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O estigma da violência sofrida por mulheres na relação com parceiros íntimos

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Previous issue date: 2007-12-13 / The present work aims at presenting the author s experience with the research The
stigma of violence against women in their relationship with intimate partners,
whose primary issue is understanding which determiners in those abusive/
aggressive relationships motivate their difficulty in denouncing aggressors. For that,
the critical-phenomenological mundane method was applied, as well as
participative observing, as a technique of ethnographic method. Since there was
need to get closer to those women, workshops were presented. As the topic was
Violence against women, eight collaborators subjects were raised. Results showed
that those women experienced varied modalities of violence within their relationships
with partners. The research points that they still carry a stigmatized experience and
that they realize themselves as inferior and disadvantaged in comparison to other
women. Therefore, because they are shamed of being seen under the world s eyes
as spanked and psychologically bad treated, they hide their misfortunes, which
causes delaying on effective denounces against partners. Other factors also
contribute to their permanence in conflictuous relationships and delaying in
denounces, as: lack of own residence, unemployment, lack of information on
supportive webs, lack of family s care, and the love they still have for partners. This
work also observed that those women, even less powered than men, often feed them
back with violent actions. Thus, putting in doubt the vitimation logic is to see the
possibility of reaction from women, even if they are, in relation to power, below men.
They do not allow violence, they only yield to it. At last, the research approached to
women s perception to law Maria da Penha, as a gadget of female citizenship in
order to detect if denounces increased since it was established.

KEY-WORDS: stigma; violence against woman; gender; power. / Este trabalho tem o propósito de apresentar a experiência vivida pela autora por meio da pesquisa O Estigma da Violência Sofrida por Mulheres na Relação com Parceiros Íntimos, cujo foco central é compreender quais os determinantes nesta relação abusiva / agressiva que concorrem para que elas tenham dificuldades em denunciar seus agressores. Para tanto, foram empregados o método fenomenológico crítico mundano e a observação participante, como técnicas do método etnográfico. A fim de promover aproximação com as mulheres, realizaram-se oficinas com o tema Violência Contra a Mulher, das quais emergiram oito sujeitos colaboradores. Os resultados mostraram que estas mulheres vivenciavam, na relação com seus parceiros, diversas modalidades de violência. Constatou-se ainda que carregam uma experiência estigmatizada e se percebem em situação de inferioridade e desvantagem em relação às outras. Desse modo, pela vergonha de serem vistas aos olhos do mundo como mulheres espancadas e maltratadas psicologicamente ocultam seus infortúnios, acarretando morosidade na efetivação de denúncias contra seus agressores. Outros fatores contribuem para que permaneçam em relações conflituosas e retardem as denúncias, tais como: falta de moradia própria, desemprego, desconhecimento das redes de apoio institucional, falta de amparo da família e o afeto que ainda nutrem pelos parceiros. Também se observou que as mulheres, mesmo detendo parcelas de poder menores do que os homens, resistem e muitas vezes revidam com atos violentos em relação aos seus parceiros. Portanto, pôr em dúvida a lógica da vitimação é vislumbrar a possibilidade de reação das mulheres, mesmo que se encontrem, sob o ponto de vista do poder, muito aquém dos homens. Elas não consentem a violência, apenas cedem. Por último, foi abordada a percepção das mulheres sobre a Lei Maria da Penha, como instrumento de cidadania feminina no sentido de detectar se, com o seu advento, aumentaram as denúncias.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/78275
Date13 December 2007
CreatorsVenancio, Nadja Maria Felicio
ContributorsCavalcanti, Virginia de Saboia Moreira, Boris, Georges Daniel Janja Bloc, Osterne, Maria do Socorro Ferreira, Cavalcanti, Virginia de Saboia Moreira
PublisherUniversidade de Fortaleza, Mestrado Em Psicologia, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-8888772380865460381, 500, 500, 292441653440865123

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