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Gestão de conflitos envolvendo mulheres em situação de violência doméstica e familiar por meio da justiça restaurativaOliveira, Larissa Braga Costa de 30 January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-01-30 / Gender violence against women in domestic and family settings constitutes a serious violation of human rights, and its confrontation has occupied the international and domestic agenda, culminating in Brazil with the publication of Law 11.340 / 2006, known as Law Maria of Penha. The present project has the scope to evaluate the judicial model to combat domestic and family violence against women in Brazil, with its procedures based on Retributive Justice. Then, it is sought to investigate the possibilities and risks of adopting Restorative Justice practices, as a complementary form of solving family conflicts, through the valorization of the victim and the possible reestablishment of the bonds between the parties. The intervention proposal will consist of the creation of a Women's Assistance Unit in the Single Branch of the Lavras Region of Mangabeira, State of Ceará, with the primary purpose of promoting the dissemination of a culture of peace with discussions on gender issues in the community Local level, mainly through partnerships with educational establishments; And for directing procedures related to the Maria da Penha Law, when it is appropriate to apply restorative practices.
Keywords: Restorative Justice. Women. Domestic violence. / A violência de gênero contra a mulher no âmbito doméstico e familiar configura uma grave violação aos direitos humanos, e o seu enfrentamento tem ocupado a agenda internacional e interna, culminando, no Brasil, com a publicação da Lei n¿ 11.340/2006, conhecida por Lei Maria da Penha. O presente projeto tem o escopo de avaliar o modelo judicial de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil, com seus procedimentos pautados na justiça retributiva. Em seguida, busca-se averiguar as possibilidades e os riscos da adoção de práticas oriundas da Justiça Restaurativa, como forma complementar de solução de conflitos familiares, através da valorização da vítima e do possível restabelecimento dos vínculos entre as partes. A proposta de intervenção consistirá na criação de um Núcleo de Atendimento às Mulheres na Vara Única da Comarca de Lavras da Mangabeira, estado do Ceará, com a finalidade precípua de atuar na disseminação da cultura de paz, com discussões sobre as questões de gênero junto à comunidade local, principalmente por meio de parceria com os estabelecimentos de ensino; e para direcionamento de procedimentos afetos à Lei Maria da Penha, quando for adequada a aplicação de práticas restaurativas.
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Análise da violência contra a mulher a partir da vigilância realizada por serviços sentinela em Fortaleza, CearáFerreira, Renata Carneiro 27 April 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-04-27 / The violence driven against women - in every vital cycle - in the family, in the relationships of public and private forum it reached fame and it wakes up the interest of the world society since last century. Ever since, the government organs and the no-government ones look for forms for yours to face. The study (i) it analyzed the violence against the woman starting from the Records Notified in services sentry, in Fortaleza - CE, in the period from 2006 to 2008; (ii) it described the women's social and demographic profile in sexual situation of violence, maidservant and/or other violence among people; (iii) he/she told the social profile and the aggressor's behavior; (iv) to investigate the association among the characteristics social and
demographic of the women, the aggressor's behavior, of the occurrence of the aggression,
with the typology of the violence and (v) it investigated the actions among sectorial
accomplished with those women in the services sentry investigated. I study of traverse cut, accomplished in three services surveillance sentry in violence against the woman, reference in domestic and sexual violence of the Municipal General office of Health of Fortaleza, Ceará. The population of the study was represented by the women that suffered violence with age same or larger of 12 years. 939 records of violence notification were collected against the woman. Were the data organized, done codify and done submit to the descriptive statistical analysis and the test Pearson Chi-Square (x2) with value of p = 0,05. The research was approved by the Committee of Ethics and Research of the University of Fortaleza, to seem no. 123/2009. Of the 939 analyzed records, the psychological violence happened in 84,7% cases, following by the physics (74,8%), negligence or abandonment (18,2%), sexual (13,3%), financial (4,0%) and torture (2,7%). The number of women with violence occurrence increases in the age between 25 and 39 years. To be married showed association to suffer physical violence (p=0,036) and torture (p=0,042). The home was shown as risk factor for the physical violence (p<0,043), psychological (p<0,001) and sexual (p<0,001). The consumption of alcoholic drink for the aggressor stood out in all of the violence types, and practiced her/it
by the intimate partner was associated to the physical violence (p<0,001), psychological
(p<0,001), sexual (p<0,001) and negligence (p=0,010). Among the directions accomplished
by the professionals, there was significant statistics for physical violence when the women were directed to the house of shelter (p=0,021); to the woman's specialized police station (p=0,024); to legal medical institute (p=0,005) and for the psychological service of the own service (p=0,004). Therefore, the study showed that the women suffer high violence taxes for intimate partner and the home atmosphere is the space where most of those occurrences emerges. The suffered violence for those women that sought service are not incident only, they pretend to be continuous and recurrent, and they contribute to commit the health and the quality of the woman's from life. / A violência dirigida contra mulheres - em todo ciclo vital - na família, nas relações de
fórum público e privado alcançou notoriedade e desperta o interesse da sociedade mundial
desde o século passado. Desde então, os órgãos governamentais e os não-governamentais
