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Diversidade de Agarycomycetes lignolíticos no Semi-árido brasileiro

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Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A região semi-árida do Brasil, que compreende parte de nove Estados do nordeste, é caracterizada
pelo clima quente e seco e um curto período de chuvas (até 1000 mm/ano). A área é dominada por
um complexo vegetacional, a Caatinga (floresta tropical sazonalmente seca), que revela várias
paisagens compondo o bioma. De modo geral, é caracterizada pela vegetação xerófila de médio a
baixo porte, tropófila, semi a caducifólia e espinhosa ou não, onde predominam leguminosas e
cactáceas, com bromeliáceas que se destacam na paisagem. Incluindo o trabalho de Pe. Camille
Torrend, que foi o primeiro a coletar e estudar os Agaricomycetes lignolíticos, na década de 30,
apenas 37 espécies foram referidas para o semi-árido. Com o intuito de contribuir para o
conhecimento da diversidade taxonômica e ecologia dos Aphyllophorales no semi-árido brasileiro, a
partir de 2006 foram realizadas mais de 20 expedições de campo bem como a revisão taxonômica
de materiais de Herbários (ALCB, CEPEC, HUEFS, HUVA, IPA, O e URM) provenientes dos
estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. As
coletas foram mais intensas e realizadas de forma estratégica no estado de Pernambuco, mais
especificamente no Parque Nacional do Catimbau e em Estações Experimentais do IPA (Araripina,
Serra Talhada e Caruaru), com o objetivo de coletar não apenas material, mas também informações
ecológicas a respeito dos táxons encontrados. Entre coletas e revisões de herbários foram analisados
mais de 1000 espécimes, correspondentes a 130 espécies de 14 famílias, distribuídas em sete ordens
(Agaricales, Auriculariales, Gloeophyllales, Hymenochaetales, Polyporales, Russulales e
Trechisporales). Dichomitus brunneus, D. ochraceus, Lentinus amburanus, Phellinus caatinguensis
e Wrightoporia stipitata são descritas como espécies novas. Gloeophyllum carbonarium e Lentinus
fasciatus são novos registros para os Neotrópicos. Oito espécies são novos registros para o Brasil e
outras 14 para o Nordeste. Das 130 espécies, sete (5.4%) são consideradas causadoras de podridão
castanha. As Hymenochaetaceae, de modo geral, apresentaram altos níveis de especialização em
plantas nativas da Caatinga no Parque Nacional do Catimbau, das quais Phellinus piptadeniae é
considerada um parasita-facultativo frequente ou predominante em Piptadeniae sp. (hostrecurrence)
e P. rimosus é um parasita-facultativo restrito a Caesalpinia sp. (host-specificity).
Phellinus piptadeniae é uma espécie bem delimitada pela morfologia, ecologia e molecularmente,
enquanto P. rimosus representa um complexo taxonômico com mais de uma espécie. Os resultados
demonstraram que a Caatinga apresenta uma diversidade que pode ainda revelar outras novidades
científicas e estes resultados podem ser utilizados em planos para conservação do bioma

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/735
Date31 January 2010
CreatorsSANTOS, Elisandro Ricardo dos
ContributorsCAVALCANTI, Maria Auxiliadora de Queiroz
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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