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Declaração de nascidos vivos

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. / Made available in DSpace on 2012-10-20T22:14:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
194709.pdf: 161053 bytes, checksum: 0fcba43771aba7cabe7bf12f53d9ee48 (MD5) / Nosso estudo constou de dois momentos distintos, o primeiro representado pela avaliação do preenchimento das 5346 Declarações de Nascidos Vivos (DNV) em Florianópolis no ano de 1996. Tratou-se de um estudo com metodologia descritiva que demonstrou algumas falhas no preenchimento, principalmente no que se refere a variáveis dependentes de informação das parturientes ou de algum acompanhante, como filhos tidos mortos (81,7%) e realização de pré-natal (34,0%). As variáveis como tipo de parto, idade da mãe e local de ocorrência, foram preenchidas na totalidade; a data de nascimento e o estabelecimento onde nasceu apresentaram perdas de 0,2%, além de peso ao nascer e sexo com 0,8%, que foram as mais bem preenchidas. No segundo momento, foram localizados os 104 óbitos em menores de 1 ano da coorte dos nascidos vivos registrados durante o ano de 1996. Foram agregados ao arquivo através da variável óbito e relacionados com as DNVs pela coincidência do nome da mãe, sendo encontradas 81 DNVs correspondentes, o que constituiu a grande limitação do estudo por não haver controle do tipo de viés ocorrido. A partir deste arquivo utilizamos a análise epidemiológica apropriada para estudo de coortes, que é o Risco Relativo (RR), com seu correspondente intervalo de confiança, tendo como variável dependente à presença ou ausência do óbito. O peso ao nascer menor de 1000g (RR=70,76), o índice de Apgar no quinto minuto abaixo de 7 (RR=59,01), o peso ao nascer menor de 2500g (RR=22,89) e o Apgar no primeiro minuto também abaixo de 7 (RR=18,60), a gravidez múltipla (RR=5,55), a não realização de pré-natal (RR=2,92) e a instrução da mãe (RR=2,09) foram as variáveis que demonstraram associação com a probabilidade de não completar o primeiro aniversário. Nosso estudo demonstrou que é possível determinar a probabilidade de morrer ao conhecermos a situação ao nascer. Ainda é possível avaliar a primeira ação do Sistema de Saúde, uma vez que mesmo com peso e apgar do primeiro minuto baixos, se o Apgar do quinto minuto for alto, diminuirá a chance de morrer. No entanto, o mais importante foi a verificação do grande número de crianças que sobrevivem mesmo tendo nascido em condições biológicas adversas e de crianças que morrem, mesmo nascendo em boas condições. O que nosso estudo mostrou, além de poder prever o óbito em menores de um ano a partir dos dados de nascimento, é que a ação dos Serviços de Saúde, que engloba formação, conhecimento e acesso, pode fazer sobreviver crianças que nasçam em condições biológicas adversas, sendo que o contrário tem probabilidade de ser verdadeiro.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/85727
Date January 2003
CreatorsBotelho, Lúcio José
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Souza, Maria de Lourdes de
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format96 f.| tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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