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Percepções de práticas de manejo em estabelecimentos equestres quanto à influência dessas práticas para o bem-estar de equinos

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-02-09T03:18:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Na maioria das propriedades, o equino é utilizado para fins agropecuários, contudo há um forte segmento da equinocultura para os usos no esporte, lazer e companhia, que fazem com que o cavalo esteja também em áreas urbanas. Essas áreas geralmente não conseguem proporcionar espaço e alimentação natural para os animais que, portanto, vivem em espaço restrito com alimentação artificializada. Nestes casos, o manejo adotado pode causar problemas de comportamento e de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar por meio de um questionário online as práticas de manejo que estão sendo adotadas nos estabelecimentos equestres do Brasil, com enfoque para os usos de esporte, lazer, companhia e reprodução, e as percepções dos respondentes sobre tais práticas. O convite aos possíveis respondentes ocorreu por mídias sociais, e-mails pessoais ou disparos para grupos, Facebook e sites relacionados a cavalos. A pesquisa contou com 670 respondentes. A auto avaliação quanto à experiência em equinocultura foi de muito experiente (22%), experiente (24%), intermediário (39%), iniciante (9%) e muito iniciante (6%). A maioria dos respondentes indicou que seus cavalos realizavam entre 2 e 7 horas de exercício por semana e o tempo utilizado para higiene do cavalo foi de 2 a 4 horas semanais. As porcentagens de relatos de presença dos diferentes comportamentos anômalos e estereotipias nos cavalos variaram de 11 a 75%. O problema comportamental mais declarado neste estudo foi a agressividade entre cavalos (75%), agressividade com outros animais (51%), seguido por morder madeira (44 %). Quanto à alimentação, apenas 7% dos respondentes ofereciam e achavam ideal alimento 100% pasto, já o feno era utilizado para alimentação por 51% dos respondentes e 53% consideravam feno dispensável. O uso de verde fresco era oferecido por 35% dos respondentes. Quanto à ração, 83% ofereciam e 68% compunham a dieta com 25% de ração. Apenas 13% deixavam o cavalo em grupo no pasto 24h/dia e somente 10% consideravam esta prática ideal. O cavalo ficava em grupo no piquete por pelo menos 6 horas de acordo com 35% dos respondentes e 42% achavam ideal deixar o cavalo no piquete em grupo entre 6-24 horas. A permanência na baia com aberturas por um período de 6-24 horas foi relatada por 51%, enquanto 69% dos respondentes achavam esse período ideal. As principais razões apontadas pelos respondentes para a escolha do manejo alimentar e de alojamento tiveram como objetivo o cavalo, tendo como fonte de informação principal a internet. Os respondentes consideravam próximos do correto os manejos que ofereciam aos seus cavalos, no entanto a prevalências de problemas comportamentais relatadas e não percebidas como fatores negativos indicaram que havia falhas no manejo adotado. Por último, a percepção dos respondentes de que o manejo adotado é em função do bem-estar e saúde dos animais revela uma ideia equivocada a respeito do que é melhor para os cavalos.<br> / Abstract : In many places the horse is still used for agricultural purposes, however there is a very strong growth in use for sport, recreation and company (companionship) resulting in this species also living in urban areas. These urban areas often fail to provide space and natural feed for the animals, therefore, they end up living in restricted spaces with a higher proportion of artificial feed. In these cases, the type of feed management adopted can cause specific problems in behavior and health. The objective of this study was to evaluate the feed management practices being adopted in equestrian establishments in Brazil, and, through an online questionnaire, the perceptions of respondents regarding such practices. The invitation to potential respondents was placed via social media, personal emails or send for groups, along with Facebook and sites related to horses. The self-assessment of the 670 respondents in the survey regarding experience in the equestrian world was: highly experienced (22%), experienced (24%), intermediate (39%), false beginner (9%) and true beginner (6%). Most respondents indicated that their horses were exercised for between 2 and 7 hours per week and the time used each week on horse hygiene was 2 to 4 hours. The percentages of reports of the presence of different abnormal behaviors and stereotypes in horses ranged from 11 to 75%. The behavioral problems most prevalent in this study were aggression between horses, aggression towards other animals, followed by gnawing wood. As for feeding, only 7% of respondents offered 100% pasture and fresh green forage considered this to be the ideal feed, while hay was used for feed by 51% of respondents and 53% considered hay to be expendable. The use of fresh green forage in the stable was indicated by 35% of respondents. As for commercial ration, 83% offered only ration, while 68% respondents used a diet with only 25% commercial ration. Only 13% left the horses in a group in the pasture 24h/day and only 10% considered this practice ideal. The horses were kept in a group in the paddock for at least 6 hours according to 35% of respondents and 42% thought it was ideal to leave the horse in the paddock group for between 6-24 hours. The stay in the stable with windows for a period of 6-24 hours was reported by 51%, but 69% of respondents felt that period ideal. The main reasons given by the respondents for their choice in feed management and housing were aimed at the horse, the main source of information coming from the Internet. Respondents considered the feed management they offered to their horses to be close to correct, however the prevalence of behavioral problems indicate that there is a flaw in the choice adopted. Finally, the perception of the respondents that the type of feed management adopted is based on the welfare and health of animals reveals a misconception about what is best for the horses.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/158918
Date January 2015
CreatorsVieira, Michele Cristina
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Leme, Denise Pereira, Hötzel, Maria José
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format100 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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