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Bandidos e mocinhos

Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-25T17:05:12Z
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Previous issue date: 1991 / Objetivamos no nosso estudo de caso a compreensão de violência instituída e legitimada na Instituição prisional Presídio Professor Aníbal Bruno.
Analisamos a organização social e constatamos que a instituição está estruturada para aniquilar o preso e não para reeduca-lo e reintregá-lo ao convívio social. Através do método da observação participante e entrevistas semi-estruturadas, envolvendo o preso e todos os outros segmentos hierárquicos, comprovamos que o sistema está montado de forma para contribuir cada vez mais com a violência.
A instituição esta inserida nos pressupostos da relação da violência, utilizando os mesmos mecanismos que são responsáveis pela vinda dos desviantes. A violência dos presos versus violência institucional é autorizada e legitimada pelo sistema de poder, sendo que os desviantes são punidos,espancados, torturados e até legitimados a morrerem, ao passo que a Instituição é aplaudida, por falar em nome da ordem, disciplina e segurança social. No entanto, os presos utilizam a mesma linguagem instituída pelo sistema.
A violência da prisão é reforçada pelo sistema de controle totalizador, que,em decorrência desse controle, aumenta o comportamento desviante, fortalecendo a deteriorização da identidade social.
A Instituição prisional também é considerada desviante. Preso e Instituição, ambos desviantes, sendo que o sistema legitima a violência, movimentos instituídos por grupos de dominação.
Constatamos que o P.P.A.B reforça o estigma do "nocivo" e "irrecuperável" e abre espaço para a violência, como estratégia de sobrevivência dentro da Instituição,matar para não morrer, ou a própria morte simbolizada como categoria individual e coletiva. A organização social do P.P.A.B utiliza a representação simbólica da tortura, terror e morte em nome da ordem e segurança social.
A partir dessas construções buscamos uma compreensão mais abrangente para a questão da violência na prisão, muito embora o P.P.A.B sendo uma unidade prisional única é ao mesmo tempo universal, tendo em vista os duplos movimentos: ser única, por ser nomeada P.P.A.B; universal, por conviver com as contradições, linguagem reveladora do aniquilamento e postulado formal da reeducação e retorno do indivíduo ao coletivo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/16995
Date January 1991
CreatorsMELO, Zélia Maria de
ContributorsPOTENGY, Gisélia
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Antropologia, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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