idade, tendo, por este motivo, sido excluídas dessa análise por não estarem de acordo com o objetivo desse estudo. Resultados: Observamos que houve um aumento expressivo do número de matérias, variando de uma média mensal de 4,6 matérias no ano de 2010 para 90 matérias por mês no ano de 2016, denotando, assim, o crescimento da abordagem sobre o assunto. De todos os artigos que tratavam de maiores de idade, 2.296 indicavam a idade da vítima. As idades variaram entre 18 e 90 anos, com média de 32,99 anos e desvio padrão de 11,82 anos. Ao analisarmos, exclusivamente, o ano de 2013, constatamos um número maior de notícias sobre feminicídio, sendo marcante a diferença com que o assunto é tratado em cada Unidade da Federação. Na análise qualitativa, percebemos que nas notícias a mulher ocupa um lugar de submissão e de alguma forma são culpabilizadas pelos crimes cometidos contra elas. Neste caso, a mídia acaba fortalecendo as relações hierárquicas de gêneros. Conclusão: As desigualdades acerca das relações hierárquicas de gênero continuam presentes na mídia e na forma como estas notícias são divulgadas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/104438
Date13 December 2017
CreatorsBem, Maria Nilde Plutarco Couto
ContributorsBrilhante, Aline Veras Morais, Amorim, Rosendo Freitas de, Morais, Preciliana Barreto de, Melo, Anna Karynne da Silva, Brilhante, Aline Veras Morais
PublisherUniversidade de Fortaleza, Mestrado Em Saúde Coletiva, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation2850938317121515023, 500, 500, 292441653440865123

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