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Break-ar a vida: processos de subjetivação de jovens negros por meio da dança na cidade de São Paulo

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Previous issue date: 2009-05-22 / His research is the mapping of break in the city of São Paulo, a dance that appeared in the decade of 70 in the United States from the present tension in the classroom and race relations and that it makes with that the Puerto Ricans and blacks they created a dance style in which was possible to bring for visible and the audible one what it was in the order of the sensation. Before being a dance, break is the instrumental band of funk in which the strokes and the lines of low are valued. The differentiated form for which, boys and girls they danced in this part of funk. They and they had passed to be identified as b.boys and b.girls, name given for DJ Kool Herc, one of the jamaicanos, that immigrated for the United States in the decade of 60, and produced the Block Partie, (block parties), packed for soul, funk, jazz and Latin musics in the quarter of the Bronx, in New York. Next to the sprouting of break, a new rhythm musical, proceeding from the junction of samples of rhythms of hip-hop, funk and the electrum is created, break beat. This hybrid music was created by the proper Kool Herc, and has multiple variations. This modality of dance was connected to the movement hip-hop and in it gained form. In this cartography song had the necessity of minimum perscrutar the passages of the configuration of protest, movement initiated in the United States, but that it left its tracks in some black diásporas, in special in Brazil. It is not, however, an attempt of return to the archaic one, and yes, to trace tenuous lines of what I called, provisorily, of magnifying of the militancy, which can suggestively be defined as fusing of the music and the militancy that creates a powerful mesh-ardilosa in the invocation of the bodies, the subjectivity and the life, especially of the black population / Esta pesquisa é o mapeamento do break na cidade de São Paulo, uma dança que surgiu na década de 70 nos Estados Unidos a partir da tensão presente nas relações de raça e de classe e que faz com que os porto-riquenhos e negros criassem um estilo de dança no qual fosse possível trazer para o visível e o audível o que estava na ordem da sensação. Antes de ser uma dança, o break é a faixa instrumental do funk na qual são valorizadas as batidas e as linhas de baixo. A forma diferenciada pela qual, garotos e garotas dançavam nessa parte do funk. Eles e elas passaram a ser identificados como b.boys e b.girls, nome dado por DJ Kool Herc, um dos jamaicanos, que imigrou para os Estados Unidos na década de 60, e produzia as Block Partie, (festas de quarteirões), embaladas por soul, funk, jazz e músicas latinas no bairro do Bronx, em Nova York. Junto ao surgimento do break, cria-se um novo ritmo musical, proveniente da junção de samples de ritmos do hip-hop, do funk e do electro, o break beat. Essa música híbrida foi criada pelo próprio Kool Herc, e tem múltiplas variações. Essa modalidade de dança foi acoplada ao movimento hip-hop e nele ganhou forma. Nessa cartografia houve a necessidade de perscrutar minimamente os trajetos da configuração do protest song, movimento iniciado nos estados Unidos, mas que deixou seus rastros em várias diásporas negras, em especial no Brasil. Não é, no entanto, uma tentativa de retorno ao arcaico, e sim, de traçar linhas tênues do que chamei, provisoriamente, de ampliação da militância, a qual pode ser definida sugestivamente como fusão da música e da militância que cria uma potente malha-ardilosa na convocação dos corpos, da subjetividade e da vida, especialmente da população negra. No break a palavra é transformada em movimento de corpos com suas velocidades, gingas e saltos. Nisso tem-se forjado um território minimamente consistente de existência: são memórias corporais que estão se constituindo. Há três espaços públicos onde o break se manifesta: a roda (espaço de descontração), o racha (espaço de disputa) e o palco (espaço cênico). Não é somente a configuração do tipo de espaço físico que diferenciará a dança, mas, sobretudo a pré-disposição de corpos dos dançarinos. No break houve uma explosão das categorias de raça e de classe, pois um b.boy e uma b.girl, só são pela capacidade de dançar. Há uma diversidade de raças e de classes e não foi sentido conflitos entre elas. Essas categorias encontram-se, ainda, bem marcadas dentro do hip-hop, mas no que se refere à questão gênero, está, ainda travada e evidencia uma concepção de mulher marcada não por uma diferenciação, mas por desigualdade. No entanto, há um tremor anunciado por parte das b.girls para abalar o atual desenho das representações no break em São Paulo. É um devir-b.girl que se anuncia, um inconsciente que protesta, um corpo que grita e que se recusa a ceder mais uma vez. Começa-se a formar elos com outros corpos, num processo revolucionário que pretende alterar a cartografia dominante no break. Elas estão fazendo a vida break-ar na forja de outro croqui urbano

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/15836
Date22 May 2009
CreatorsSantos, Wanderley Moreira dos
ContributorsRolnik, Suely Belinha
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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