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Barbarismos do coração enfermo: nacionalismo e simbolismo literário em fins do século XIX

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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As três últimas décadas do século XIX constituíram-se como um momento
decisivo para o desenvolvimento da tradição literária no Brasil. Marcado por um
entrecruzamento de correntes estéticas e filosóficas que muitas vezes se resolvia
num confuso ecletismo, o período será responsável pela constituição do terreno
sobre o qual posteriormente surgirão os modernistas do início do século XX e o
começo da consolidação dos estudos literários. Tal confusão pode ser enxergada
por dois lados: por um ela se desenvolvia dentro de um projeto que pretendia
fornecer uma base teórica que superasse o impressionismo dos estudiosos
românticos e que também servisse à compreensão tanto da sociedade brasileira
como do objeto estético, entendido então enquanto expressão natural e direta do
espírito nacional . É o caso da chamada geração de 1870 , que, a partir de uma
conjunção das doutrinas positiva e evolucionista, procurou, pela primeira vez,
sistematizar os estudos literários. Mas ao manterem uma concepção
substancialista do espírito nacional, tal geração muitas vezes continuava o projeto
daqueles que pretendiam superar. A confusão do período se agrava quando no
cenário surgem aqueles que ficaram conhecidos como Os Novos , i.e., a geração
de poetas influenciados pela nova literatura que aparecia na França: o
decadentismo e o simbolismo. De orientação idealista e mística, os jovens poetas
travaram uma guerra que objetivava superar as limitações estéticas que o modelo
do nacionalismo biológico da geração de 1870 implicava. Nessa luta, contudo, os
Novos também não deixaram de reproduzir alguns pressupostos do modelo que
conscientemente pretendiam rejeitar completamente. Procurando entender como
um sistema de representações lingüísticas articula a heterogeneidade do real em
significações cognoscíveis, este trabalho estuda como dois sistemas que ora se
aproximavam e ora se afastavam (o do cientificismo materialista e o do simbolismo
idealista) travaram entre si um combate aberto pela disputa do poder sobre a
linguagem

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7330
Date31 January 2008
CreatorsFERREIRA, Raul Azevedo De Andrade
ContributorsVIEIRA, Anco Márcio Tenório
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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