buscam formas para seu enfrentamento. O estudo (i) analisou a violência contra a mulher a partir das Fichas Notificadas em serviços sentinela, em Fortaleza CE, no período de 2006 a 2008; (ii) descreveu o perfil sociodemográfico de mulheres em situação de violências sexual, doméstica e/ou outras violências interpessoais; (iii) relatou o perfil social e o comportamento do agressor; (iv) investigar a associação entre as características sociodemográficas das mulheres, comportamento do agressor, da ocorrência da agressão, com a tipologia da violência e (v) investigou as ações intersetoriais realizadas com essas mulheres nos serviços sentinela investigados. Estudo de corte transversal, realizado em três serviços sentinela de vigilância em violência contra a mulher, referência em violência doméstica e sexual da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, Ceará. A população do estudo foi representada pelas mulheres que sofreram violência com idade igual ou maior de 12 anos. Foram coletadas 939 fichas de notificação de violência contra a mulher. Os dados foram organizados, codificados e submetidos à análise estatística descritiva e ao teste quiquadrado de Pearson (x2)com valor de p = 0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Fortaleza, parecer nº 123/2009. Das 939 fichas analisadas, a violência psicológica incidiu em 84,7% casos, seguida da física (74,8%), negligência ou abandono (18,2%), sexual (13,3%), financeira (4,0%) e tortura (2,7%). O número de mulheres com ocorrência de violência aumenta na idade entre 25 e 39 anos. Ser casada mostrou associação para sofrer violência física (p=0,036) e tortura (p=0,042). O domicílio se mostrou como fator
de risco para a violência física (p<0,043), psicológica (p<0,001) e sexual (p<0,001). O
consumo de bebida alcoólica pelo agressor destacou-se em todos os tipos de violência, e a praticada pelo parceiro íntimo foi associada à violência física (p<0,001), psicológica
(p<0,001), sexual (p<0,001) e negligência (p=0,010). Entre os encaminhamentos realizados
pelos profissionais, houve significância estatística para violência física quando as mulheres foram encaminhadas à Casa de Abrigo (p=0,021); à DEAM (p=0,024); ao IML (p=0,005) e para o atendimento psicológico do próprio serviço (p=0,004). Portanto, o estudo mostrou que as mulheres sofrem altas taxas de violência por parceiro íntimo e o ambiente domiciliar é o espaço onde a maioria dessas ocorrências eclode. As violências sofridas por essas mulheres que procuraram atendimento não são incidentes únicos, aparentam ser contínuos e reincidentes, e contribuem para comprometer a saúde e a qualidade de vida da mulher cearense.
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Mulheres vítimas de violência sob proteção do estado : uma aproximação hermenêutica / The women victims of violence under the state protection : a hermeneutics approachCarvalho, Quitéria Clarice Magalhães January 2010 (has links)
CARVALHO, Quitéria Clarice Magalhães. Mulheres vítimas de violência sob proteção do estado : uma aproximação hermenêutica . 2010. 143 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-02-27T12:41:02Z
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Previous issue date: 2010 / Violence is a dominant phenomenon in human history since ancient times. When emphasizing interpersonal violence we highlight the woman as one of the main victims, and the marital violence as the most practiced. This phenomenon intersects with gender, subjectivity, social asymmetry, cultural and political dimensions. Thus, under the assumption of a gap between the policy proposals of sheltering and how it is being executed. We defend the argument that the State, represented by the device safe house, assists the women subjected to domestic violence primarily through actions of physical and legal protection, but with little impact on the process of social reintegration of the sheltered. Therefore, we had as a general objective: to understand the experience of women related to domestic violence and the institutional sheltering. Specific objectives: learning how to experience the violence and the passage by the shelter home, identify actions taken by the institution for sheltering in anticipation of the guidelines and objectives of the policy of sheltering. Described study with a qualitative approach, based on the principles of philosophical hermeneutics, for realizing that the phenomenon of violence, its victims and its surroundings are part of a subjective and complex universe. The study setting was a Governmental Organization (shelter home), maintained by the state government of Ceará. We had, as participants, 10 housed women in the data collection period, which occurred in September 2009 and February 2010. The data were collected through semi-structured interviews and workshops. As the results show, the phenomenon of violence was always present intensely in the sheltered life. At the tender age, the perpetrators were fathers, mothers, brothers, stepfathers and stepmothers, with explanations ranging from "educating" to punish. In the adult stage, the most frequent modality is marital violence, exercised physically, psychologically and sexually. They are women of low income, low education, most are domestic / housekeeper. They report a history of suicidal idea, somatic complaints, anger, depression and fear. They broke the violent relationship for fear of being murdered by their companions. This rupture occurred immediately after countless manifestations of shares of extreme violence by the aggressor. The passage by the shelter home represents a period of isolation compounded by the daily lack of entertainment or occupation. According to reports, people would like to spend time at the shelter home to do courses, training, become literate, have leisure time, including going to church, experiencing opportunities which did not exist before. The only fun for them is to see programs on TV channels. As we approached the reality of women victimized by domestic violence, users of the shelter home, we noted the gap between guidelines, objectives and programmatic actions of the policy of sheltering, and how it is applied in practice to their sheltered. The feasibility of our policies has been known and praised even by the less politicized. We can not allow this model to continue committing political lives, dreams, hopes. Its necessary a collective reflection on what we want and what we have in our political landscape. These women, like many Brazilians assisted by limited and inefficient political actions, deserve the opportunity for a better life, fueled by the dream of having their citizenship respected and the satisfaction of making this dream became true. / A violência é um fenômeno dominante na história da humanidade desde tempos remotos. Ao enfatizarmos a violência interpessoal, destacamos a mulher como um das principais vítimas, e a violência conjugal como a modalidade mais