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Diversidade e estrutura genética de espécies arbóreas da Floresta Atlântica, ES

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Previous issue date: 2017-02-21 / A fragmentação de habitats decorrente da perturbação antrópica, modifica a paisagem dos ambientes florestais, entre eles, a Floresta Atlântica que hoje se encontra como um conjunto de fragmentos florestais isolados. A situação atual desse bioma vem causando a extinção local de várias populações e outras vêm sofrendo perdas inestimáveis de variabilidade genética. Astronium concinnum Schott (Gonçalo-Alves) e Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat (Sucanga), são espécies arbóreas que têm característica adequadas para serem aproveitadas nos projetos de parques e jardins, além do uso farmacológico. A compreensão sobre os padrões de diversidade genética de uma espécie é um fator determinante na tomada de decisões para preservação, manejo e recuperação de áreas degradadas. Nesse sentido, amostras foliares de A. concinnum e S. verticillata foram coletadas em duas unidades de conservação, na Floresta Nacional (FLONA) de Pacotuba e na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cafundó, localizadas em Cachoeiro de Itapemirim, ES. O objetivo principal desse estudo foi avaliar a diversidade genética, utilizando marcadores moleculares Inter Simple Sequence Repeats (ISSR) e, a partir dos resultados, inferir sobre o manejo mais adequado de preservação dessas espécies, além de selecionar árvores mais divergentes geneticamente para produção de mudas destinadas a recuperação de áreas degradadas da região. Também, foi realizada uma comparação entre quatro diferentes protocolos, tendo por objetivo, o isolamento de DNA genômico puro da espécie S. verticillata. Para a espécie A. concinnum, oito primers forneceram 121 fragmentos de DNA, com 73,55% de polimorfismo. A diversidade genética de Nei (H) e índice de diversidade de Shannon (I) foram 0,312 e 0,473, respectivamente. O fluxo gênico (Nm) foi de 10,629. A análise de variância molecular (AMOVA) identificou que, 92,54% da diversidade genética ocorrem dentro da população. Foi identificada a formação de três grupos, por meio da análise Bayesiana. Pelo método de agrupamento de médias aritméticas não ponderadas (UPGMA), foi observada a formação de sete grupos. Objetivando o isolamento de DNA genômico puro de S. verticillata quatro protocolos foram comparados. O protocolo 1, Doyle e Doyle (1990) modificado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), forneceu DNA com pureza de 1,96 e a maior concentração média de DNA (224,22 ng/μL). O protocolo 2, Doyle e Doyle (1990) modificado pelo IAC, com alterações nas concentrações de Polivinilpirrolidona (PVP) e β-mercaptoetanol, forneceu pureza semelhante ao do protocolo 1 e concentração média de 201,02 ng/μL. Com o protocolo 3, Doyle e Doyle (1990) modificado pelo IAC, com alterações nas concentrações de PVP, β-mercaptoetanol e adição de Albumina de Soro Bovino (BSA), foram obtidos valores de 65,75 ng/μL e 1,5 de concentração e pureza de DNA, respectivamente. Por fim, no protocolo 4, Doyle e Doyle (1990) com adição de Proteinase K, obteve-se valores de 67,6 ng/μL de concentração e pureza de 1,66. Os resultados de pureza de DNA, nos protocolos 3 e 4, indicaram que houve contaminação por proteínas durante o processo de extração. Sugere-se, a utilização do protocolo 1 para obtenção de DNA de boa qualidade de S. verticillata. Para as análises de diversidade genética de S. verticillata foram utilizados doze primers ISSR, resultando em um total de 179 produtos de amplificação, com 75,97% de bandas polimórficas. Os resultados de H e I foram 0,329 e 0,503, respectivamente. O Nm estimado foi de 13,542. Maior diversidade genética foi constatada dentro das populações (94,98%), por meio dos resultados da AMOVA e, entre populações, o resultado foi de 5,02%. A análise Bayesiana de agrupamento forneceu a formação de três grupos. O dendrograma obtido pelo método UPGMA forneceu a formação de seis grupos. Por meio dessa pesquisa, foi constatada que, a maior diversidade genética ocorre dentro das populações, para ambas as espécies. Foram identificados indivíduos de A. concinnum e S. verticillata mais divergentes geneticamente e que, podem ser selecionadas como árvores matrizes para o fornecimento de sementes com variabilidade genética. Também, foi possível obter um protocolo que resultou em amostras de DNA de S. verticillata com maior qualidade.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/6951
Date21 February 2017
CreatorsRODRIGUES, A. A.
ContributorsPARENTE, P. A. L., GODINHO, T. O., SOARES, T. C. B., MOREIRA, S. O., CALDEIRA, M.V.W.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Genética e Melhoramento, Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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