Return to search

Autonomia decisória do idoso com câncer: percepções do idoso, da família e da equipe de saúde / Decision-making autonomy of elderly person with cancer: perceptions of elderly, the family, and the health team

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-03-24T11:45:29Z
No. of bitstreams: 1
Giovana Kreuz.pdf: 1257204 bytes, checksum: 727302118720d6a1715563debe111558 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-24T11:45:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Giovana Kreuz.pdf: 1257204 bytes, checksum: 727302118720d6a1715563debe111558 (MD5)
Previous issue date: 2017-03-17 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Considering the population aging and its association with the estimation of grow cases of
cancer in Brazil for the 2016 and 2017 years, being the elderly as the most susceptible to that
disease, emerge the need to rethink the perceptions about old age and autonomy. This work
proposes to analyze the perception of participation of elderly patients with cancer in decisions
on their treatments, from patients, relatives, and health care team points of view, and more
specifically analyzes intervenient aspects in the participation of elderly person with cancer in
decisions about their own treatments. Data were collected through semi-structured interviews
with 5 older patients under cancer treatment, 3 family members and 4 health professionals
during the hospital stay. Content analysis and interpretation was developed based on the
theoretical foundations for qualitative research of Bardin (2011) and Strauss and Corbin
(2008), allowing the elaboration of the categories: autonomy, which addresses shared
autonomy and the delegation of autonomy; loss of autonomy, approaching dependence; health
and disease in old age, approaching the perceptions between disease and aging and the
terminologies used to designate the elderly and the old age; autonomy and finitude,
approaching the Advance Healthcare Directives and the relationship between the elderly and
the health team. In the autonomy category, considering the diversity and heterogeneity of old
age, and accepting the interlocution of various knowledge, the results indicate that the elderly
perceive autonomy as a possibility to manage aspects of their own life, indicating that their
choices are recognized and respected. The relatives position themselves to respect the
decisions of the elderly, allowing them to maintain autonomy, although age is pointed by
health professionals as a family argument for the exclusion of the elderly from decision
making. Health professionals affirm that autonomy should be maintained regardless of age,
although they point cognition and absence of severe mental disorder as criteria for determine
its maintenance. The report that the health team excludes the elderly from the decisionmaking
process, when communicating with the family, established a counterpoint in an
interview with a relative. Loss of autonomy category indicates the dependence as an obstacle
to exercise autonomy, being feared by the majority of patients and perceived as different
from needing or asking for help, revealing a changing status. Regarding health and illness in
old age, the interviewed elderly did not associate cancer with age, but in family conception it
was perceived as an important factor. In Portuguese, the word “velho” has negative and
pejorative connotation, and “idoso” indicates respect and dignity towards the person. The
autonomy and finitude category revealed that patients and their families are unaware of
Advance Healthcare Directives, and the health team has a partial knowledge about it, so this
alternative is not used in that health center. This study reveals nuances between the
effectiveness of the elderly autonomy and the ideal perception presented by the participants of
the research; autonomy can be configured in a self-centered, shared way or delegated,
according to context and needs / Considerando o envelhecimento populacional e sua associação às estimativas de aumento de
câncer no Brasil nos anos de 2016 e 2017, sendo os idosos os mais suscetíveis à doença,
configura-se a necessidade de se repensar as percepções sobre velhice e autonomia.
A proposta deste trabalho foi analisar a percepção da participação de pacientes idosos com
câncer nas decisões sobre seus tratamentos, sob a ótica dos pacientes, de seus familiares e da
equipe de saúde que os assiste, dando ênfase à análise dos aspectos intervenientes na
participação do idoso com câncer na decisão de seus tratamentos. Os dados foram coletados
por meio de entrevistas semiestruturadas com 5 idosos com câncer em tratamento oncológico,
3 familiares e 4 profissionais da saúde, durante o período de internação hospitalar. A análise
de conteúdo e interpretação foram desenvolvidas com base nos fundamentos teóricos para
pesquisas qualitativas de Bardin (2011) e Strauss e Corbin (2008), permitindo a construção
das seguintes categorias: autonomia, abordando a autonomia compartilhada e a delegação da
autonomia; perda da autonomia, abordando a dependência; a saúde e a doença na velhice,
abordando as percepções entre doença e envelhecimento e as terminologias usadas para
designar o velho e a velhice; autonomia e finitude, abordando as Diretivas Antecipadas de
Vontade e a relação do idoso com a equipe. Na categoria autonomia, considerando-se a
diversidade e heterogeneidade da velhice e aceitando-se a interlocução de vários saberes,
os resultados obtidos indicam que os idosos percebem a autonomia como a possibilidade de
gerir aspectos da sua vida, indicando que suas escolhas são reconhecidas e respeitadas.
Os familiares posicionam-se de maneira a respeitar as decisões dos idosos, permitindo que
mantenham a autonomia, embora a idade seja apontada pelos profissionais da saúde como um
argumento da família para a exclusão do idoso da tomada de decisão. Os profissionais da
saúde afirmam que a autonomia deve ser mantida independentemente da idade, embora
apontem critérios como cognição e ausência de transtorno mental grave para determinar sua
manutenção. O relato de que a equipe às vezes comunica a família e exclui o idoso do
processo decisório foi contraponto na entrevista de uma familiar. A categoria perda da
autonomia configura a dependência como um fator impeditivo de exercer a autonomia, sendo
temida pela maioria dos pacientes e percebida como diferente do fato de precisar ou pedir
ajuda, ou seja, revela a mudança de um status. Quanto à categoria saúde e doença na velhice,
o câncer não está associado à idade na percepção dos idosos entrevistados, mas aparece como
um fator importante na concepção de familiares. O uso da nomenclatura “velho” indica algo
negativo e pejorativo, enquanto “idoso” apresenta respeito e dignidade para com a pessoa.
A categoria autonomia e finitude revelou que os pacientes e seus familiares desconhecem as
Diretivas Antecipadas de Vontade, e o conhecimento da equipe de saúde é parcial, portanto,
o dispositivo não é utilizado nesta instituição de saúde. Este estudo revela nuances entre
a efetivação da autonomia do idoso e a percepção ideal apresentada pelos participantes
da pesquisa; podendo a autonomia configurar-se de maneira autocentrada, compartilhada
ou delegada, conforme contexto e necessidades

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19853
Date17 March 2017
CreatorsKreuz, Giovana
ContributorsFranco, Maria Helena Pereira
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0028 seconds