praticada. Esse fenômeno se entrecruza com gênero, subjetividade, assimetria social, dimensões culturais e políticas. Dessa forma, sob o pressuposto de existir um hiato entre as propostas da política de abrigamento e a forma como ela está sendo executada. Defendemos a tese: o Estado, representado pelo dispositivo casa-abrigo, assiste a mulher submetida à violência conjugal por meio de ações de proteção física e jurídica, mas com pouco impacto no processo de reinserção social das abrigadas. Portanto, tivemos como objetivo geral: compreender a vivência da mulher relacionada com o violência doméstica e com o abrigamento institucional. Objetivos específicos: apreender o modo como vivencia a violência e a passagem pela casa-abrigo; identificar ações desenvolvidas pela instituição durante o abrigamento na perspectiva das diretrizes e objetivos da política de abrigamento. Estudo descrito, com abordagem qualitativa, pautado nos princípios da hermenêutica filosófica, por percebemos que o fenômeno da violência, suas vítimas e seu entorno fazem parte de um universo subjetivo e complexo. O cenário da pesquisa foi uma Organização Governamental (casa-abrigo), mantida pelo governo do Estado do Ceará. Como participantes contamos com 10 mulheres abrigadas no período da coleta de dados, ocorrida nos meses de setembro de 2009 e fevereiro de 2010. Os dados foram produzidos por meio de entrevista semiestruturada e oficinas temáticas. Conforme os resultados mostram, o fenômeno da violência sempre esteve presente de forma intensa na vida das abrigadas. Na tenra idade, os agressores eram pais, mães, irmãos, padrastos e madrastas, com justificativas que variam de “educar” a punir. Já na fase adulta, a modalidade mais frequente é a violência conjugal, exercida de forma física, psicológica e sexual. São mulheres de baixa renda, baixa escolaridade, a maioria é doméstica/dona de casa. Relatam histórico de ideia suicida, queixas somáticas, revolta, depressão e temor. Romperam a relação violenta por medo de serem assassinadas por seus companheiros. Esse rompimento deu-se após inúmeras manifestações de ações de extrema violência por parte do agressor. A passagem pela casa-abrigo representa um período de isolamento agravado pelo ócio diário. Gostariam de aproveitar o tempo na casa-abrigo para fazerem cursos, capacitações, se alfabetizarem, terem momentos de lazer, entre os quais ir à igreja, vivenciarem oportunidades antes inexistentes. Para elas a única diversão é ver a programação nos canais de TV. Ao nos aproximarmos da realidade de mulheres vitimadas pela violência conjugal, usuárias da casa-abrigo, evidenciamos a lacuna entre diretrizes, objetivos e ações programáticas da política de abrigamento, e como ela é aplicada na prática das suas abrigadas. A exequibilidade das nossas políticas tem se tornado conhecida e aclamada até mesmo pelos pouco politizados. Não podemos permitir que esse modelo político continue comprometendo vidas, sonhos, esperanças. Urge uma reflexão coletiva acerca do que queremos e o que temos em nosso panorama político. Essas mulheres, assim como muitos brasileiros atingidos por políticas limitadas e ineficientes, merecem a oportunidade de uma vida melhor, alimentada pelo sonho de ter sua cidadania respeitada e a satisfação de realizá-lo.
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Ciúme patológico e violência contra a mulher: a ficção cotidiana da alma ciumentaFREIRE, Frederico Maciel Camara 02 June 2016 (has links)
SILVA, Antonio Medeiros Peregrino da, também é conhecido em citações bibliográficas por: PEREGRINO, Antonio / Submitted by Pedro Barros (pedro.silvabarros@ufpe.br) on 2018-08-16T19:34:05Z
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Previous issue date: 2016-06-02 / A violência contra a mulher faz diariamente novas vítimas. A maioria delas refere o ciúme como principal fator desencadeador das agressões pelo companheiro. Não temos um diagnóstico para o ciúme patológico. Uma das maiores dificuldades na semiologia médica, sobretudo na psiquiatria, é o estabelecimento de pontos claros dentro e fora da curva da normalidade. Um dos objetivos é verificar se o modelo médico que leve em consideração somente as classificações e o estruturalismo, isoladamente, são suficientes na construção de um diagnóstico para o ciúme patológico. Através da leitura de clássicos da literatura de ficção, do cinema e da música buscou-se compreender o fenômeno ciúme e suas anormalidades. Aliado a outros saberes como a filosofia, antropologia, sociologia, psicologia, psicanálise e o próprio direito tentou-se estabelecer com a psiquiatria um melhor entendimento sobre o comportamento e como pensa o indivíduo ciumento. Apenas 4% de uma população previamente conhecida como portadora de ciúme patológico preenche os critérios no atual Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mental da Associação Norte-Americana de Psiquiatria, 5a edição. Há uma forte relação entre ciúme, poder, violência e territorialidade. Num mundo onde ficção e realidade se misturam é preciso reconhecer o portador de ciúme patológico e disponibilizar o tratamento adequado. Assim teríamos uma redução do número de mulheres vítimas de violência doméstica. / Violence against women makes new victims daily. Most of the women refer to jealousy as the main triggering factor for their partner's assaults. We do not have a diagnosis for pathological jealousy. One of the greatest difficulties in medical semiology, especially in psychiatry, is to establish clear points inside and outside the curve of normality. One of the objectives is to verify if the medical model that takes into account only the classifications and the structuralism, alone, is sufficient in the construction of a diagnosis for the pathological jealousy. Through the reading of fictional classics of literature, film and music, there was an attempt to understand the phenomenon of jealousy and its abnormalities. Along with other knowledge such as philosophy, anthropology, sociology, psychology, psychoanalysis, and the law itself, psychiatry has tried to establish a better understanding of the behavior and how the jealous individual thinks. Only 4% of a population previously known to be carrier of pathological jealousy meets the criteria in the current Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders by the American Psychiatric Association, 5th edition. There is a strong relation between jealousy, power, violence and territoriality. In a world where fiction and reality are mixed, it is necessary to recognize the carrier of pathological jealousy and to provide the appropriate treatment. This would reduce the number of women victims of domestic violence.
