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Memória, testemunho, trauma e luto em Você vai voltar pra Mim e outros contos, de Bernardo Kucinski

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Trabalhos inseridos por meio de Autodepósito devem ser disponibilizados no ato da aprovação.
Neste caso, a dissertação se enquadra como "Confidencial" e deve ser depositada pessoalmente na Biblioteca Central, conforme orientações http://biblioteca.ufam.edu.br/servicos/teses-e-dissertacoes on 2018-11-16T15:01:17Z (GMT) / Submitted by Leandro Vasconcelos (leandro-vasconcelos@outlook.com) on 2018-11-16T15:26:15Z
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Previous issue date: 2018-10-19 / This work discusses the issue of memory, testimony, trauma and mourning in the work Você vai voltar pra mim e outros contos, by Bernardo Kucinski. In the initial considerations, which I call "O corte", I deal with the historical context in which the civil-military dictatorship has settled, the role of the National Truth Commission, and how the work analyzed here arose through the reports contained in the CNV sessions. In the first chapter, I bring to the reader a little of Bernardo Kucinski's biography, his life as a journalist, a university professor, and the subsequent transformation into a writer of literature. Soon after, I make a brief summary of the literary works published by the author. I also deal with the theoretical concept of Memory, working with the issue of collective memory in Lucena (2014), of memory strength in Sarlo (2007), non-preservation of memory and its consequences in Costa (2011) and the speech of Hobsbawn (2011) on the continuous present to which young people are subjected. On the testimony, I use the concept of Salgueiro (2012) to define what a witness is in a broad sense; from Selligmann-Silva (2006), on the problem of testimony in Agamben (2008) and Avelar (2003). I also mention the importance of testimony in Sarlo (2007) and on the use of literature to testify in Valéria de Marco (2004). Soon after, I speak properly about the trauma, having as theoretical base the psychoanalysts Sigmund Freud and Sándor Ferenczi. To deepen the theme, I use the theorists Avelar (2003), Antonello (2016), Santos (2010) and Selligmann-Silva (2008). In order to point out more specifically about the repression, initially developed by Freud, I use Maria Paiva's speech (2011). On resilience, I highlight what Brandão (2009) postulates, which says that the concept of resilience has become quite diverse, since its interpretation has changed over time, just as Rudge (2009) warns us about how trauma has taken the same way, and it is difficult to characterize it because of the various conceptual currents that have formed over time. In the last topic of the first chapter, I talk about mourning and turn to Freud's reflections (2006) again. I use Paulo Endo (2013) and Zucolo (2014) to deepen the concept on the subject and Teles (2017) to reflect on how silence, non-mourning, still makes Brazil a country that does not solve its historical traumas. Entering the three subsequent chapters, all of analysis, I bring in each of them a specific theme, namely: woman, family and clandestinity. In the chapter on the role of women in the dictatorship, I construct the discussion from the short stories “Você vai voltar pra mim”, “Joana” and “A beata Vavá”. In the first narrative, the most visible aspect is that of women in prison, abuses and the collaboration of the judiciary to legitimize human rights abuses. In "Joana", the major focus is on the search for an answer about her husband who was arrested, tortured and disappeared during the years of political repression. In “A beata Vavá” the work focuses on the mother's struggle to save the child from the hands of the torturers, a short story in which Kucinski differ from the rest of the work and flirts with the genre Fantástico. In the chapter on the family issue, the stories analyzed are: “O velório”, “Tio André” and “A mãe rezadeira”. In the first, we have the pain of a father who "buries" the missing child as a form of resilience and / or protest in the face of the events of the last decades and the finitude of his life; in the second, Kucinski writes of a survivor after the trauma of being tortured by political repression, denouncing the state and its negligence with whom it fell victim to the dictatorship; in the third, I reflect on the pain of a mother who has her son arrested, being tested on knowing that the son can be released after the kidnapping of an authority, but being taken by the fear of the son, if released, to be killed by the forces of repression. In the chapter on clandestinity, I bring the short stories: “Sobre a natureza do
homem”, “A troca” and “Dodora”. The first is a narrative that shows the destruction of a left-wing militant after the tortures and their consequences; the second express the difficult decision to serve a sentence, to renounce the struggle and return to a normal life or continue to rebel against the dictatorship; and the third deals with the pressure and treachery of life on clandestinity. In the final considerations, which I named " A ferida" I discuss the question of the revisionism of the dictatorship by the population, the discourse of "Ditabranda", which was defended in an editorial of a vehicle of great national circulation and the ascension of militaristic speech in our society. / Este trabalho discute a questão da memória, do testemunho, do trauma e do luto na obra Você vai voltar
