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Importância da investigação da mutação JAK2V617F em pacientes com neoplasia mieloproliferativa crônica BCR/ABL negativa e sua associação com a expressão da proteína antiapoptótica survivina como marcador diagnóstico

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T18:25:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
290078.pdf: 1716302 bytes, checksum: 4c8d93eaf73b6f70dca15d139b2d391a (MD5) / As neoplasias mieloproliferativas crônicas (NMPC) são neoplasias originadas por uma proliferação clonal de um progenitor hematopoiético pluripotencial. Em 1951, William Dameshek descreveu a relação existente entre a policitemia vera (PV), a trombocitemia essencial (TE) e a mielofibrose primária (MFP), propondo que essas doenças, juntamente com a leucemia mieloide crônica (LMC) e a eritroleucemia, fossem agrupadas em uma categoria geral de síndromes mieloproliferativas. No entanto, ao longo dos anos, essa classificação foi reavaliada e, atualmente, a PV, a TE e a MFP são denominadas neoplasias mieloproliferativas crônicas (NMPCs) BCR/ABL negativas. De acordo com a revisão dos critérios adotados para o diagnóstico das NMPCs, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2008, a presença da mutação JAK2V617F é considerada critério de maior importância para o diagnóstico de PV, e, na TE e MFP representa um marcador clonal. A JAK2V617F ativa constitutivamente a proteína transdutora de sinal STAT3, que está relacionada com a expressão da proteína antiapoptótica survivina e com a progressão maligna. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a prevalência da mutação JAK2V617F em pacientes com diagnóstico de NMPC BCR/ABL negativa, e associar com a expressão da proteína antiapoptótica survivina, como marcador diagnóstico, e com dados laboratoriais e clínicos dos pacientes. Do total de 54 casos incluídos no estudo, 32 casos (59,3%) apresentaram a mutação JAK2V617F e 22 casos (40,7%) foram negativos. A neoplasia de maior prevalência foi a TE, sendo diagnosticada em 61,1% dos casos, seguida da PV, diagnosticada em 26% dos casos. Não foi observada diferença estatística significativa da presença da mutação entre homens (57,7%) e mulheres (60,7%). Os indivíduos positivos para a mutação JAK2V617F apresentaram uma mediana de idade maior (61,5 anos) do que os indivíduos sem a mutação (52,5 anos). Os resultados deste trabalho não mostraram nenhuma associação entre a presença da mutação JAK2V617F e a ocorrência de trombose e/ou esplenomegalia. A presença da mutação JAK2V617F não está associada com a ocorrência de anormalidades laboratoriais nos indivíduos com MFP; já os pacientes positivos para mutação JAK2V617F e diagnosticados com PV e TE tiveram aumento significante na contagem de eritrócitos e plaquetas, aumento na mediana de idade e na leucometria, respectivamente. A expressão da proteína survivina não foi detectada nas medulas ósseas dos indivíduos deste estudo, independente da presença ou ausência da mutação JAK2V617F. As evidências obtidas nesse estudo permitem concluir que, diferente da importância bem definida como valor diagnóstico, a relevância prognóstica da presença da mutação JAK2V617F nos casos de NMPCs BCR/ABL negativa permanece controversa. Além disso, a investigação da expressão da proteína survivina em biópsia de medula óssea não serve como um bom marcador para o diagnóstico dos pacientes com NMPC BCR/ABL negativa.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/94948
Date25 October 2012
CreatorsBarcelos, Michelle Maccarini
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Silva, Maria Cláudia Santos da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format187 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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