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Espancada e queimada : aspectos morais na subjetivação de uma mulher em situação de violênciaArruda, Cristiani Nobre de 15 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-15 / Throughout history, violence has served as the main weapon of domination and final arbiter of disputes and discontent. Countries and cultures that fail to reduce the distance between their traditional instincts and the modern reality threaten the human destruction. The violence perpetrated by intimate partners is concentrated mainly on women. The burn injury is an example of this. For this study, we consider the total dimension of this phenomenon, as well as its modes of production and its personal, social, cultural, legal and health repercussions. The field research followed the routine of a burned woman in a situation of violence, in the city of Fortaleza, from April 2015 to March 2016. After signing the Free and Informed Consent Form, we followed hospital discharge: in the daily dressings of the (CTQ / IJF), IAQ, Aquiraz Forum, Chestnut Factory - workplace - and home visits. Through the narratives, we consider first to reveal, then interpret the complexity and diversity of the experience lived by this burnt woman in a situation of violence, deepening the knowledge about her point of view normally portrayed in a stereotyped and superficial way. We took as a reference the assumption of symbolicinterpretative anthropology, which revived under the name of "dense description." The material collected through the semi-structured interview involving a narrative was manually recorded in field diary, the observer position as participant was used in order to enrich the ethnographic data. The legitimation of the conversations and the interviews was recorded in a portable digital voice recorder and its content transcribed by the researchers themselves in a computerized word processing program.Thus we have reached the deepest core, the nature of things, In this way, we have brought a dense description manifested by the burned woman and by her present partner, this way we were able to apprehend what she lived. Although a difficult task, under the background of the concepts and constructs of the reading theoretical reference, we analize this contente with a sensitive regard. As analysis strategy we used the semantic interpretations contextualized, allowing the integration of semiological, interpretative and pragmatic elements essential for a cultural approach of this violence. Given this fact, we consider that from our interpretation emerged and significant themes related to moral events face to violence: body / skin as a moral epicenter; anomie; and meanings and paradoxes of a justice. We reveal here the moral events, the meaning she attributed of being "beaten and burned". / Ao longo da história, a violência tem servido como principal arma de dominação e árbitro final de disputas e descontentamentos. Países e culturas que não conseguem reduzir a distância entre seus instintos tradicionais e a realidade moderna ameaça a destruição humana. A violência perpetrada por parceiros íntimos concentram-se principalmente nas mulheres. A lesão por queimaduras é um exemplo disso. Para esse estudo, consideramos a dimensão total desse fenômeno, bem como seus modos de produção e suas repercussões pessoais, sociais, culturais, jurídicas e no setor saúde. A pesquisa de campo acompanhou a rotina de uma mulher queimada em situação de violência, na cidade de Fortaleza, no período de abril de 2015 a março 2016. Após firmar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, acompanhamos pós alta hospitalar: nos curativos diários das lesões (CTQ/IJF), no IAQ, Fórum de Aquiraz, Fábrica de Castanha ¿ local de trabalho - e visitas domiciliares. Por meio das narrativas, consideramos primeiramente desvelar, posteriormente interpretar a complexidade e diversidade da experiência vivida por essa mulher queimada em situação de violência, aprofundando o conhecimento sobre seu ponto de vista normalmente retratado de modo estereotipado e superficial. Tomamos como referência o pressuposto da antropologia simbólico-interpretativa, que reavivou sob o nome de "descrição densa. O material coletado através da entrevista semiestruturada envolvendo uma narrativa foi registrado manualmente em diário de campo, a posição de observador como participante foi utilizada para enriquecermos os dados etnográficos. A legitimação das conversas, das entrevistas foi registrada em gravador de voz digital portátil e seu conteúdo transcrito pelas próprias pesquisadoras em programa informatizado de processamentos de textos. Desse modo, chegamos ao cerne mais profundo, à natureza das coisas, quer dizer, não ficar na superfície, nas aparências. Assim, trouxemos uma descrição densa manifestada pela mulher queimada e por seu atual parceiro na apreensão de seu vivido. Embora uma tarefa difícil, sob o pano de fundo dos conceitos e constructos do referencial teórico de leituras, com olhar e sensibilidade analisamos seu conteúdo. Utilizamos também como estratégia de análise a Interpretação Semântica Contextualizada, permitindo integrar elementos semiológicos, interpretativos e pragmáticos essenciais para uma abordagem cultural dessa violência. Diante desse fato, consideramos para a nossa interpretação temas emergidos e significativos relacionados aos eventos morais diante da violência: corpo/pele como epicentro moral; anomia; e sentidos e paradoxos de uma justiça. Desvelamos, aqui, os eventos morais, o significado que ela atribuiu ao ser ¿espancada e queimada¿.
