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O câncer de boca e de faringe no Brasil

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. / Made available in DSpace on 2013-07-16T01:48:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
213445.pdf: 650897 bytes, checksum: 0cf2815cc216e03dcc12eef9008bb421 (MD5) / Os cânceres de boca e de faringe configuram-se como importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Além de apresentarem significativas taxas de incidência e de mortalidade, os custos de seus tratamentos oneram substancialmente o serviço público de saúde e as conseqüências destes agravos podem ser devastadoras para o paciente. O presente estudo investigou a tendência temporal da mortalidade por câncer de boca e de faringe no Brasil entre 1979 e 2002. Os dados sobre mortalidade foram obtidos junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS) e discriminados por sexo, faixa etária, sítio anatômico e região de residência. Os dados populacionais são oriundos dos censos de 1980, 1991 e 2000, da contagem populacional de 1996 e de estimativas intercensitárias para os demais anos. As taxas de mortalidade foram padronizadas por sexo e faixa etária e as tendências de câncer de boca (CID9, 140.0-145.9; CID10, C00.0-C8.9) e câncer de faringe (CID9, 146.0-149.9; CID10 C09-C14.8) foram analisadas para cada sexo e região do Brasil. Procedeu-se também a análise segundo os sítios anatômicos específicos para o país como um todo. Durante o período analisado os óbitos por câncer de boca e faringe corresponderam, respectivamente, a 1,80% e 1,89% do total de mortes por neoplasias no Brasil. A relação entre as taxas do sexo masculino e feminino foi de 4:1 no câncer de boca e 6:1 no câncer de faringe. Câncer em localizações mal definidas ou não especificadas correspondeu a mais de ¼ do total de óbitos. A mortalidade por câncer de boca manteve-se estável entre 1979 e 2002 para ambos os sexos no Brasil como um todo, sendo ascendente apenas nas regiões sul e nordeste. A tendência do câncer de faringe foi de ascensão em ambos os sexos e em todas as regiões do país. As localizações topográficas lábio, língua, gengiva, assoalho da boca, palato, outras partes da boca e amídalas apresentaram redução estatisticamente significante no período; as taxas de câncer de orofaringe, hipofaringe e localizações mal definidas e não especificadas do lábio, cavidade oral e faringe ascenderam; já de glândulas salivares, nasofaringe e seio piriforme mantiveram-se estáveis. As taxas de mortalidade, tanto por câncer de boca quanto de faringe, foram maiores nas regiões sul e sudeste em relação ao norte, nordeste e centro-oeste. As diferenças entre as regiões e durante o período investigado quanto ao sistema de registro dos óbitos, à exposição aos fatores de risco e ao acesso ao diagnóstico e tratamento podem explicar as diferenças espaciais e temporais na mortalidade por câncer de boca e faringe. A redução mais acentuada na mortalidade por câncer de lábio e gengiva e entre as localizações anatômicas de mais fácil inspeção clínica sugere uma possível associação entre maior oferta de serviços de saúde e menor taxa de mortalidade por câncer de boca e faringe no Brasil.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/102741
Date January 2005
CreatorsBoing, Antonio Fernando
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Peres, Marco Aurélio de Anselmo
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format109 f.| grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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