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Associação entre dores musculoesqueléticas, estado nutricional e trabalho em turnos em profissionais de enfermagem / Association between musculoskeletal pain, nutritional status and shift work in nursing staff

Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2017-03-29T17:47:28Z
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Previous issue date: 2013-07-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A dor musculoesquelética afeta de forma significativa a qualidade de vida e trabalho dos profissionais de enfermagem, podendo levar ao desenvolvimento de doenças físicas, psicológicas e problemas no ambiente de trabalho. É considerada um problema de saúde pública mundial em função da sua alta prevalência, alto custo e impacto negativo na qualidade de vida do trabalhador. Pessoas com excesso de peso podem ser mais sensíveis à dor do que as eutróficas. Além disso, o trabalho em turnos, principalmente o noturno, pode contribuir para aumentar as dores musculoesqueléticas em função da má adaptação do trabalhador a esse sistema de trabalho. Queixas de dores musculoesqueléticas pelos profissionais de enfermagem de um hospital do sudeste do Brasil mostrou a necessidade de se realizar um estudo sobre avaliação do estado nutricional e identificação dos sítios de dor corporal. Assim, o presente estudo teve por objetivo investigar a existência de associação entre as dores musculoesqueléticas, o estado nutricional e os turnos de trabalho em profissionais de enfermagem do hospital em questão. A metodologia inclui o delineamento do perfil da população por meio de um questionário sociodemográfico; avaliação da dor corporal utilizando o questionário Cultural and Psychosocial Influences on Disability; avaliação do estado nutricional por meio do índice de massa corporal, perímetro de cintura e percentual de gordura corporal; avaliação do consumo alimentar habitual pelo questionário de frequência alimentar semi-quantitativo; avaliação das condições de saúde pela aferição da pressão arterial e a realização de exames bioquímicos, contemplando glicose de jejum, triglicerídeos, colesterol total e frações. A análise estatística dos dados foi conduzida utilizando-se os testes Kolmogorov-Smirnov, T de Student, qui-quadrado de Pearson e a regressão logística binária com auxílio do software SPSS 17.0. Verificou-se que a prevalência de DME foi de 91%. As regiões corporais mais afetadas em ordem decrescente foram a lombar, pescoço, ombros, joelhos, punhos/mãos e cotovelos. Não houve associação entre as DME e as variáveis explicativas avaliadas, independente da região corporal. Entretanto, ao considerar as DME em regiões corporais específicas, identificou-se como fatores de riscos para o surgimento das DME: gênero feminino, idade superior a 50 anos, nível de escolaridade elevado, horas de sono insuficientes, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, consumo inadequado de energia, carboidratos e potássio, trabalho noturno, subir e descer muitas escadas durante a jornada de trabalho, erguer cargas físicas pesadas, pressão psicológica, insatisfação e falta de apoio psicossocial no trabalho. Entretanto, consistiram em fatores de proteção para DME ser do gênero masculino (OR=0,07), não ser tabagista (OR=0,06), apresentar sono suficiente (OR=0,18), trabalhar no turno diurno (OR=0,17) e estar satisfeito com o trabalho (OR=0,05). O estado nutricional não esteve associado às DME. O trabalho em turnos também não esteve associado ao estado nutricional, ao consumo alimentar e às condições de saúde da equipe de enfermagem. Porém, ao considerar o gênero dos participantes nos diferentes turnos de trabalho, observou-se que no turno noturno os homens apresentaram maior média de ingestão de fibras (p=0,007) e ferro (p=0,022) e as mulheres maior média de pressão arterial sistólica (p=0,040) e diastólica (p=0,042). Assim, sugere-se que o trabalho noturno pode ser um fator de risco para o surgimento das DME, aumento da ingestão de nutrientes e da pressão arterial, sendo necessário desenvolver estratégias de prevenção para reduzir as queixas de dor e outros problemas de saúde que o trabalho noturno pode acarretar. / Musculoskeletal pain significantly affects the quality of life and work of nursing, which can lead to development of physical illness and psychological problems at workplace. It is considered a public health problem due to its high prevalence, high cost and negative impact on worker’s quality of life. People who are overweight may be more sensitive to pain than eutrophic. Furthermore, shift work, especially night shift, can help to increase musculoskeletal pain due to poor worker's adaptation to this work system. Complaints of musculoskeletal pain by nurses in a hospital in southeastern Brazil showed the need to conduct a study about nutritional status and identification of bodily pain sites. Thus, the present study aimed to investigate the possible association between musculoskeletal pain, overweight and shift work at nursing staff of the hospital in question. The methodology includes design of population’s profile through a sociodemographic questionnaire; assessment of body pain using the Cultural and Psychosocial Influences on Disability Questionnaire; assessment of nutritional status through body mass index, waist circumference and body fat percentage; assessment of food consumption by semiquantitative food frequency questionnaire; assessment of health status by measuring blood pressure and biochemical exams, contemplating fasting glucose, triglycerides, total cholesterol and fractions. Statistical analysis was conducted using the Kolmogorov- Smirnov test, Student's T test, Chi-square test and binary logistic regression using the SPSS 17.0 software. It was found that prevalence of musculoskeletal pain was 91%. Body regions most affected in descending order were the lower back, neck, shoulders, knees, wrists/hands and elbows. There was no association between DME, regardless of body region, and the explanatory variables evaluated. However, when considering DME in specific body regions, risk factors identified for DME were: female gender, age over 50 years, high education level, insufficient hours of sleep, physical inactivity, alcohol consumption, smoking, inadequate intake of energy, carbohydrates and potassium, night shift, up and down many stairs during the workday, handling heavy loads, psychological pressure, dissatisfaction and low support at work. However, consisted in protective factors being male gender (OR=0.07), nonsmoker (OR=0.06), having sufficient sleep (OR=0.18), working in day shift (OR=0.17) and be satisfied with the work (OR=0.05). There was no association between nutritional status and musculoskeletal pain. Shift work is also not associated with nutritional status, food consumption and health conditions of the nursing staff. However, considering the participant’s gender in different shift work, was observed that, only in the night shift, men had higher average fiber (p=0.007) and iron (p=0.022) intakes and women higher mean of systolic (p=0.040) and diastolic (p=0.042) blood pressure. Thus, it is suggested that night shift may be a risk factor to develop musculoskeletal pain, increase nutrient intake and blood pressure, being necessary to develop prevention strategies to reduce complaints of pain and other health problems that night shift can lead.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/9938
Date29 July 2013
CreatorsGirondoli, Yassana Marvila
ContributorsBressan, Josefina, Hermsdorff, Helen Hermana Miranda, Ribeiro, Andréia Queiroz, Santana, Ângela Maria Campos
PublisherUniversidade Federal de Viçosa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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