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Protocolos na atenção a saúde de mulheres em situação de violência sexual na perspectiva dos profissionais de saúdeSilva, Ana Cristina Feijo da 03 October 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-10-03 / This study integrates research Multicentric called "Analysis of health care services for women in situations of sexual violence: a comparative study in two Brazilian cities." Assume the understanding that sexual violence is one of the manifestations of violence more cruel and persistent gender through history and survives in the dimension of a pandemic, reaching women, adolescents and children in all social spaces, especially in the domestic. Requires attention to the health sector, not only in your organization but also the serious repercussions that lead to those involved, with your face a global challenge. In this perspective, the objective was to understand the perception of professionals about the protocols used in the care of women experiencing sexual violence, in municipal health services, in Fortaleza, Ceará. Predominantly qualitative approach, participated in 68 health professionals (physicians, nurses, social workers and psychologists) from nine public hospitals and providing direct care to this woman. Data collection was carried out in 2013, with semistructured interviews and guided by the guidelines of the Technical Standard. The analysis took place in the thematic with seizure of core meanings attributed by professionals on the investigated object, resulting in categories: access of women experiencing sexual violence at the health facility, host to women in situations of sexual violence unit health, adoption of
protocols and flow of pre-established service, referrals made in cases of pregnancy resulting from sexual violence and intra and inter network and services offered to women in situations of sexual violence in the health unit. The results showed that the implementation of the principles and guidelines of the Technical Standard procedure is still slow and invisibility. Professionals are approaching timidly public policies that guide this confrontation and the respective axes that lead to improved quality of care. Few know about the procedures proposed by the Technical Standard for the Prevention and Treatment of Injuries Resulting from Sexual Violence Against Women and Teens. Regarding health facilities, mostly, are not organized and clinical care, as well as the care provided by occupational categories are not standardized. Identified a fragmented care, priority for the signs and symptoms presented by these women, rather than qualified, sensitive and based on policy listening. It is considered that the results of this research may support managers in adopting strategies that promote the implementation of attention to women in combat sexual violence policy, promoting a restructuring of the network and in particular health services, to comprehensive care to this clientele. It is added that the gaps portrayed require training for professionals, not just health
care, but those who respond by the teams of the intersectoral network services, in achieving comprehensive health care to women in situations of sexual violence perceive them as people rights, and ethical citizens. / Este estudo integra pesquisa Multicêntrica denominada Análise dos serviços de saúde na
atenção às mulheres em situação de violência sexual: estudo comparativo em duas capitais
brasileiras . Assume-se a compreensão de que a violência sexual é uma das manifestações da violência de gênero mais cruel e persistente, atravessa a história e sobrevive na dimensão de uma pandemia, atingindo mulheres, adolescentes e crianças, em todos os espaços sociais, sobretudo no doméstico. Requer atenção do setor saúde devido as graves repercussões que acarretam aos envolvidos, sendo o seu enfrentamento um desafio global. Nessa perspectiva, objetivou-se compreender a percepção de profissionais sobre protocolos utilizados na atenção à saúde de mulheres em situação de violência sexual, nos serviços municipais de saúde, em Fortaleza, Ceará. Predominando a abordagem qualitativa, participaram 68 profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos) de nove hospitais públicos e que prestam cuidados diretos a essa mulher. A coleta de dados foi realizada em 2013, com entrevistas semiestruturadas e norteadas pelas diretrizes da Norma Técnica. A análise deu-se na modalidade temática com apreensão dos núcleos de sentido atribuídos pelos profissionais sobre o objeto investigado, resultando nas categorias: acesso das mulheres em situação de violência sexual a unidade de saúde, acolhimento às mulheres em situação de violência sexual
na unidade de saúde, adoção de protocolos e fluxo de atendimento pré-estabelecido,
encaminhamentos realizados nos casos de gravidez decorrente da violência sexual e para a
rede intra e intersetorial, e serviços oferecidos às mulheres em situação de violência sexual na unidade de saúde. Os resultados evidenciaram que a implantação dos princípios e diretrizes da Norma Técnica é processual, ainda vagarosa e na invisibilidade. Os profissionais estão se aproximando, timidamente, das políticas públicas que norteiam esse enfrentamento e os respectivos eixos que conduzem a melhoria da qualidade da atenção. Poucos conhecem a respeito dos procedimentos propostos pela Norma Técnica para Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual Contra Mulheres e Adolescentes. Quanto às unidades de saúde, em sua maioria, não estão organizadas e os atendimentos clínicos, assim como os cuidados realizados pelas categorias profissionais, não estão normatizados. Identificou-se uma assistência fragmentada, com prioridade para os sinais e os sintomas apresentados por essas mulheres, em detrimento de escuta qualificada, sensível e fundamentada nas diretrizes políticas. Considera-se que os resultados desta pesquisa poderão subsidiar gestores na adoção de estratégias que favoreçam a implementação da política de atenção às mulheres, no enfrentamento da violência sexual, promovendo uma reestruturação da rede e em especial dos serviços de saúde, visando atendimento integral a esta clientela. Acrescenta-se que as lacunas retratadas demandam capacitações para os profissionais, não só da área da saúde, mas os que respondem pelas equipes dos serviços da rede intersetorial, no alcance de uma assistência integral às mulheres em situação de violência sexual as percebendo como pessoas de direitos, éticas e cidadãs.
