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Análise da diversidade genética e patogênica de Mycosphaerella fijiensis e Mycosphaerelle musicola no Brasil

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Previous issue date: 2005 / As Sigatokas negra e amarela, causadas pelos fungos Mycosphaerella fijiensis e M.
musicola, respectivamente, provocam graves prejuízos à bananicultura em todo o Mundo.
A Sigatoka negra encontra-se distribuída no Brasil, exceto na Região Nordeste, e nos
Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e Tocantins, enquanto a Sigatoka amarela
é encontrada em todo o território nacional. O conhecimento da diversidade genética destes
fungos é fundamental para o delineamento de estratégias de controle e tem sido estudada
nos níveis local, regional, continental e global pelo uso de marcadores moleculares. A
detecção da diversidade patogênica dos isolados também contribui para a compreensão da
dinâmica das populações dos fungos e suas estratégias de estabelecimento em novas
regiões. No Brasil essas informações ainda são escassas. Neste estudo objetivamos avaliar
as diversidade genética e patogênica de M. fijiensis na Região Norte e Mato Grosso e
analisar a variabilidade genética de isolados de M. musicola em Pernambuco, segundo
maior produtor de banana da Região Nordeste e onde o fungo está estabelecido há muitos
anos. Para tanto, foi necessário estabelecer previamente um novo sistema de cultivo que
promovesse condições favoráveis ao crescimento micelial de M. musicola in vitro, baseado
na avaliação da influência de diferentes meios de cultura, combinações de fontes de
carbono e nitrogênio, valores de pH e regimes luminosos. O meio de cultura BDA/IFB,
com o valor final de pH ajustado para 5,7, em regime de escuro contínuo, foi estabelecido
como o melhor para o crescimento do fungo. A diversidade genética de 28 isolados de M.
musicola foi então avaliada mediante a análise por RAPD, tendo sido obtidas 78 bandas,
das quais 24 polimórficas, detectando-se elevada variabilidade genética entre os isolados
coletados em nove municípios do Estado de Pernambuco, sem correlação clara entre a
diversidade flagrada e as origens geográficas dos isolados. Quando a diversidade genética
de M. fijiensis foi avaliada pela mesma técnica, foram obtidas 184 bandas distintas, sendo
158 polimórficas. A análise de clusters sugere a existência de uma elevada variabilidade
genética do fungo entre os grupos formados e baixa dentro dos grupos. Estas conclusões
foram confirmadas pelo estudo dos haplótipos gerados por AFLP, após análise de 298
bandas, sendo 264 polimórficas, para 42 isolados. A diversidade genética de M. fijiensis
também foi avaliada pela análise das seqüências de ITS do DNA ribossomal e confirmam,
na maior parte, as conclusões obtidas com as demais técnicas, ainda que gerando menor
polimorfismo (apenas 4 posições polimórficas nas duas seqüências ITS). Nenhuma das
duas análises permitiu identificar uma correlação clara entre padrão genético e origem
geográfica, mas os marcadores AFLP e, em menor escala, o RAPD, mostraram-se muito
mais poderosos como ferramentas para o estudo da diversidade intra-específica de M.
fijiensis do que a análise de ITS. A demonstração da existência de diversidade patogênica
entre os isolados deste fungo foi obtida a partir da inoculação em genótipos usados como
diferenciadores. As reações individuais dos isolados-genótipos hospedeiros observadas
revelaram a existência de variabilidade patogênica entre as populações brasileiras de M.
fijiensis. A rápida disseminação do M. fijiensis no país, aliada a sua grande capacidade de
recombinação gênica, e o elevado nível de variabilidade genética detectado entre os
isolados de M. musicola no Estado de Pernambuco, são fatores preocupantes para a
bananicultura local por ser o cultivo realizado basicamente por pequenos agricultores que
utilizam cultivares suscetíveis às duas Sigatokas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/2025
Date January 2005
CreatorsVirginia Valois Montarroyos, Angelica
ContributorsPaes de Andrade, Paulo
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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