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Artistas e empreendedores: um estudo sobre o trabalho criativo na economia do imaterial

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Previous issue date: 2015-11-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this thesis is to draw a genealogy of the events which led creation to be considered as an integrated activity of capitalism. The creative act, which had the fine Arts as its leading exponent, had been regarded as a natural or divine gift , an exception to the economic regime based on scarce resources and on the value extracted from physical strength. However, in the last years, utterances of creative economy or cultural economy have been focusing on creation to generate social and economic wealth. This tendency is visible when contemporary capitalism is studied in the context of immaterial labour, which has a tangible dimension (the materiality of art works or the bodies which produced them), but it is centred essentially on cooperation, signs and affects, extending itself throughout the capture of subjectivity and of the power of life itself. The hypothesis is that the artists are to be seen as entrepreneurs: those who invest their own lives in search of wealth. Mainly, two theoretical trends were used: researches on biopolitic, governmentality and neoliberalism, which had been initiated by Foucault and expanded by Rose, Negri, Lazzarato, Hardt, among others; and researches about creative economy and cultural industries, exposed by British researchers, such as Bennett, Oakley and Hesmondhalgh, who were partly influenced by Cultural Studies. In order to specify Latin American issues, Canclini s work was also used. There are references about Art History, these include: Gombrich, Shiner and Danto; Spinoza s philosophy and Peirce s semiotics have also been utilized as groundwork for the discussion. Aesthetic was specially studied from Kant s, Schiller s, Osborne s and Deleuze s works. Finally, quantitative and qualitative researches were done to investigate the daily practise of the artists. In conclusion, there are opportunities for the arts, but it is necessary to prevent the artistic movements to enclose themselves in their own production chain or to invest only on funding, disputing for public attention. There are new ways of labour exploitation, but artistic power resists or adapts itself to political and economic affairs / O objetivo desta tese é traçar uma genealogia dos acontecimentos que levaram a criação a ser vista como uma atividade integrada ao capitalismo. Se o ato de criar, tendo as Belas Artes como expoente, já foi considerado um dom divino ou natural , uma exceção ao regime baseado na escassez de recursos e na extração de valor da força física, atualmente, enunciados sobre a economia criativa ou a economia da cultura incidem sobre ele e buscam gerar ganhos sociais e econômicos. Essa tendência se apresenta na leitura do capitalismo contemporâneo pelo viés do trabalho imaterial , que tem uma dimensão tangível (a materialidade das obras ou os corpos que os produziram), mas é centrado essencialmente na cooperação, nos signos e nos afetos, estendendo-se à captura das subjetividades e da potência da vida. A hipótese é que os artistas passam a ser vistos como empreendedores: aqueles que investem a própria vida em busca de riquezas. Foram usadas principalmente duas correntes teóricas: pesquisas sobre biopolítica, governamentalidade e neoliberalismo, iniciadas por Foucault e expandidas por Rose, Negri, Lazzarato, Hardt, entre outros; e pesquisas sobre economia criativa e indústrias culturais, representadas por Bennett, Oakley e Hesmondhalgh, e em parte influenciadas pelos Estudos Culturais. Para marcar as especificidades da América Latina, foi usada principalmente a obra de Canclini. Também há referências da História da Arte, como Gombrich, Shiner e Danto; além da filosofia de Spinoza e da Semiótica de Peirce, como base para as discussões. A Estética foi estudada a partir de textos de Kant, Schiller, Osborne e Deleuze. Por fim, foram realizadas pesquisas quantitativas e qualitativas, com o propósito de investigar o dia a dia do fazer artístico. Conclui-se que há oportunidades para as artes, mas é necessário cuidado para que as diversas correntes não se fechem em seus próprios circuitos de produção ou, na disputa por atenção, invistam somente nos ciclos de financiamento. Há novas formas de exploração do trabalho, mas a potência artística resiste ou, por vezes, adapta-se às questões da política e da economia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/4736
Date27 November 2015
CreatorsMelo, Sharine Machado Cabral
ContributorsCosta, Rogério da
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, PUC-SP, BR, Comunicação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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