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Neká Mahsá (gente-estrela): Um Estudo de Vivências do Calendário Desâna no Tupé

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Previous issue date: 2012-12-05 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This paper focuses on the discussion of the Astronomical Calendar Desana and its (re )
signification in the context of tourism and etnoconservação in Desana Tupé , locus of the
research community . The initial objective of the research was to analyze those aspects of
mythology contained in the experiences Desana in Tupe . We leave the narrative of the book ,
published by ISA , Bueri Kadiri Marirye " The lessons you never forget " ( DIAKURU &
KÍSIBI , 2006) for the analysis of elements present in the cosmogonic statement schedule
Desana Tupé . Empirical plurality theme made we push the analysis to identify not only the
elements of the mythical calendar, contained in the tour package offered to the public in the
RDS Tupe , but the social function of shamanism Desana , where he survives the modes of globalized tourism . Observance of environmental dynamics altered by changing factor , both caused by territorial mobility from high to low river Negro , as caused by climate change, which are observed in the region , was something that , transversely , we are dedicated in understanding the meanings of the use of this calendar among this group . From the point of view of the process of expropriation and breach of their culture , in dealing with exogenous to its tradition activities, analyzing the return to en- reza - focused on aspects of traditional shamanic experiences - resulting in our hypothesis , the assertion a field reterritorialidade recognized by Desana . The approach with the elements that keep the memory of tradition - myths and hierophanies gifts modes - of - doing transiting the prior knowledge to generations, to modern - contemporary modes of know-how Desana in Tupe - led us to the structures that are the path to the understanding of memory as a system of adaptation to the group. Systems from which appropriate the tradition in a different way , to your local development and establishment as culturally distinct ethnic group the Black River in semi-urban context, around the city of Manaus . In this way , memory , find the schedule , the " edge " [ 1 ] of culture itself . Jerusa Pires Ferreira (2010) defines the term as " contour drawing " where , in my view , the Desana at Tupe , pass and permeate , " a flowing in and out of the culture." This interlacing of contours and knowledge was the object of our analysis. The group , led by Kísibi - Kʉmʉ Desana , Raimundo Sources Vaz , is a descendant of the group of grandmothers cited by Diakuru & Kísibi (2006 ) , the sib Wahari Dihputiro Pora [ 2 ] , urucú the creek , a tributary of river Tiquié . Our approach was qualitative and resorted to structured and semistructured interviews , in order to know the different aspects of culture Desana transiting in their current survival pathways . Our hypothesis is that Desana at Tupe, maintains a relationship with the sacredness of mythical - ritual memory of their traditional
astronomical calendar and are able to describe the symbolic and cosmological relationships associated with it, allowing us to analyze the modern polarity - traditional, in this experience . / O presente trabalho centra-se na discussão do Calendário Astronômico Desâna e em sua (re) significação no âmbito do turismo e da etnoconservação na comunidade Desâna do Tupé, lócus da pesquisa. O objetivo inicial da investigação foi fazer uma análise dos aspectos da mitologia contidos nas vivências Desâna, no Tupé. Partimos das narrativas do livro, publicado pelo ISA, Bueri Kãdiri Marirye “Os ensinamentos que não se esquecem” (DIAKURU&KÍSIBI, 2006) para a análise dos elementos cosmogônicos presentes no calendário demonstrativo Desâna do Tupé. A pluralidade empírica do tema fez com que estendessemos a análise à identificação não só dos elementos do calendário mítico, contidos no pacote turístico oferecido ao público, na RDS do Tupé, mas à função social do xamanismo Desâna, onde ele sobrevive aos modos do turismo globalizado. A observância da dinâmica ambiental alterada pelo fator mudança, tanto a ocasionada pela mobilidade territorial do alto para o baixo rio Negro, como a ocasionada pelas mudanças climáticas, as quais são observadas na região, foi algo a que, de um modo transversal, nos dedicamos no entendimento
dos significados do uso deste calendário entre este grupo. Do ponto de vista do processo de ruptura e expropriação da sua cultura, na lida com atividades exógenas à sua tradição, a análise do retorno à casa-de-reza - focada nos aspectos xamânicos das vivências tradicionais – resulta, em nossa hipótese, na afirmação de um campo de reterritorialidade reconhecido pelos Desâna. A aproximação com os elementos que guardam a memória da tradição - mitos e hierofanias presentes nos modos-de-fazer que transitam do conhecimento anterior às gerações, aos modos modernos-contemporâneos do saber-fazer Desâna, no Tupé - nos levaram às estruturas que são o caminho percorrido até o entendimento da memória como sistema de adaptação para o grupo. Sistemas a partir dos quais se apropriam da tradição, de um modo
diferenciado, para seu desenvolvimento local e estabelecimento como etnia culturalmente diferenciada do rio Negro, em contexto semiurbano, no entorno da cidade de Manaus. Neste caminho, da memória, encontramos o calendário, na “borda”[1] da própria cultura. Jerusa Pires Ferreira (2010) define o termo como “desenho de contornos” por onde, a meu ver, os Desâna, no Tupé, passam e perpassam, “num fluir de dentro e fora da cultura”. Este entrecruzar de contornos e saberes foi nosso objeto de análise. O grupo, liderado pelo Kísibi- Kʉmʉ Desâna, Raimundo Fontes Vaz, é descendente do grupo de avós citados por Diakuru & Kísibi (2006), o sib Wahari Dihputiro Porã[2], do igarapé Urucu, afluente do rio Tiquié. Nossa abordagem foi qualitativa e recorreu a entrevistas estruturadas e semiestruturadas, no propósito de conhecer os diversos aspectos da cultura Desâna que transitam em suas vias de sobrevivência atuais. Nossa hipótese é de que os Desâna, no Tupé, mantém uma relação de sacralidade com a memória mítica-ritual tradicional do seu calendário astronômico e que são capazes de descrever as relações simbólicas e cosmológicas associadas a ele, o que nos permite analisar a polaridade moderno-tradicional, nesta vivência.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:http://localhost:tede/3924
Date05 December 2012
CreatorsBelota, Juliana Mitoso
ContributorsPinto, Marilina da C. Oliveira Bessa Serra, Afonso, Germano
PublisherUniversidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, UFAM, Brasil, Instituto de Ciências Humanas e Letras
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM, instname:Universidade Federal do Amazonas, instacron:UFAM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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