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Controle, Poder e o Desenvolvimento de Células de Operação em uma Indústria de Bebidas de Pernambuco

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Previous issue date: 2002 / No fim dos anos 70, com a concorrência internacional da Europa e do Japão aos Estados
Unidos, o modelo fordista entrou em declínio tanto por motivos econômicos quanto por
exigência da classe trabalhadora. Esta, submetida a condições degradantes e alienadoras
de trabalho decorrentes do trabalho mecânico e acelerado, se recusava a trabalhar, dando
início a um movimento de evasão das fábricas, que comprometia a produtividade. O
desemprego, oriundo do desenvolvimento tecnológico que buscava diminuir a dependência
da mão-de-obra e a redução de custos , comprometeu o consumo em massa, levando a
produção a se direcionar para um mercado mais elitizado que demandava produtos
diferenciados. Estavam criadas as condições para o surgimento de novas formas
organizacionais de trabalho que propiciassem maior flexibilidade e inovação na produção e
um ambiente mais atrativo para os trabalhadores.
Em resposta ao modelo mecanicista tradicional, surgiram modelos mais dinâmicos e
participativos, adequados às exigências contextuais, denominados orgânicos . O modelo
orgânico está associado a ambientes de mudanças rápidas. São assim chamados porque sua
resposta a condições de alta complexidade e incerteza apresenta instâncias na qual a
organização se torna um invertebrado, no lugar da estrutura rígida dos modelos
mecanicistas (SCOTT, 1992). O seu funcionamento interno é baseado principalmente em
trabalho em equipe e numa ligação de engajamento profundo com a sobrevivência e
crescimento da organização. Apesar de esse novo modelo não estar ainda totalmente definido, um dos pontos que existem em comum entre todos que o aplicam é o uso do
trabalho de equipes.
Este trabalho trata de um estudo de caso sobre a variação da estrutura de poder e controle
organizacional relacionada ao nível de maturidade de equipes semi-autônomas de produção
em uma indústria de bebidas em Pernambuco.
A coleta de dados se deu por meio de questionário estruturado aplicado a 100% das células
de operação da indústria. A pesquisa caracteriza-se como seccional, sendo a análise de
dados qualitativa, utilizando-se de análises univariadas, bivariadas e multivariadas,
principalmente o modelo de correlação de Spearman.
Os resultados encontrados suportaram as teorias pós-fordistas de produção de que o
trabalho em equipe está relacionado ao desenvolvimento de um novo tipo de controle
conhecido como cognitivo, ao mesmo tempo em que corroboram a visão de Burris (1989)
de que todas os diferentes tipos de controle estão interligados e coexistem dentro de uma
mesma organização.
Finalmente, elaboraram-se, com base nos resultados finais, algumas recomendações
gerenciais e acadêmicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1178
Date January 2002
CreatorsSTAMFORD, Paula Pester
ContributorsNEVES, Jorge Alexandre Barbosa
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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