pra mim e outros contos, de Bernardo Kucinski. Nas considerações iniciais, que nomeio de “O corte”,
trato do contexto histórico em que a ditadura civil-militar se instalou, do papel da Comissão Nacional
da Verdade e sobre como a obra analisada aqui surgiu através dos relatos contidos nas sessões da CNV.
No primeiro capítulo, trago ao leitor um pouco da biografia de Bernardo Kucinski, sua vida como
jornalista, professor universitário e a posterior transformação em escritor de literatura. Logo após, faço
um pequeno resumo sobre as obras literárias publicadas pelo autor. Trato ainda do conceito teórico da
Memória, trabalhando com a questão da memória coletiva em Lucena (2014), sobre a força da memória
em Sarlo (2007), a não preservação da memória e as suas consequências em Costa (2011) e a fala de
Hobsbawn (2011) sobre o presente contínuo a que os jovens estão submetidos. Sobre o testemunho, uso
o conceito de Salgueiro (2012) para definir o que é uma testemunha em um amplo sentido; a partir de
Selligmann-Silva (2006), sobre o problema do testemunho em Agamben (2008) e Avelar (2003). Falo
também a importância do testemunho em Sarlo (2007) e sobre o uso da literatura para testemunhar em
Valéria de Marco (2004). Logo após, falo propriamente sobre o trauma, tendo como base teórica os
psicanalistas Sigmund Freud e Sándor Ferenczi. Para aprofundar o tema, uso os teóricos Avelar (2003),
Antonello (2016), Santos (2010) e Selligmann-Silva (2008). A fim de pontuar mais especificamente
acerca do recalcamento, inicialmente desenvolvido por Freud, utilizo a fala de Maria Paiva (2011). Sobre
a resiliência, destaco o que postula Brandão (2009), o qual diz que o conceito de resiliência se tornou
bastante diverso, visto que sua interpretação mudou ao longo do tempo, assim como Rudge (2009) nos
alerta sobre como o trauma tomou o mesmo caminho, sendo difícil caracterizá-lo por conta das diversas
correntes conceituais que se formaram ao longo do tempo. No último tópico do primeiro capítulo, falo
sobre o luto e me volto novamente para as reflexões de Freud (2006). Uso Paulo Endo (2013) e Zucolo
(2014) para aprofundar o conceito sobre o tema e Teles (2017) para refletir sobre como o silenciamento,
o não luto, ainda hoje faz do Brasil um país que não resolve os seus traumas históricos. Adentrando nos
três capítulos posteriores, todos de análise, trago, em cada um deles, um tema específico, a saber: a
mulher, a família e a clandestinidade. No capítulo sobre o papel da mulher na ditadura, construo a
discussão a partir dos contos “Você vai voltar pra mim”, “Joana” e “A beata Vavá”. Na primeira narrativa,
o aspecto mais visível é a da mulher na prisão, dos abusos e da colaboração do poder judiciário para
legitimar os abusos de direitos humanos. Em “Joana”, o foco maior é na procura de uma resposta pelo
seu marido que foi preso, torturado e desapareceu durante os anos de repressão política. Em “A beata
Vavá” o trabalho se concentra na luta da mãe para salvar o filho das mãos dos torturadores, um conto
em que Kucinski destoa do resto da obra e flerta com o gênero Fantástico. No capítulo sobre a questão
familiar, os contos analisados são: “O velório”, “Tio André” e a “A mãe rezadeira”. No primeiro, temos
a dor de um pai que “enterra” o filho desaparecido como uma forma de resiliência e/ou protesto perante
aos acontecimentos das últimas décadas e a finitude de sua vida; no segundo, Kucinski escreve sobre
uma sobrevivente após o trauma de ser torturada pela repressão política, denunciando o Estado e sua
negligência com quem foi vítima da ditadura; no terceiro, reflito sobre a dor de uma mãe que tem o filho
preso, sendo testada ao saber que o filho pode ser solto depois do sequestro de uma autoridade, mas
sendo tomada pelo medo do filho, se solto, ser morto pelas forças de repressão. No capítulo sobre a
clandestinidade, trago os contos: “Sobre a natureza do homem”, “A troca” e “Dodora”. O primeiro é
uma narrativa que mostra destruição de uma militante de esquerda depois das torturas e suas
consequências; o segundo externa a difícil decisão de cumprir uma pena, renunciar à luta e voltar a ter
uma vida normal ou continuar se rebelando contra a ditadura; e o terceiro trata sobre a pressão e a traição
da vida na clandestinidade. Nas considerações finais, que nomeei de “A ferida”, discuto sobre a questão
do revisionismo da ditadura pela população, o discurso da “Ditabranda”, que foi defendida em um
editorial de um veículo de grande circulação nacional e a ascensão do discurso militarista na nossa
sociedade.

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Date19 October 2018
CreatorsVasconcelos, Leandro Harisson da Silva, (92)991656861
Contributorslouis.silva1974@gmail.com, Lajosy, Silva, Cavalheiro, Luciane dos Santos, Zucolo, Nícia Petreceli
PublisherUniversidade Federal do Amazonas, Programa de Pós-graduação em Letras, UFAM, Brasil, Faculdade de Letras
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM, instname:Universidade Federal do Amazonas, instacron:UFAM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-2856882280194242995, 500

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