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Impasses do segundo dualismo pulsional freudiano

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Previous issue date: 2015-02-10 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Com a impossibilidade de sustentar o primeiro dualismo, Freud se viu diante da ameaça de ter
que admitir um monismo pulsional. No entanto, Freud sempre considerou fundamental
pressupor um dualismo. Em Além do princípio do prazer (1920), ao refletir sobre a relação
entre a compulsão à repetição e a atividade pulsional, ele chega ao conceito de pulsão de
morte. Em oposição a esta nova classe de pulsão, Freud apresenta a pulsão de vida e, assim,
substitui o primeiro dualismo pulsional. Ambas as classes de pulsões teriam entrado em ação
com o surgimento da vida a partir da matéria inorgânica. Enquanto a pulsão de morte buscaria
retornar ao estado inorgânico, a pulsão de vida buscaria complexificar a vida, dificultando a
morte do organismo. Mas a hipótese do segundo dualismo apresenta uma série de
dificuldades, que colocam em questão até que ponto Freud conseguiu sustentá-la. Ele próprio
reconhece, na obra de 1920, que o novo dualismo pulsional não apresenta o mesmo grau de certeza que os
passos anteriores do desenvolvimento de sua teoria das pulsões. O objetivo deste trabalho é, em primeiro lugar,
analisar a teoria apresentada em Além do princípio do prazer e discutir alguns dos principais problemas
presentes na argumentação freudiana. Em seguida, procuramos analisar as hipóteses elaboradas por Freud
sobre as duas classes de pulsões em textos posteriores, tendo em vista analisar em que medida ele consegue
sustentar a primariedade e a independência das duas classes de pulsões no restante de sua teoria.
Concluímos que os impasses presente no texto de 1920 não são plenamente solucionados e procuramos
apontar as principais questões que permanecem em aberto na teoria freudiana acerca do segundo dualismo
pulsional. / With the impossibility of sustaining the first dualism, Freud was faced with the threat of
having to admit a drive monism. However, Freud always considered fundamental to assume a
dualism. In Beyond the Pleasure Principle (1920), when reflecting on the relationship
between the repetition compulsion and drive activity, he gets the concept of the death drive. In
opposition to this new drive class, Freud presents the life drive and, thus, replaces the first
drive dualism. Both drive classes would act with the emergence of life from inorganic matter.
While the death drive would return to the inorganic state, the life drive would make the life
more complex, making the death of the organism harder. However, the second dualism
hypothesis presents a number of difficulties which begs the question if Freud was able to
sustain this. In his work of 1920, he recognizes that the new drive dualism does not present
the same degree of certainty that the previous steps of the development of his theory of drives.
The objective here is, first, to analyze the theory presented in Beyond the Pleasure Principle
and discuss some of the main problems present in Freud's argument. Then we analyzed the
hypotheses developed by Freud regarding the two drive classes in later works in order to
analyze how he can sustain the primarity and independence of the two drive classes in the
remaining of his theory. We conclude that the impasses in the text of 1920 are not fully solved
and we try to point out the main issues that remain open in the Freudian theory about the
second drive dualism.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/346
Date10 February 2015
CreatorsCampos, Ana Paula Soares
ContributorsCaropreso, Fátima Siqueira, Ibertis, Carlota Maria, Rodrigues, Antenor Salzer
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Psicologia, UFJF, Brasil, ICH – Instituto de Ciências Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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