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Diagnóstico ambiental do manguesal da Baía da Babitonga, Santa Catarina, através do uso de indicadores ecológicos (parâmetros foliares e produtividade de serapilheira)

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico / Made available in DSpace on 2012-10-18T08:16:22Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T23:31:42Z : No. of bitstreams: 1
179265.pdf: 22706935 bytes, checksum: a9dcdd5449c4c9a405efdec9faa3332c (MD5) / O presente estudo tem por objetivo realizar um diagnóstico da situação atual do manguezal da Baía da Babitonga, SC (26º 02' - 26º28'S e 48º 28' - 48º50'W), através da utilização dos indicadores ecológicos: área foliar, comprimento e largura das folhas e a produtividade da serapilheira das três espécies de mangue identificar os efeitos dos principais tensores que incidem sobre este ecossistemas em diferentes condições ambientais (três estações). A Baía da Babitonga com, aproximadamente, 7.267,7 ha é a terceira maior formação de águas marinhas interiores do litoral catarinense. É também o local de maior concentração de manguezais em Santa Catarina (85 km2). Devido às suas características físicas e cênicas, a Baía apresenta um largo potencial pesqueiro e turístico. Estação I, no Palmital, foi escolhida como estação controle por apresentar o manguezal em bom estado de conservação, apesar da proximidade de áreas de intenso uso agrícola Os tensores observados durante o período de março/99 à março/00: na Estação II, localizada na Ilha do Firmo Dias, Joinville, SC, foram a poluição orgânica (lixo e esgoto), assoreamento e corte de árvores; na Estação III, no Canal do Linguado. assoreamento do canal. As espécies de mangue estudadas foram Rhizophora mangle Linn, Avicennia schaueriana Stapf & Leechman e Laguncularia racemosa Gaerth. Para a quantificação da serapilheira foram utilizadas cestas coletoras ( 0,25 m2) distribuídas em três áreas distintas em função dos impactos diferenciados. Para a avaliação dos parâmetros foliares foram utilizadas 50 folhas de sol para cada uma das espécies de mangue coletadas em cada uma das estações. A produção média diária da serapilheira total obtida foi de 1,20 gPSm-2dia-1 Os resultados indicam que a maior produção corresponde a Estação I, com valor médio de 1,79 gPSm-2dia-1. Os menores valores foram encontrados nas Estações II e III com uma produção média de 0,81 gPSm-2dia-1 e 1,01 gPSm-2dia-1, respectivamente. Em todas as estações a Laguncularia racemosa apresentou relativa dominância (70%). O padrão de queda da serapilheira mostrou uma sazonalidade bem marcante. As folhas de sol de R. mangle, L. racemosa e A schaueriana apresentaram médias de comprimento e largura, respectivamente, de 11,9 e 5,0, 11,5 e 4,8, 11,0 e 3,7 cm (Estação I); 10,8 e 3,9, 10,0 e 3,0 10,3 e 3,4 cm (Estação II), 11,5 e 4,5, 11,7 e 4,7, 11,5 e 3,8 cm (Estação III). As áreas foliares de R. mangle, L. racemosa e A schaueriana foram, respectivamente, na Estação I 29,74, 27,38 e 20,77 cm2 e na Estação III 26,05, 27,29 e 21,76 cm2 sendo os valores médios similares. A Estação II os valores médios foram menores (20,98, 14,83 e 17,77 cm2), como resposta da vegetação frente aos tensores antrópicos a qual está sujeita esta área (deposição de lixo, esgoto, assoreamento e corte de árvores). Os dados obtidos são fundamentais, para o desenvolvimento de outros projetos, principalmente aos que se referem a recuperação de áreas degradadas, proporcionando subsídios para comparar o ambiente da Baía com outros ambientes semelhantes mais intensamente estudados. Apesar de sua riqueza e importância ecológica, a Baía de Babitonga vem sendo utilizada e impactada sem estratégias definidas de manejo, e poucos trabalhos tem sido feitos para estudar este ambiente a partir de um enfoque integrado. O conhecimento sobre aspectos funcionais dos mecanismos de controle da produção biológica deste ecossistema é essencial para o seu entendimento e gerenciamento. Nesse sentido, o diagnóstico ambiental através do uso de indicadores ecológicos como parâmetros foliares e produtividade de serapilheira apresenta-se como ferramenta de auxílio à atual metodologia empregada para o gerenciamento ambiental (Agenda 21), complementando-a de maneira quantitativa e, consequentemente, fortalecendo suas bases para a tomada de decisões administrativas frente às principais questões sobre o uso dos ecossistemas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/79869
Date January 2001
CreatorsSilva, Maria Cristina Moreira da
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Panitz, Clarice Maria Neves
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format112 f.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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