A visualização de objetos geométricos por alunos cegos: um estudo sob a ótica de Duval

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Previous issue date: 2015-12-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis aimed to investigate how blind students visualize geometric objects, based on the Theory of Semiotics Representation, Vision and View Registers of Raymond Duval. Checking the official documents that determine the course of education, we found that they establish that children and young people with special educational needs must have access to schools, preferably in the regular school system, which must be suitable to them, both materially and educationally. So, we performed a case study in a public school in the city of Santo André, São Paulo, which has blind students attending ordinary classrooms. Through interviews, we investigated how congenitally blind students recognize and work with representations of geometric objects and what are the possibilities of these students create their own representations on paper. We found that the interviewed students identified flat geometric figures embossed on paper, recognizing their forms, but didn t recognize the geometric solids representations in perspective, because the outline of these objects does not match with their outline on paper. We note the need to teach how to visualize, it is necessary that the blind students learn how to identify the represented object in each representation, this recognition is not automatic but it can be learned. We noted that the order of perception by touching is different when the blind student has a concrete object in his hands and when it has a representation of this object embossed on paper. When the blind student has a concrete object in his hands, and this object is familiar to him, he recognizes the entire object without the need to observe the parts, but when the representation is embossed on paper, even if the student knows the represented object, he visualizes the parts first and then the entire object. In the interviews, we witnessed times when the students reached the perceptual, operative and discursive apprehensions, despite having a very limited repertoire of geometric terms. One of the students operated the dimensional deconstruction of the forms and could "see" mathematically, as mentioned by Duval (2011). None of the students we interviewed had ever built or designed geometric figures in a way that after they could recognize them, so the sequential apprehension that aims at the construction of geometric figures was not observed during our investigation. Seeking to fill this gap, we propose the creation of the Drawing on Positive Relief Clipboard, with which a blind student has the possibility to design and feel the design embossed on paper / Esta tese teve por objetivo investigar como alunos cegos visualizam objetos geométricos, embasada na Teoria dos Registros de Representação Semiótica, Visão e Visualização de Raymond Duval. Verificando os documentos oficiais que determinam os rumos da educação, constatamos que eles estabelecem que as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas, preferencialmente na rede regular de ensino, que devem estar adequadas a eles, tanto material quanto pedagogicamente. Nesse sentido, realizamos um estudo de caso em uma escola pública estadual da cidade de Santo André, São Paulo, que tem alunos cegos frequentando as salas de aula comuns. Por meio de entrevistas, investigamos como alunos cegos congênitos reconhecem e trabalham com representações de objetos geométricos e quais as possibilidades desse aluno criar suas próprias representações no papel. Verificamos que os alunos entrevistados identificaram figuras geométricas planas, representadas em relevo, no papel, reconhecendo suas formas, mas não reconheceram representações de sólidos geométricos em perspectiva, pois o contorno desses objetos não corresponde ao contorno de sua representação no papel. Constatamos a necessidade de ensinar a visualizar, é preciso que o aluno cego aprenda a identificar em cada representação o objeto representado, esse reconhecimento não é automático, mas pode ser aprendido. Observamos que a ordem de percepção pelo tato é diferente quando o aluno cego tem um objeto concreto em suas mãos e quando tem uma representação deste objeto em relevo no papel. Quando o aluno cego tem um objeto concreto em suas mãos, e este objeto lhe é familiar, ele reconhece o todo, sem necessidade de observar as partes, mas, quando a representação está em relevo no papel, mesmo que o aluno conheça o objeto representado, ele visualiza primeiro as partes para depois visualizar o todo. Nas entrevistas, presenciamos momentos em que alunos atingiram as apreensões perceptiva, operatória e discursiva, apesar de apresentarem um repertório muito limitado de termos geométricos. Um dos alunos operou a desconstrução dimensional das formas e pôde ver matematicamente, como mencionado por Duval (2011). Nenhum dos alunos que entrevistamos já havia construído ou desenhado figuras geométricas de forma que pudesse reconhecê-las, portanto, a apreensão sequencial, que tem por objetivo a construção de figuras geométricas, não foi observada durante nossa investigação. Procurando preencher essa lacuna, propomos a criação da Prancheta de Desenho em Relevo Positiva, com a qual um aluno cego tem a possibilidade de desenhar e sentir o desenho em relevo no papel

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/11052
Date02 December 2015
CreatorsMello, Elisabete Marcon
ContributorsSilva, Maria José Ferreira da
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, PUC-SP, BR, Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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