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Abordagens midiáticas da violência contra as mulheresBem, Maria Nilde Plutarco Couto 13 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-13 / Introduction: The World Health Organization has considered violence against women, known as gender violence, as a public health problem since 1990. Most of these violent acts occur in the domestic environment and the victim usually knows the perpetrator. The large number of denunciations and collective demonstrations that have taken place in several countries in recent decades has triggered a process that has taken violence against women from the domestic sphere, making it public. In this context, the written media has elements that make it possible to trace, with gaps and inaccuracies, the profile attributed by society to perpetrators of violence perpetrated against women. In this way, the media discourses present themselves as a valid alternative for the evaluation of values, habits and opinions of different layers of society. Objective: To analyze the reports of the news portal on violence involving women. Methods: A descriptive study, with a mixed approach, analyzed 3,970 news items that contained cases of violence against women from 2006 to 2016. Quantitative data were analyzed using descriptive statistics. Qualitative data were analyzed according to the Thematic Data Analysis technique. Of these, 542 were news stories involving crimes committed against people under the age of 18 years, which were excluded from this analysis, since they were not the objective of this study. Results: We observed that there was a significant increase in the number of news reports, ranging from a monthly average of 4.6 news in 2010 to 90 news per month in 2016, thus indicating the growth of the approach on the subject. Of all articles dealing with adults, 2,296 indicated the age of the victim. The ages ranged from 18 to 90 years old, with an average of 32.99 years and a standard deviation of 11.82 years. Analyzing exclusively the year 2013, where we had a greater number of news on feminicide, it is remarkable the difference with which the subject is treated in each State. In the qualitative analysis, we perceive that in the news the woman occupies a place of submission and somehow are blamed for the crimes committed against them. In this case, the media ends up strengthening hierarchical relations of genres. Conclusion: Inequalities about hierarchical gender relations are still present in the media and in the way these news are published. / Introdução: A violência contra as mulheres é considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde desde 1990. A maioria desses atos violentos ocorre no ambiente doméstico e a vítima, geralmente, conhece o agressor. O grande número de denúncias e manifestações coletivas ocorridas em vários países, nas últimas décadas, desencadeou um processo que tirou a violência contra a mulher do âmbito doméstico, tornando-a pública. Neste contexto, a mídia escrita traz elementos que permitem traçar, embora com lacunas e imprecisões, o perfil atribuído pela sociedade aos autores de violências perpetradas contra a mulher. Deste modo, os discursos midiáticos apresentam-se como alternativas válidas para avaliação de valores, hábitos e opiniões de diferentes camadas da sociedade. Objetivo: Analisar as reportagens de um portal de notícias com ampla repercussão social sobre a violência envolvendo mulheres. Metodologia: Este estudo apresenta um delineamento descritivo com abordagem mista. Analisamos 3.970 notícias que continham casos de violência contra a mulher referente aos anos de 2006 a 2016. Os dados quantitativos foram avaliados por meio de estatísticas descritivas. Já os dados qualitativos foram analisados de acordo com a técnica da Análise Temática de Conteúdo. Destas, 542 eram de notícias que envolviam crimes cometidos contra menores de 18 anos de idade, tendo, por este motivo, sido excluídas dessa análise por não estarem de acordo com o objetivo desse estudo. Resultados: Observamos que houve um aumento expressivo do número de matérias, variando de uma média mensal de 4,6 matérias no ano de 2010 para 90 matérias por mês no ano de 2016, denotando, assim, o crescimento da abordagem sobre o assunto. De todos os artigos que tratavam de maiores de idade, 2.296 indicavam a idade da vítima. As idades variaram entre 18 e 90 anos, com média de 32,99 anos e desvio padrão de 11,82 anos. Ao analisarmos, exclusivamente, o ano de 2013, constatamos um número maior de notícias sobre feminicídio, sendo marcante a diferença com que o assunto é tratado em cada Unidade da Federação. Na análise qualitativa, percebemos que nas notícias a mulher ocupa um lugar de submissão e de alguma forma são culpabilizadas pelos crimes cometidos contra elas. Neste caso, a mídia acaba fortalecendo as relações hierárquicas de gêneros. Conclusão: As desigualdades acerca das relações hierárquicas de gênero continuam presentes na mídia e na forma como estas notícias são divulgadas.
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Violência interpessoal sofrida e perpetrada por mulheres em metrópole brasileiraFreitas, Ana Luiza E Vasconcelos 31 January 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-01-31 / Interpersonal violence is a global phenomenon that has serious consequences on life, thus constituting a public health problem. Regarding this type of violence among women, the complexity of the phenomenon challenges governments given the repercussions on individual, family and public health. Despite advances in public policies to combat this type of violence, it is necessary to investigate the possibility of breaking the cycle of interpersonal violence and identifying contexts in which women experience and/or perpetrate violence. Thus, this study analyzes the profile of women who reported having experienced and/or perpetrated interpersonal violence in Fortaleza, Ceará. This is a quantitative cross-sectional study carried out in Fortaleza, Ceará, Brazil, with a sample of 499 women over 20 years old between July and December 2016. Data were collected using a questionnaire divided into five sections: sociodemographic characteristics, participation in acts of interpersonal violence in the past year (experienced/perpetrated) and characterization of the acts experienced and/or perpetrated. Data were collected in households which were randomly selected from five territorial