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Purificação e caracterização de uma tripsina do peixe amazônico tambaqui (Colossoma macropomum)

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Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O tambaqui (Colossoma macropomum) é um peixe de importância comercial no Brasil e
por isso, o estudo das biomoléculas obtidas a partir do processamento dos seus resíduos
pode agregar valor à produção deste animal nativo dos rios e lagos amazônico. Dentre as
biomoléculas de maior interesse comercial estão as peptidases alcalinas, como a tripsina,
sendo elas aplicáveis em processos industriais e de biorremediação. Visando um
aprofundamento do estudo das enzimas de peixes para aplicação comercial, o presente
trabalho teve como objetivo purificar uma peptidase dos cecos pilóricos do tambaqui,
através de um processo desenvolvido em quatro etapas (aquecimento, fracionamento salino,
gel filtração e afinidade). A enzima purificada apresentou massa molecular de 23,9 kDa e
sequência NH2-terminal IVGGYECKAHSQPHVSLNI. Na caracterização físico-química
desta enzima com z-FR-MCA (substrato fluorogênico), a atividade mais alta foi observada
no pH e temperatura de 9,0 e 50°C, respectivamente. Já nos experimentos com o substrato
cromogênico BAPNA, a atividade máxima da enzima foi encontrada na faixa de pH entre
7,5 to 11,5 e na temperatura de 70°C. Quanto à sua estabilidade térmica, a enzima manteve
mais de 60% da sua atividade inicial após 3h a 60°C, mas foi completamente desnaturada
após passar o mesmo tempo a 70°C. A enzima foi significativamente inibida por TLCK e
benzamidina (inibidores específicos de tripsina), bem como por PMSF (inibidor de serino
peptidases) e pelos íons Al+3, Cu+2, Hg+2, Pb+2 Zn+2 e Ni+2. A especificidade de hidrólise
desta enzima foi avaliada com duas séries de substratos fluorogênicos sintéticos (Abz-
XRFK-Dnp-OH and Abz-RXFK-Dnp-OH), apresentando especificidade pelo aminoácido
arginina na posição P1 e alta eficiência para a hidrólise de substratos com leucina (L) e
lisina (K) na posição P2 e serina (S) e arginina (K) na posição P1 , sendo também capaz de
hidrolisar substratos com prolina (P) na posição P1 . Na presença dos sabões em pó Omo
multi ação®, Bem-te-vi®, Minerva® e Ala®, a enzima purificada do tambaqui manteve mais
de 70% da sua atividade proteolítica, apresentando estabilidade semelhante à Alcalase® e
sendo mais estável que a tripsina comercial de porco Sigma®. A enzima do tambaqui
também se manteve estável na presença de tenso-ativos, como Triton X-100, SDS, Tween
20, Tween 80 e Chaps, bem como o agente oxidante, H2O2, em várias concentrações. Esses
resultados indicam a versatilidade e estabilidade da tripsina-símile purificada

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1684
Date31 January 2010
CreatorsMarcuschi, Marina
Contributorsde Souza Bezerra, Ranilson
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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