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Atenção à saúde mental na região da fronteira do Brasil com o Paraguai

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-graduação em Serviço Social / Made available in DSpace on 2012-10-23T06:22:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
247665.pdf: 3128752 bytes, checksum: 73f3d0991729c077644bdd7163aeeadf (MD5) / O presente trabalho caracteriza o quadro atual da saúde mental na fronteira de Foz do Iguaçu-BR e Ciudad del Este-PY, evidenciando as políticas nacionais de saúde mental, as redes públicas de atenção que materializam tais políticas nos dois municípios e a percepção dos agentes referente a dinâmica da mesma. Esta região caracteriza-se por um trânsito permanente de pessoas e produtos que cruzam a fronteira fazendo com a sociedade local apresente um perfil heterogêneo onde seus habitantes convivem com uma realidade singular revestindo-se, assim, de particular importância. Na linha teórica adotada, a atenção em saúde mental está voltada a uma perspectiva de desinstitucionalização da assistência. Esta perspectiva compreende a desinstitucionalização como desconstrução, difundida pela Reforma Psiquiátrica italiana, que vem contribuindo para a revisão da atenção psiquiátrica em todo o mundo. Representa um processo de transformação estrutural da visão da sociedade em relação à loucura, abarcando não apenas o modelo de cuidado, mas, também, a condição social deste sujeito em sofrimento, superando a dicotomia saúde-doença. Através destas referências teóricas, vem sendo conformada prática terapêutica substitutiva ao modelo hospitalocêntrico, através da implementação de políticas públicas. Assim, vem ocorrendo uma transferência do local de cuidado do portador de transtorno mental, passando do hospital psiquiátrico para centros de atenção comunitários, propondo desta forma, a construção e organização de uma rede integrada de atendimento considerando a singularidade e as condições concretas de vida das pessoas que buscam cuidado. Esta análise tem como pano de fundo a discussão dos determinantes sociais de saúde, entendendo estes como as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham. Considera-se a fronteira um "território vivo" , e nesta especificamente, acentuam-se todos os fenômenos sociais como desemprego, pobreza, enfim, determinantes que afetam a saúde da população que lá reside. Necessitando, desta forma, de políticas públicas de saúde e, nesse caso, políticas públicas de saúde mental, que dêem conta da complexidade que envolve a fronteira estudada. Entretanto, a atenção em saúde na região fronteiriça é tratado apenas no plano discursivo não havendo uma preocupação das instâncias governamentais de ambos países em formular e implementar políticas públicas comuns que favoreçam a redução das iniqüidades em saúde.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/90121
Date January 2007
CreatorsMarca, Lurdiane Andréa
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Nogueira, Vera Maria Ribeiro
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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