districts. Data were analyzed using descriptive statistics, measures of central tendency and dispersion and bivariate analysis. Regarding sociodemographic characteristics, the women were mostly aged ¿ 53 years old, single, housewives, catholic and born in Fortaleza and had ¿ 8 years of study, children, and a family income of <5 minimum wages. Experienced violence was mostly psychological (164/85.8%), occurred more than 3 times (114/57.3%) in the past year, took place outside the household (101/49.8%), was perpetrated by non-relatives (113/60.1%), and women did not respond to violence (123/66.8%). The acts of violence were mostly psychological (87.8%), the victim did not respond to violence (153/79.7%), and the victim was a family member (154/75.9%). As for perpetrated violence, this was mostly physical (85/41.2%), involved people with family ties (56/59.6%), and the victim did not respond to violence (62/71.3%). Women who are exposed to violence live in such a situation because they depend financially or emotionally on the perpetrator. These women tend to experience and/or perpetrate psychological violence because it is an act that does not leave visible marks on the body and, therefore, is the most perpetrated. In addition, the perpetrator¿s and victim¿s lack of knowledge leads them to believe that there is no punishment. This study demonstrates the continuity of interpersonal violence among women, which demands the redefinition of dialogical social practices and actions to strengthen the mediation of conflicts involving women who have experienced and/or perpetrated violent acts in the family and social life. / A violência interpessoal é um fenômeno global, com graves consequências na vida,
apresentando-se como problema de saúde pública. Reportando-se essa modalidade de
violência no âmbito da mulher, a complexidade do fenômeno desafia governos ante as
repercussões na saúde individual, familiar e coletiva. Apesar dos avanços nas políticas
públicas no seu enfrentamento, são necessárias investigações que possibilitem romper o ciclo da violência interpessoal e identifiquem contextos em que a mulher sofre e/ou perpetra a violência. Nesse contexto, este estudo analisa o perfil das mulheres que declararam ter sofrido e/ou perpetrado atos de violência interpessoal no município de Fortaleza, Ceará. Trata-se de estudo quantitativo, transversal, realizado no município de Fortaleza, Ceará, com uma amostra de 499 mulheres acima de 20 anos, entre julho e dezembro de 2016. Utilizou-se como instrumento de coleta questionário contendo cinco blocos: características sociodemográficas, participação em atos de violência interpessoal no último ano (sofrida/perpetrada) e caracterização dos atos sofridos e/ou perpetrados. A coleta foi realizada em domicílios, selecionados aleatoriamente, englobando cinco distritos territoriais. A análise de dados considerou a estatística descritiva, medidas de tendência central e de dispersão, bem como análise bivariada. Entre as características sociodemográficas, destacam-se mulheres com idade ¿ 53 anos, solteira, escolaridade ¿ 8 anos, donas de casa, católicas, com filhos, naturais
do município de Fortaleza, com renda familiar < 5 salários mínimos. Quanto aos atos
violentos sofridos, predominou a violência psicológica (164/85,8%), ocorrida mais de 3 vezes (114/57,3%) no último ano, no ambiente externo (101/49,8%), entre não familiares
(113/60,1%) e as mulheres não reagiram (123/66,8%). Quanto aos atos praticados, a maioria
foi violência psicológica (87,8%), a vítima não reagiu (153/79,7%) e esta possuía vínculo
familiar (154/75,9%). Quanto à violência perpetrada, destacou-se a física (85/41,2%), em
pessoas com vínculo familiar (56/59,6%) e não havendo reação da pessoa (62/71,3%). As
mulheres que são expostas à violência vivem nessa situação por depender financeiramente ou emocionalmente do agressor. Essas mulheres têm a tendência de sofrer e\ou praticar a
violência psicológica por ser um ato que não deixa marcas visíveis no corpo. É a mais
praticada e que, por falta de conhecimento da agressora e da vítima, acreditam que não existe punição. O estudo retrata a continuidade da violência interpessoal em mulheres, o que demanda a ressignificação de práticas sociais dialógicas e ações que fortaleçam a mediação de conflitos, envolvendo mulheres que sofreram e/ou praticaram atos violentos no convívio familiar e social.
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O estigma da violência sofrida por mulheres na relação com parceiros íntimosVenancio, Nadja Maria Felicio 13 December 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-12-13 / The present work aims at presenting the author s experience with the research The
stigma of violence against women in their relationship with intimate partners,
whose primary issue is understanding which determiners in those abusive/
aggressive relationships motivate their difficulty in denouncing aggressors. For that,
the critical-phenomenological mundane method was applied, as well as
participative observing, as a technique of ethnographic method. Since there was
need to get closer to those women, workshops were presented. As the topic was
Violence against women, eight collaborators subjects were raised. Results showed
that those women experienced varied modalities of violence within their relationships
with partners. The research points that they still carry a stigmatized experience and
that they realize themselves as inferior and disadvantaged in comparison to other
women. Therefore, because they are shamed of being seen under the world s eyes
as spanked and psychologically bad treated, they hide their misfortunes, which
causes delaying on effective denounces against partners. Other factors also
contribute to their permanence in conflictuous relationships and delaying in
denounces, as: lack of own residence, unemployment, lack of information on
supportive webs, lack of family s care, and the love they still have for partners. This
work also observed that those women, even less powered than men, often feed them
back with violent actions. Thus, putting in doubt the vitimation logic is to see the
possibility of reaction from women, even if they are, in relation to power, below men.
They do not allow violence, they only yield to it. At last, the research approached to
women s perception to law Maria da Penha, as a gadget of female citizenship in
order to detect if denounces increased since it was established.
