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A Escola do Recife e a sociologia no Brasil

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Previous issue date: 2010 / Este estudo foi fruto do exame das condições sociológicas de emergência de
uma linhagem do pensamento sociológico no Brasil, a partir da investigação
acerca das interações, mediadas por rituais entre os protagonistas de uma
pequena parcela da vida intelectual brasileira do século XIX, intitulada de Escola
do Recife. Buscamos compreender a sua construção e os usos de determinadas
sociologias, tendo como referência as bases concretas sobre as quais assentavam
à criatividade e a produção intelectual naquele momento. As coordenadas foram
oferecidas por Randall Collins e Karl Mannheim. O primeiro, fornecendo um
aporte que preconiza a pesquisa das relações informais e não teóricas que
vinculavam estes pensadores, possibilitou a circunscrição desta escola e dos
limites institucionais ao labor intelectual no Brasil. No que concerne a Karl
Mannheim, a retomada de sua sociologia do conhecimento permitiu que
compreendêssemos o sentido sociológico da incorporação dessas idéias
evolucionistas a partir da Faculdade de Direito do Recife no último quartel
daquele século. A partir de um levantamento bibliográfico e documental, nossa
abordagem enveredou pela busca de informações que elucidassem aspectos da
dinâmica estrutural da sociedade brasileira àquele momento, assim como a
identificação dos vínculos amicais, profissionais, e não teóricos, com intuito de
percebermos como se dava a constituição de uma tradição de pensamento. Os
resultados que alcançamos é o de que a Escola do Recife, devido as singulares
circunstâncias do campo intelectual brasileiro, foi estruturada por intermédio de
redes horizontais de amizades, de indicações, de proteções e elogios mútuos. O
epicentro foi à atuação sistemática e pontual do capitalizado Silvio Romero ao
construir na história da literatura e da filosofia brasileiras no século XIX, o
emblema Tobias Barreto e o lugar de sua Escola. A significação deste
movimento foi a de ser o cordial oponente da obsoleta estrutura estamental e
escolástica do império. Essa oposição, traduzida de forma intelectual,
singularizava-se por ser uma forma diferente de empregar classes de
pensamentos provenientes da sociologia evolucionista, para explicar e legitimar
a erosão acomodada do regime monárquico assentado na escravidão. No que
tange as conseqüências para a história da sociologia brasileira, temos o
desenvolvimento de uma linhagem de pensamento que a parte do debate sobre o
papel e a importância da miscigenação na construção e interpretação da
sociedade brasileira

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9300
Date31 January 2010
CreatorsFontes Barbosa, Ivan
ContributorsJorge Ventura de Morais, Josimar
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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