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A autonomia da vontade nos contratos eletrônicos internacionais de consumo

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Previous issue date: 2006 / A regulação das relações jurídicas no ciberespaço deve desvincular-se dos
conceitos tradicionais de territorialidade e de fronteiras, aplicáveis ao mundo físico, e
buscar uma regulamentação efetivamente transnacional. As novas tecnologias de
transmissão e difusão de dados e, em especial, a contratação eletrônica, exigem uma
redefinição dos critérios de determinação da lei aplicável aos contratos internacionais. Os
contratos efetuados na rede são contratos de massa, uma vez que as ofertas destinam-se
ao grande público consumidor que tem acesso à Internet. Como a maior parte de tais
relações contratuais caracteriza relações de consumo, a autonomia da vontade encontra a
sua limitação no princípio da ordem pública, interna e internacional, e na existência de
normas imperativas do direito interno. Nos contratos internacionais de consumo, a
impossibilidade de escolha da lei aplicável atende aos critérios de ordem pública de cada
ordem jurídica em particular, em razão da necessidade de se proteger o consumidor,
vulnerável. O princípio da proteção do consumidor deve ser considerado um vetor, um
objeto , que tem o seu conteúdo preenchido em cada ordenamento jurídico nacional,
permitindo que as relações de consumo firmadas na rede sejam atraídas para esse centro
de gravidade normativo. A atração da lei aplicável aos contratos de consumo, firmados na
rede digital, para a ordem jurídica mais favorável ao consumidor, enseja uma reanálise do
papel que o princípio da autonomia da vontade, cada vez mais mitigado, desempenha no
direito interno e internacional. Inexiste uma diferença ontológica entre a vontade que
conforma os negócios jurídicos virtuais e a vontade que se manifesta no mundo físico. As
especificidades da contratação eletrônica pressupõem a adoção de regras específicas
para a constituição do vínculo contratual, principalmente nas relações de consumo. A
escolha da lei aplicável está cingida àquela mais favorável ao consumidor, restringindo o
espectro de atuação da autonomia da vontade como elemento de conexão da lei que
regulará os contratos eletrônicos de consumo

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4616
Date January 2006
CreatorsSérgio Tenório de Amorim, Fernando
ContributorsLuiz Netto Lôbo, Paulo
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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