KEY-WORDS: stigma; violence against woman; gender; power. / Este trabalho tem o propósito de apresentar a experiência vivida pela autora por meio da pesquisa O Estigma da Violência Sofrida por Mulheres na Relação com Parceiros Íntimos, cujo foco central é compreender quais os determinantes nesta relação abusiva / agressiva que concorrem para que elas tenham dificuldades em denunciar seus agressores. Para tanto, foram empregados o método fenomenológico crítico mundano e a observação participante, como técnicas do método etnográfico. A fim de promover aproximação com as mulheres, realizaram-se oficinas com o tema Violência Contra a Mulher, das quais emergiram oito sujeitos colaboradores. Os resultados mostraram que estas mulheres vivenciavam, na relação com seus parceiros, diversas modalidades de violência. Constatou-se ainda que carregam uma experiência estigmatizada e se percebem em situação de inferioridade e desvantagem em relação às outras. Desse modo, pela vergonha de serem vistas aos olhos do mundo como mulheres espancadas e maltratadas psicologicamente ocultam seus infortúnios, acarretando morosidade na efetivação de denúncias contra seus agressores. Outros fatores contribuem para que permaneçam em relações conflituosas e retardem as denúncias, tais como: falta de moradia própria, desemprego, desconhecimento das redes de apoio institucional, falta de amparo da família e o afeto que ainda nutrem pelos parceiros. Também se observou que as mulheres, mesmo detendo parcelas de poder menores do que os homens, resistem e muitas vezes revidam com atos violentos em relação aos seus parceiros. Portanto, pôr em dúvida a lógica da vitimação é vislumbrar a possibilidade de reação das mulheres, mesmo que se encontrem, sob o ponto de vista do poder, muito aquém dos homens. Elas não consentem a violência, apenas cedem. Por último, foi abordada a percepção das mulheres sobre a Lei Maria da Penha, como instrumento de cidadania feminina no sentido de detectar se, com o seu advento, aumentaram as denúncias.
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Enfrentamento da violência doméstica por um grupo de mulheres após a denúnciaParente, Eriza de Oliveira 12 December 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-12-12 / Among the several violence modalities, the domestic is a reality in the homes and doesn t depend on social class, sex, faiths and religious precepts. The violence against the woman can be considered the most practice and the less recognized, is a public health s problem that can be as serious as the suicide or the homicide; it carries out suffering and physical damages, besides building a right s violation. The banality of violence s situation for women during the history appear contribute to seems almost common this phenomenon. This study had as purposes (i) to analyze the coping forms founds by women victims of the domestic violence, in elapsing of the accusation; (ii) to investigate the perception on those women s domestic violence welcomed in a unit of protection to the violence, as well as (iii) the difficulties founds during the accusation in Fortaleza, Ceará, Brazil. With qualitative approach and being characterized as participant research, nine women that were called victims of domestic violence and broken up with the silence, making the accusation, the participated in the study, from August to October of 2007, in the State Center of reference and Support to the Woman (CERAM). The focal group, annotations in the field dairy and observations went the techniques of data s collection and these were submitted to the analysis categories and discussed starting from the Health Belief Model. The results show difficulties for changing the situations and many are the coping forms found by women in picks of helping . The fear, the support lack, the financial dependence, the shame, the maternity, the culture emerged of the study as perception of the susceptibility and identified barriers; the death risk was noticed as severity; the support of the family and friends, the law, the protection sections and God were the told benefits, being configured as coping forms. For them, the violence crossed the limits of the physical nature, because it involved suffering psychological, emotional, economical and social. In the direction, the study shows one serius picture of behavior changes, whose situation is delicate and difficult solution, one time, that the coverage areas to pass through the field of health, culture and politc. This way, those women broke the present silence in the violent relationships, they sought strategies capable to minimize their effects; the support family, affectionate and legal and actions. / Dentre as diversas modalidades de violência, a doméstica é uma realidade nos lares e independe de classe social, sexo, crenças e preceitos religiosos. A violência contra a mulher pode ser considerada a mais praticada e a menos reconhecida, sendo um problema de saúde pública tão sério quanto o suicídio ou o homicídio, acarretando sofrimento e danos físicos, além de construir uma violação de direitos. A banalização de situações violentas vivenciadas por algumas mulheres ao longo da história parece ter contribuído para a naturalização desse fenômeno, pois apesar dos discursos oficiais e das políticas públicas preconizarem a noção de que as mulheres rompam o silêncio da dominação e da submissão aos atos violentos, a realidade na consecução desse processo é contraditória. Desse modo, este estudo teve como propósitos (i) analisar as formas de enfrentamento encontradas por mulheres vítimas da violência doméstica, no decorrer da denúncia; (ii) investigar a percepção sobre a violência doméstica dessas mulheres acolhidas em uma unidade de proteção à violência, bem como (iii) as dificuldades encontradas durante a denúncia em Fortaleza, Ceará, Brasil. Com abordagem qualitativa e caracterizando-se como pesquisa participante, nove mulheres que se denominaram vítimas de violência doméstica e romperam com o silêncio, fazendo a denúncia, participaram do estudo, de agosto a outubro de 2007, no Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (CERAM). O grupo focal, anotações no diário de campo e observações foram às técnicas de coleta de dados e estes foram submetidos à análise categorial e discutidos a partir do Modelo de Crença em Saúde. Os resultados evidenciaram que as dificuldades para mudar as situações são muitas, mas também são variadas as formas como as mulheres falaram sobre os seus problemas, procuraram ajuda e por vezes conseguiram transformar a situação. O medo, a falta de apoio, a dependência financeira, a vergonha, a maternidade e a cultura emergiram como percepção da suscetibilidade e barreiras identificadas pelas mulheres; o risco de morte foi percebido como severidade; o apoio da família e de amigos, a lei, os setores de proteção e Deus foram os benefícios relatados, configurando-se como formas de enfrentamento. Para elas, a violência ultrapassou os limites da natureza física, pois envolveu sofrimento psicológico, emocional, econômico e social. Nesse sentido, a pesquisa evidenciou um quadro de mudança de comportamento muito sério, cuja situação é delicada e de solução difícil, uma vez que a área de abrangência perpassa os campos da saúde, da política e da cultura. Desse modo, essas mulheres romperam o silêncio presente nas relações violentas, procuraram estratégias capazes de minimizar seus efeitos; o suporte familiar, afetivo e legal e ações intersetoriais foram decisivas para a tomada de decisão dessas mulheres vítimas da violência doméstica no decorrer da denúncia.
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