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Velhices imaginadas: memória e envelhecimento no nordeste do Brasil (1935, 1937, 1945)

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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A série de movimentos históricos que, a partir das décadas finais do século XIX e,
principalmente, no início do século XX, permitiu a invenção do Nordeste do Brasil, teve
como uma de suas dimensões a produção de certos discursos. Ali proliferaram, entre outras,
narrativas memorialísticas, compostas em sua grande maioria por homens que se descreviam
como ligados a camadas sociais e a uma experiência histórica então em crise ou mesmo em
decadência. Aquele conjunto textual é explorado aqui no sentido de se pensar o seu
compromisso para com um debate que se dava no Brasil na época mesma de sua emergência.
Trata-se da problematização da experiência da velhice, algo tematizado então por uma série
heterogênea de práticas culturais, fossem elas discursivas ou não-discursivas o que foi
incorporado àquela literatura de forma singular. Os autores da memorialística nordestina
dialogaram com alguns dos vários pontos do debate que então se travava em torno da velhice,
especialmente problematizando as relações entre as experiências do envelhecimento e as
práticas do lembrar e do esquecer, bem como as mudanças implicadas nos modos pelos quais
se experimentava o jogo etário em meio a experimentações da modernização capitalista no
país. As suas obras, assim, cumpriram um duplo papel, que cabe ressaltar. Em primeiro lugar,
elas foram o espaço de apropriação, por certo conjunto de letrados, de um debate que partia de
lugares naquele momento ainda em definição. Em segundo lugar, elas serviram como
apresentação, para um público ampliado, de uma série de discussões quanto à velhice,
travadas ali sob a forma de uma série de reminiscências. Algumas daquelas obras são aqui
exploradas, em busca de sua contribuição àquela nova forma de se narrar a vida, as idades e a
sua história no Brasil. Elas são lidas em duas direções, complementares: num movimento,
discuto a construção, nelas, da figura do velho memorialista; noutro, mapeio e discuto as
diversas formas de se envelhecer das quais aquelas memórias buscam dar conta, no seu relato
do passado vivido e lembrado

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7216
Date31 January 2008
CreatorsAGRA DO Ó, Alarcon
ContributorsALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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