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O trabalho associado em Karl Marx

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Politica, Florianópolis, 2008 / Made available in DSpace on 2013-12-05T21:44:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
269459.pdf: 1107587 bytes, checksum: 1920ef8fff03b2958ec2130d898bb978 (MD5) / Esta dissertação consiste numa pesquisa sobre o cooperativismo, tendo como referencial teórico um autor específico, Karl Marx. Tem como objetivo principal contribuir, do ponto de vista teórico-interpretativo, para a compreensão da importância que podem assumir as experiências cooperativistas para os trabalhadores em termos de luta de classes. A emergência de várias iniciativas autogestionárias, sobretudo a partir de 1990, reacende o debate sobre as alternativas ao capitalismo. Num contexto adverso para os trabalhadores, marcado pelo fim da experiência social-democrata e stalinista-soviética na Europa, ressurgem formulações inspiradas nos precursores do cooperativismo da primeira metade do século XIX, em geral, negligenciando a crítica de Marx. Reconhece a importância das experiências autogestionárias para a manutenção de uma significativa parcela da população e do debate no campo teórico sobre suas possibilidades e limites. As referências às cooperativas operárias em Marx, não obstante a ausência de um tratamento sistemático, insere-se na sua perspectiva mais ampla sobre a transição do modo de produção capitalista ao modo de produção associado ou comunista. Na busca par compreender a relação dos trabalhadores com o cooperativismo, na perspectiva de Marx, revisa sua crítica aos socialistas utópicos e a Proudhon, ao mesmo tempo em que explora a relação das fábricas cooperativas com a luta de classes e com as contradições do modo de produção capitalista. O estudo evidencia que a positividade do cooperativismo em Marx está relacionada com a classe trabalhadora em sua luta contra o capital, necessitando, porém, atuar sobre as modernas forças produtivas e, dessa forma, não mantém correspondência com as propostas utópicas e reformadoras do capitalismo. Discute o trabalho associado no interior das fábricas cooperativas, o qual, além de negar o trabalho assalariado, aponta para um novo modo de produção. Conclui que os limites das fábricas cooperativas, enquanto formas de transição dentro do sistema capitalista, relacionam-se com a luta de classes, de forma que o trabalho associado não pode abranger a totalidade das forças produtivas sem que os trabalhadores assumam o poder político. / This dissertation involves a study of the cooperative movement. Its theoretical reference is one specific author, Karl Marx. Its principal objective is to contribute from a theoreticalinterpretive perspective to understanding the importance cooperative experiences can have for workers in terms of class struggle. It discuss the emergence of various self-management initiatives, above all since 1990, wich triggers new debate about alternatives to capitalism. In an adverse context for workers, marked by the end of social-democratic and Stalinist-Soviet experiences in Europe, formulations arise inspired in the precursors of the cooperative movement of the first half of the 19th century in general neglecting Marx#s criticism. Reconize the importance of self-management experiences for the maintenance of a significant portion of the population and of debate in the theoretical field about their possibilities and limits. The references to workers cooperatives in Marx, notwithstanding the absence of a systematic analysis, are inserted in his broader perspective about the transition from the capitalist mode of production to the associated or communist mode of production. In an effort to understand the relationship of workers with the cooperative movement, from Marx#s perspective, it reviews his criticism of the Utopian Socialists and Proudhon; explores the relation of the cooperative factories with the class struggle and with the contradictions of the capitalist mode of production. The study revealed that the positivity of cooperativism in Marx is related to the working class# struggle against capital, requiring action on the modern productive forces and, in this way, does not correspond to the utopian and reformist proposals of capitalism. It concludes that the associated work within cooperative factories, in addition to rejecting salaried labor, point to a new mode of production. But points out that the limits of the cooperative factories as forms of transition within the capitalist system are related to the class struggle in that associated work cannot encompass the totality of the productive forces without the workers assuming political power.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/106619
Date05 December 2013
CreatorsSouza, Jean Adriani de
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Aued, Bernardete Wrublevski
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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