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Ocupação e reconstrução do Iraque: a atuação da coalizão de Autoridade Provisória (2003-2004)

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Previous issue date: 2017-03-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Between March 2003 and June 2004, the United States of America (US), together with
Britain, occupied Iraq and obtained the status of Provisional Authority granted by the UN
Security Council in Resolution 1483 to rebuild the Iraqi state after the overthrow of the Baath
Regime. For the first time since the end of World War II, an international power gained
occupying power status through United Nations (UN), without being a UN proper mandate, as
usually in peacekeeping operations governed by the international body. The 2003 invasion of
Iraq had a consensus in American political though that the United States would have the
responsibility and duty to overthrow Saddam's regime, which allegedly committed crimes
against humanity, posed a threat to international security. To a large extent, the American
formula for the invasion and occupation of Iraq consisted in justifying its actions in terms of
"humanitarian reason" and legitimizing them by means of legal mechanisms. Implementation
of the Iraq occupation plan had a key role for members of the Iraqi opposition elite to the
Baath Regime in support of the Anglo-American powers agenda. However, if this
unprecedented statebuilding process is analyzed by leaving aside these humanitarian
premises, unlike the mainstream US foreign policy analysis, one can identify possible
political-economic benefits that result from this reconstruction project in Iraq. Based on the
analysis of the official documents of the Provisional Authority Coalition (CPA) and
questioning the internationalist liberal premises that guided the justification and later criticism
of the results of CPA administration, we were able to identify possible political-economic
benefits to the US and its corporations during The 14 months of occupation. Particularly in
the energy, agriculture, security services and infrastructure sectors, as well as other financial
benefits to non-state sectors (such as NGOs and informal economies). In terms of power, the
occupation resulted in the US-Iraq approaching of US dominance, and in terms of market
CPA liberalized the Iraqi economy allowing multinational access to various sectors of the
Iraqi market. Thus, it is evident the consolidation of an Iraqi political-economic agenda
submissive to the North American interests / Entre março de 2003 e junho de 2004, os Estados Unidos da América, em conjunto com a
Grã-Bretanha, ocuparam o Iraque e obtiveram o status de Autoridade Provisória emitido pelo
Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSONU) na Resolução 1483
para reconstruir o Estado iraquiano após a derrubada do Regime Baath. Pela primeira vez
desde o final da segunda Guerra Mundial, uma potência ganhava status de força ocupante pela
Organização das Nações Unidas (ONU), sem ser um mandato da ONU propriamente, como
usualmente nas operações de paz (Peacekeeping operations) regidas pelo órgão internacional.
A invasão do Iraque em 2003, contou com um consenso no pensamento político norteamericano
no qual os EUA teriam a responsabilidade e o dever de derrubar o regime de
Saddam Hussein, que supostamente cometia crimes contra humanidade, representava uma
ameaça à segurança internacional. Em grande medida, a fórmula norte-americana para a
invasão e ocupação do Iraque consistiu em justificar suas ações em termos de “razão
humanitária” e legitimá-las por meio de mecanismos jurídicos. A execução do plano de
ocupação do Iraque contou com um papel fundamental de membros da elite iraquiana da
oposição ao Regime Baath em apoio a agenda das potências anglo-americanas. Entretanto, se
esse inédito processo de statebuilding for analisado deixando de lado essas premissas
humanitárias, ao contrário do que fazem as análises mainstream de política externa dos EUA,
pode-se identificar possíveis benefícios político-econômicos consequentes a esse projeto de
reconstrução do Iraque. A partir da análise dos documentos oficiais da Coalizão de Autoridade
Provisória (CAP) e o questionamento às premissas liberais internacionalistas que pautaram a
justificativa e posteriormente as críticas aos resultados da administração da CAP, pudemos
identificar possíveis benefícios político-econômicos aos EUA e suas corporações durante os
14 meses de ocupação. Sobretudo nos setores de energia, agricultura, serviços de segurança e
infraestrutura, e ainda outros benefícios financeiros a setores não-estatais (como das
Organizações não Governamentais e as economias informais). Em termos de poder, a
ocupação resultou na aproximação entre EUA e Iraque de domínio norte-americano, e em
termos de mercado a CAP liberalizou a economia iraquiana permitindo acesso de
multinacionais a diversos setores do mercado iraquiano. Assim, evidencia-se a consolidação
de uma agenda político-econômica iraquiana submissa aos interesses norte-americanos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19951
Date30 March 2017
CreatorsAmaral, Rodrigo Augusto Duarte
ContributorsPereira, Paulo José dos Reis
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Relações Internacionais/ "Programa San Tiago Dantas", PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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