Cidadania obstruída: jornais cariocas e a construção discursiva da violência no Rio

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Previous issue date: 2003-02 / Os meios de comunicação não são simples transmissores de informação nem atuam como mediadores neutros no debate publico. Os media (em especial o discurso jornalistico) participam ativamente da estruturação da esfera pública e possuem um grande poder de instituir a agenda pública. Este trabalho procura mostrar as estratégias dos jornais impressos cariocas na construção do referente "violência urbana". A partir do conjunto de recursos metodológicos da Semiologia dos Discursos Sociais, da Teoria Social do Discurso e da obra de Antonio Gramsci, analisamos as disputas de sentido sobre a violência no Rio nas notícias policiais, publicadas entre 2000 e 2002. Procuramos revelar as hegemonias presentes na forma como os jornais cariocas recortam, classificam e hierarquizam a realidade. Em relação aos aspectos ideológicos, buscamos explicitar os pressupostos e implícitos que revelam paradigmas e modelos explicativos da violência, que moldam ordens de discursos presentes nos jornais. As metáforas e metonímias que constituem esses elementos ideológicos e estrutura o modelo interpretativo presente nos jornais apontam para o que entendemos ser a produção de uma cultura da guerra. Em relação aos aspectos persuasivos, procuramos identificar as consequências ideológicas do crescente uso do entretenimento e da linguagem publicitária na forma do texto informativo. O jornalismo possui um papel formativo fundamental na nossa época, na medida em que oferta recursos e assuntos para outros discursos que constituem o social. Ao problematizar elementos ideológicos naturalizados nos jornais, procuramos contribuir para que a consciência critica alcance também os "modos de dizes" dos jornalistas sobre a violência na cidade do Rio. / The mass communication media are not simply an apparatus that sends information, also they do not act as if they plays an neutral role in the public debate. The media (in special the joumalistic speech) does deeply play a strategic role in the public stiucture and haue some great power to infer the public agenda. The capacity the journalistic speech has to built the reality is part of its power of misunderstanding the iournalistic speech with the public one. This work intends to show up the strategies of some written newspaper from Rio de Janeiro in the construction of what it is called
“urban violence”. With methodological resources of the Social Theory of Discourse and the Antonio Gramsci work, we analyze the disputes focusing the violence in Rio, in the nem fiom 2000 to 2002. We also show the hegemonic discourses in the way those newspapers cut, classify and build up the reality. In relation to the ideological aspects, we try to show up the hegemonic parãdigms and explained model of violence, that manipulate orders of the present speeches in the newspaper. In relation to persuasive aspects, we try to show up the ideological consequences of the growing of entertainment and marketing language as a tool of seduction the reader of newspapers. The joumalism owns a fundamental formative task in our time. Tryjng to criticize ideological elements that are natural parts of the informative texts, we intend to contribute to critical thinking also reaches the “ways of saying” of the journalists about the violence in the Rio de Janeiro city.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:pantheon.ufrj.br:11422/2363
Date02 1900
CreatorsDuarte, Maurício da Silva
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/8346143179360768, Ribeiro, Ana Paula Goulart, Moraes, Dênis Roberto Villas Boas de, Carvalho, Maria Alice Rezende de, Cabral, Muniz Sodré de Araujo, Pinto, Milton José
PublisherUniversidade Federal do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, UFRJ, Brasil, Escola de Comunicação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFRJ, instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro, instacron:UFRJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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