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Diálogos cartográficos em territórios indígenas: o estudo de caso Pankará da Serra do Arapuá no Sertão de Pernambuco

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2014. / Made available in DSpace on 2015-05-05T04:05:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Apresenta-se aqui um estudo sobre os processos de mapeamento das dinâmicas e expressões geográficas dos territórios indígenas no Brasil. O principal desafio é como associar o problema da generalização cartográfica às distintas formas de compreensão de mundo, da terra, do espaço e dos significados da relação entre as sociedades humanas e o meio-ambiente para mais de 305 diferentes etnias indígenas que habitam o Brasil hoje (IBGE, 2010). O método adotado para o estudo deste tema se baseou em reflexão epistemológica e metodológica tendo, como eixo central, a narrativa de um processo de mapeamento com o povo Pankará, habitante do Sertão Pernambucano, em caráter de estudo de identificação e delimitação da Terra Indígena Pankará da Serra do Arapuá. O presente estudo aponta que o processo de elaboração de Sistemas de Informações Geográficas para o mapeamento de territórios indígenas pode também representar um risco a autonomia destes povos, como demonstrou-se a partir da lógica mercantilista apresentada por Chapin (2005), ao afirmar que seria vantajosa a elaboração de SIG para a gestão de seus territórios a partir da renda provinda da exploração de recursos naturais como petróleo, gás natural, madeira, etc em seus territórios, o que pode trazer drásticas conseqüências nas formas de reprodução física e social destes povos. Conclui-se que estas experiências são positivas quando utilizadas, como propõe Bavaresco (2009), como uma ferramenta para o diálogo entre diferentes formas de se pensar o espaço, visando a garantia dos modos de reprodução física e cultural dos povos indígenas.<br> / Abstract : This is a study of the mapping processes of geographical dynamics and expressions of indigenous territories in Brazil. The main issue of this research is the question of scale, but not only in relation to the need for multi-scalar mappings in mapmaking. The main challenge is related to the different scales of subjectively understanding the world, earth, space, and the meaning of the relationship between human societies and the environment for over 305 different indigenous ethnies that inhabit Brazil today. The method adopted for the study of this issue was based on epistemological and methodological reflection having as central axis, the narrative of a mapping process with Pankará indigenous people, inhabitant of the Sertão Pernambucano, in character study of identification and demarcation of Pankará da Serra do Arapuá Indigenous Land.The process of mapping these territories is a hard task. Recently, several institutions, in agreement, co-operation or on demand of the indigenous leaders are developing techniques and methods for producing maps of indigenous territories. These mapping processes are guided by several motives and provide the arise of maps of natural resources, territorial delimitation, sacred spaces, areas of conflict and various other topics, each one tied directly to the political interests of the mapmakers. These mapping initiatives have increasingly expressed itself as important tools for dialogue between different ways of thinking about space.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/132601
Date January 2014
CreatorsBulcão, Luis Lyra da Silva
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Silva, Clécio Azevedo da, Cruz, Carla Bernadete Madureira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format1 v.| il., mapas
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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