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Fenologia, biologia reprodutiva e eficiência dos visitantes florais de espécies simpátricas de Inga (Leguminosae-Mimosoideae) em remanescente de floresta atlântica no Nordeste do Brasil

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Previous issue date: 2007 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O gênero Inga Miller (Leguminosae-Mimosoideae) possui cerca de 300 espécies com
distribuição neotropical e a maioria das espécies parece ter antese floral noturna e ser polinizada
por morcegos (quiropterófilas) ou por esfingídeos (esfingófilas), sendo registradas também visitas
por animais diurnos. Entretanto, pouco se sabe a respeito da contribuição destas duas guildas de
visitantes florais para o sucesso reprodutivo de espécies de Inga. Com objetivo de investigar
questões como esta, o presente trabalho investigou a fenologia e a biologia reprodutiva de
espécies de Inga ocorrentes em remanescente da floresta Atlântica nordestina e consiste de dois
capítulos. No primeiro foram realizadas observações fenológicas mensais entre outubro 2005 e
abril 2007 em cinco espécies de Inga (I. vera, I. striata, I. ingoides, I. edulis e I. thibaudiana; N =
75 indivíduos, ca. 15 por espécie). A maior representatividade na emissão de folhas para a
maioria das espécies foi na estação seca, com exceção de I. ingoides, a qual teve grande
intensidade desta fenofase no final da estação chuvosa. As florações de I. vera, I. striata e I.
ingoides são do tipo sub-anual, a de I. edulis do tipo anual, enquanto que I. thibaudiana
apresentou padrão de floração do tipo anual com pausas encravadas. A maior intensidade de
floração para as cinco espécies foi no período com menor pluviosidade na região. O padrão de
frutificação foi sazonal, com picos antecedentes aos meses mais chuvosos para I. vera, I. striata,
I. ingoides e I. edulis, ou no final da estação seca para I. thibaudiana. De um modo geral, as
espécies de Inga mostraram um padrão onde folhas novas eram disponíveis em maior intensidade
após as florações, flores eram disponíveis na estação seca e frutos no início da chuvosa. No
segundo capítulo foi verificado o papel dos visitantes noturnos e diurnos para o sucesso
reprodutivo de três espécies de Inga (I. ingoides, I. striata e I. vera), além de investigações sobre
aspectos da biologia floral, reprodutiva e da dinâmica na produção de néctar. Os principais
resultados obtidos foram que apesar das síndromes de quiropterofilia, esfingídeos foram mais
freqüentes que morcegos na visitas às flores. Além dos visitantes noturnos, animais diurnos como
beija flores, abelhas e vespas foram registrados visitando flores das espécies. Essas visitas foram
muito abundantes no final da tarde, quando as flores disponibilizavam apenas néctar, e no início
da manhã seguinte à antese, onde políades e néctar estavam disponíveis. Das três espécies, apenas
I. vera respondeu negativamente às extrações sucessivas produzindo menos néctar após cada
extração. As três espécies são auto-incompatíveis e apresentam baixa formação de frutos em
condições naturais. Os visitantes noturnos mostraram-se mais eficientes que os diurnos, sendo a formação de frutos decorrentes de suas visitas significativamente maior (da ordem de 4 a 7 vezes)
do que os frutos oriundos de flores expostas apenas a visitantes diurnos. Além disso, foi
observado o dobro do número de sementes em frutos oriundos de flores expostas apenas a
visitantes noturnos em comparação com os frutos decorrentes de flores visitadas por animais
diurnos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/931
Date January 2007
CreatorsCruz Neto, Oswaldo
ContributorsValentina Lopes, Ariadna
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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