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INFLUÊNCIA dos Polimorfismos dos Genes Fads e do Consumo Alimentar no Perfil Materno de Ácidos Graxos Poli-insaturados Ômega 3 e no Resultado Obstétrico

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Previous issue date: 2016-09-26 / O perfil de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (LCPUFAs) em gestantes apresenta forte influência no risco de prematuridade e baixo peso ao nascer. A ingestão de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAS) e os polimorfismos dos genes das dessaturases (FADS) parecem influenciar as concentrações de LCPUFAs no sangue e em tecidos, mas os estudos são escassos em gestantes. Nesse estudo, foi objetivo avaliar a interação entre a ingestão de PUFAs durante a gestação e os genótipos maternos dos genes FADS1 (rs174561) e FADS2 (rs174575 e rs3834458) 1) no perfil materno de ácidos graxos poli-insaturados ômega 3; 2) na duração da gestação e 3) no peso da criança ao nascer. Foram avaliadas as gestantes participantes de uma coorte prospectiva de Santo Antônio de Jesus BA, Brasil. Durante a gestação, foram realizadas a avaliação socioeconômica e de saúde e a coleta sanguínea. Para estimar a ingestão de PUFAS, foi desenvolvido e validado um questionário de consumo alimentar nutriente-específico. A identificação dos ácidos graxos plasmáticos foi realizada por cromatografia gasosa. A extração do DNA genômico foi realizada a partir do buffy coat, com kit comercial. Todas as amostras foram genotipadas com uso de ensaios TaqMan®, utilizando a discriminação alélica no equipamento de PCR em tempo real. Os desfechos gestacionais foram obtidos no Departamento de Vigilância Epidemiológica. Anova one way foi utilizada para comparar as médias das proporções plasmáticas de PUFAS n-3 segundo os genótipos, em cada tercil de ingestão de ácido &#945;-Linolênico (ALA) e da razão ácido Linoléico/ácido &#945;-Linolênico (LA/ALA). Análise de regressão linear foi utilizada para avaliação da interação gene-nutriente na duração da gestação e no peso ao nascer, ajustada para covariáveis. As frequências dos alelos variantes foram de 22,0% a 28,8% nas 250 gestantes avaliadas. Gestantes heterozigotas dos polimorfismos rs174561 e rs3834455 apresentavam menor ingestão de LA. Gestantes homozigotas para o alelo de menor frequência dos SNPs FADS1 rs174561 (CC) e FADS2 rs3834458 (DelDel) apresentaram maiores concentrações plasmáticas de ALA no tercil mais alto de ingestão de ALA e da razão LA/ALA (p < 0,05). Para esses polimorfismos, EPA e DHA não foram afetados pela ingestão de ALA e da razão LA/ALA. Para o SNP rs174575, gestantes que carreavam o alelo de menor frequência apresentaram menores proporções de EPA
plasmático no segundo tercil de ingestão da razão LA/ALA, em comparação com as gestantes homozigotas para o alelo de maior frequência (p < 0,05). Não foi observada interação gene-nutriente no peso ao nascer para os três polimorfismos avaliados. Entretanto, nas gestantes heterozigotas (CG) do SNP rs174575 a duração da gestação se associou positivamente com a ingestão de ALA e negativamente com a ingestão de LA (p < 0,05). Foi possível concluir que o aumento da ingestão de ALA promove o acúmulo plasmático de ALA e parece não favorecer a conversão dos LCPUFAs ácido eicosapentaenoico (EPA) e DHA nas homozigotas de menor frequência dos polimorfismos rs174561 (CC) e rs3834458 (DelDel). A ingestão moderada da razão LA/ALA pode também reduzir as concentrações de EPA nas gestantes que carreavam o alelo de menor frequência do polimorfismo rs174575. Assim, o padrão alimentar caracterizado pela maior ingestão de ALA e redução da ingestão de LA pode ser benéfico, melhorando o perfil lipídico das gestantes. As heterozigotas do SNP rs174575 (CG) podem aumentar o tempo de gestação em resposta à maior ingestão de ALA e menor de LA. Em relação aos polimorfismos rs174561 e rs3834458, a ausência de interação gene-nutriente no peso ao nascer e na duração da gestação pode ter sido reflexo da insuficiente ingestão de PUFAs pelas gestantes que carreavam o alelo de menor frequência, o que dificultaria a observação clara de causalidade em relação aos desfechos. É provável que o nível de ingestão de PUFAs por essas gestantes não promova efeitos evidentes. Uma justificativa para o insuficiente consumo de PUFAs seria uma eventual influência dos genótipos FADS na percepção gustativa e na preferência de alimentos fontes de PUFAS, que deve ser investigada em estudos futuros.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/7134
Date26 September 2016
CreatorsCARVALHO, G. Q.
ContributorsPAULA, F., CONFORTI, A. M. A. S., ERRERA, F. I. V., LOURO, I. D.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Biotecnologia, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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