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Alternância de temperatura na quebra de dormência física e identificação de entrada de água nas sementes de Cassia leptophylla Vogel e Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T19:20:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
294693.pdf: 4645830 bytes, checksum: b38bc243d004dfa604872df0e962f98d (MD5) / A dormência em sementes é definida como um bloqueio da germinação, mesmo quando elas encontram em condições apropriadas para germinar. A dormência física ocorre quando a semente possui um tegumento impermeável à água, impedindo a embebição e posterior germinação. Conforme literatura, a dormência física das sementes de Fabaceae é quebrada quando, sob altas temperaturas, rompe-se o estrofíolo, estrutura especializada. O objetivo desse trabalho foi verificar os efeitos da alternância de temperatura na quebra de dormência física e identificar o local de entrada de água nas sementes de duas espécies de Fabaceae, Cassia leptophylla e Senna macranthera. Para quebra de dormência física em alternância de temperatura, as sementes das duas espécies foram submetidas a diferentes temperaturas (20ºC/30ºC, 15ºC/25ºC, 15ºC/30ºC e 25ºC/35ºC) e, como controle, temperaturas constantes (15ºC, 20ºC, 25ºC, 30ºC e 35ºC). Também foi testado se a dormência física é quebrada por altas temperaturas, sendo as sementes colocadas em estufa e mantidas por 2 horas, durante 3 dias, a 35ºC, 40ºC e 45ºC. A análise da morfologia das sementes foi feita em microscópio estereoscópico. Para análise da histologia dos tegumentos, em microscopia óptica, foram feitas secções transversais e longitudinais, com micrótomo de deslize. Foram realizados testes histoquímicos (floroglucinol acidificado, cloreto férrico, sudan IV, vermelho de rutênio e azul de toluidina) e análise de fluorescência com azul de anilina. Também foram feitas dissociações de células com peróxido de hidrogênio e acido acético glacial. Para a identificação de entrada de água, sementes com e sem escarificação térmica de 2 min foram imersas em azul de anilina (15 e 30 min e 1, 2 e 3 h), seccionadas e observadas em microscopia óptica. Sementes tratadas e não tratadas foram secas em sílica gel e a superficie hilar foi analisada em Microscópio Eletrônico de Varredura. A alternância de temperatura e as altas temperaturas não foram eficazes para a quebra da dormência física, pois em todos os tratamentos houve uma baixa porcentagem de germinação para ambas as espécies. A região hilar é apical em C. leptophylla e subapical em S. macranthera e constituída por hilo, micrópila e estrofiolo. Constituição da testa: cutícula (região extra-hilar) ou remanescentes funiculares (região hilar), camada subcuticular (não cutinizada, com substâncias pécticas), camada paliçádica, osteoesclereídes e parênquima esclerificado. A camada paliçádica é formada por macroesclereídes alongadas, com linha lúcida (refrativa, com calose). As osteoesclereídes estão sob a paliçada (ausentes na região hilar) e internamente ao parênquima esclerificado, têm forma de ampulheta, paredes espessas e não lignificadas. O parênquima esclerificado é homogêneo, com células de paredes espessas e não lignificadas. O tégmen (células brancas) é formado por células achatadas tangencialmente e com paredes delgadas, com cutícula distinta entre estas células e a testa. As características do tegumento, como a calose, justificam a restrição na embebição de água pela semente sem procedimentos de quebra de dormência física. A embebição de corante em sementes escarificadas termicamente indicou que a água entra pelo canal micropilar em C. leptophylla e pela região do estrofíolo em S. macranthera. A análise ultraestrutural da região hilar das sementes de C. leptophylla e S. macranthera revelou que, naquelas sem tratamento, os tecidos mantiveram-se intactos. Entretanto, quando utilizada a escarificação térmica, para quebra da dormência física das sementes, a micrópila de C. leptophylla e o estrofíolo de S. macranthera mostraram-se alterados. Com isso, conclui-se que a entrada de água em sementes com dormência física quebrada por escarificação térmica em C. leptophylla ocorre através da micrópila e em S. macranthera através do estrofiolo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/95011
Date January 2011
CreatorsPaula, Alexandre Souza de
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Santos, Marisa, Paulilo, Maria Terezinha Silveira
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format75 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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