Return to search

Um estudo sobre a obra The Fireman, de Ray Bradbury

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-04-25T04:04:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
345494.pdf: 1675327 bytes, checksum: c647016ca46b7b96096ea3b561f78402 (MD5)
Previous issue date: 2016 / Esta tese pretende, a partir da novela The Fireman (1951), de Ray Bradbury, refletir sobre possibilidades de resistência em uma sociedade polarizada entre homens-livros e bombeiros, leitores e telespectadores, literatura e mídia. A primeira alternativa é alicerçada pelo gesto da guardiã do acervo escrito a qual opta em morrer, em sua decrépita morada, com os seus livros embebidos em querosene e consumidos pelas labaredas do encarnado fogo. A renúncia dessa mulher aos axiomas autoritários, sua incorporação do ?preferiria não? produzem ruínas. A segunda alternativa é vislumbrada a partir de resíduos: brasas, fumaças, cinzas, poeiras, fuligens, sombras, imagens dispersas e incertas. Essas sobrevivências indefinidas, voláteis, indistintas entre a visibilidade e a invisibilidade escapam ao controle, possibilitam contágios. Na contramão da disseminação, o vidro é concebido como indício de controle, vigilância. Nesta perspectiva daquilo que, normalmente, é despercebido ou pouco valorizado, interessa, ademais, o ato de fumar cigarros e a prática de caminhar pelas ruas sem objetivo. Produzir pequenas fumaças por meio da queima do tabaco industrializado, assim como chamuscar o tempo em deambulações, em uma sociedade onde ?time is money?, similarmente, são vistos como mecanismos de combate. Ambos são improdutivos, não produzem algo utilitário. Mildred é considerada como sintoma da colonização do corpo humano e da subjetividade, via regulamentações biopolíticas. Mais do que fazer viver ou morrer, interessa criar sobreviventes como investimento de capital. Assim, a esposa do pragmático Montag caracterizaria algo como sobrevida, remanente. O encontro do pirotécnico e burocrata Montag com os homens-livros, ou seja, o desfecho da narrativa de Bradbury, será ponto de partida para a seguinte indagação: como pensar para além do humanismo que contempla e vislumbra o desembrutecimento, a absolvição da alienação, a liberdade, a repressão da animalidade do homem através do acesso aos livros e a sua leitura - a cultura escrita. <br> / Abstract : This thesis aims, through the novella The Fireman (1951), by Ray Bradbury, to reflect on possibilities of resistance in a society polarized between book-men and firemen, readers and viewers, literature and media. The first alternative is based on the gesture of the guardian of the written collection, which chooses to die in her decrepit abode with her books soaked in kerosene and consumed by the flames of the scarlet fire. This woman's renunciation of authoritarian axioms, her incorporation of the ?would rather not? produce ruins. The second alternative is glimpsed from residues: embers, smoke, ashes, dust, soot, shadows, scattered and uncertain images. These indefinite volatile survivals, indistinct between visibility and invisibility, are beyond control, allowing contagions. Contrary to dissemination, glass is conceived as evidence of control, vigilance. In this perspective of what is usually unnoticed or undervalued, there is also an interest in smoking cigarettes and in roaming through the streets without purpose. Producing small fumes by burning industrialized tobacco, as well as scorching time in wandering, in a society in which ?time is money?, are similarly viewed as combat mechanisms. Both are unproductive, they do not produce something utilitarian. Mildred is considered one of the symptoms of the colonization of the human body and of the subjectivity, via biopolitical regulations. More than living or dying, what is interesting is to create survivors as a capital investment. Thus, the wife of the pragmatic Montag would be characterized as survival, remnant. The meeting of the pyrotechnic and bureaucrat Montag with the bookmen, i.e., the outcome of Bradbury's novella, will be the starting point for the following question: how to think beyond the humanism that
contemplates and envisages the unbrutishness, the absolution of alienation, the freedom, the repression of the animality of man through the access to books and reading - the written culture.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/175067
Date January 2016
CreatorsAzevedo, Claudia Chalita de
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Antelo, Raúl
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0019 seconds