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Florestamento com Pinus spp. e pecuária em campo nativo

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2013-07-16T00:18:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
221039.pdf: 1423250 bytes, checksum: 4f61a6f84d7c5d3009b75c4e0691a011 (MD5) / Este trabalho teve como objetivo compreender os motivos sociais, ecológicos e econômicos que levam os produtores rurais a realizarem o florestamento com Pinus, sobre o campo nativo e/ou fazerem o melhoramento do campo nativo no Planalto Catarinense, bem como verificar as possíveis modificações que podem ocorrer neste milenar bioma, tanto no que se refere à flora nativa como aos mananciais. Além disso, realizou-se uma projeção de despesas, receitas e saldos obtidos com a produção de florestamentos de Pinus sobre campo nativo, em um ciclo de vinte anos, bem como com a produção de carne em campo nativo melhorado. Na pesquisa de campo foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas e observação participante, envolvendo trinta e duas pessoas entre produtores, especialistas, instituições públicas e privadas, autoridades municipais e estaduais. Os dados revelaram que tanto florestadores como pecuaristas buscam nessas atividades uma realização econômica. Nesse sentido, constatou-se que o florestamento apresenta um saldo médio anual corrigido de R$ 2.171,89 enquanto a pecuária em campo nativo melhorado apresenta um saldo anual corrigido de R$ 1.130,14, considerando um manejo recomendado e adotado. O florestamento apresenta saldo positivo somente quando ocorre o desbaste raso, enquanto que a pecuária em campo nativo melhorado apresenta saldo positivo já no terceiro ano da sua implantação. A 'comodidade' da atividade de florestamento, comparativamente à pecuária em campo nativo melhorado, é mais um fator determinante para a implantação dos florestamentos. Os incentivos econômicos oferecidos pelos governos federal, estadual, municipais e indústrias madeireiras para florestamentos de Pinus também têm motivado a procura por esta atividade. Em média, os florestamentos cobrem uma área de 43,3% das propriedades. A ligação com a terra parece ser maior entre os pecuaristas, uma vez que 88,8% desses receberam toda ou parte destas terras através de herança, enquanto entre os florestadores esse percentual é de 62,5%. Os resultados do trabalho sugerem que os pecuaristas têm um maior grau de preocupação com a conservação das paisagens e meio ambiente. Quanto à ocupação de mão-de-obra familiar e de empregados, percebeu-se que há semelhança entre as atividades de florestamento e pecuária. Diante dessas informações, sugerimos o sistema silvipastoril como uma alternativa sustentável, que conjuga as duas atividades, aproveitando o melhor de cada uma, tanto do ponto de vista econômico, como social e ecológico. Apesar de não haver entre os pecuaristas da região a tradição de criar animais entre árvores, houve apenas duas manifestações de rejeição aos sistemas silvipastoris entre eles. Os florestadores já praticam sistemas silvipastoris, embora de modo precário; a maioria mantêm o gado nas áreas florestadas, durante três a sete anos após o plantio das árvores, após o que o pasto desaparece sob o dossel das árvores. Propõe-se um sistema silvipastoril que utilize 350 a 400 árvores de Pinus/hectare, considerando que este é o número aproximado de árvores que, normalmente, resulta em ganho econômico positivo e minimiza os impactos ecológicos ao campo nativo. Entretanto, estudos sobre o manejo do sistema ainda são necessários.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/102203
Date January 2005
CreatorsSouto, Luiz Carlos Damian
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Vieira, Ana Rita Rodrigues, Vincenzi, Mario Luiz
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format144 f.| il., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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