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A Indústria automobilística brasileira

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Economia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T23:34:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
290390.pdf: 1213189 bytes, checksum: cbe3a74caacccee7342547a2f9589c5a (MD5) / O presente trabalho apresenta um estudo da evolução da cadeia de valor da indústria automobilística brasileira no período de 1996 a 2008, com foco em três aspectos centrais: a modernização da indústria, a distribuição de renda entre os elos da cadeia e a governança exercida pelas montadoras. Para a análise da modernização, foram reunidos indicadores de produtividade, tanto em valor e quanto em quantidades físicas. Constatou-se expressivo ganho de produtividade das montadoras ao longo do período, e relativa estabilidade ou até mesmo declínio em outros setores. Também foram analisados indicadores de inovação tecnológica, em que se verificou um maior esforço em atividades inovativas desempenhadas pelas montadoras de veículos, embora, no período de 1998 a 2000, no auge dos novos investimentos decorrentes do Regime Automotivo Brasileiro, o setor de fabricação de peças e acessórios apresentou melhores indicadores de inovação, o que sugere que as empresas do setor tiveram que se modernizar nesse período para atender às novas demandas das montadoras. Para o estudo da distribuição da renda, foram analisadas as remunerações das empresas, medidas pelo valor adicionado, e dos trabalhadores, medidas pelos salários. Verificou- se que menos de 1% das empresas do setor responde por 40% do valor adicionado na cadeia, e que os salários são mais elevados nos setores de montagem de veículos, não havendo, ao longo do período analisado, alteração significativa nesse quadro. Constatou-se, ainda, uma pequena descentralização da atividade produtiva e, consequentemente, da renda e do emprego, face à instalação de montadoras fora do eixo São Paulo - Minas Gerais. As regiões Sul e Nordeste foram as principais beneficiadas, mas a região Sudeste permanece sendo o polo dinâmico da indústria automotiva. Para a análise da governança, foi realizado um estudo de caso da Renault do Brasil, mediante aplicação de um questionário. Os resultados mostram que a empresa exerce um papel ativo de governança, principalmente com os fornecedores de primeiro nível. Estes, em sua maioria, são empresas multinacionais, que tem capacidade de operar em um sistema de just-in-time mesmo não estando presentes na planta industrial da montadora. O estudo revelou uma estrutura de governança modular em relação aos fornecedores de primeiro nível, e uma relação puramente mercadológica com os fornecedores de segundo nível. / The present work shows a study on evolution of Brazilian automobile industry value chain in the period 1996-2008, focusing three core aspects: industry upgrading, income distribution within the chain and the governance of automakers. To upgrading analysis several productivity indexes was alculated. It was observed an impressive productivity gain by automakers in that period and relative stability or even decline in others sectors. echnological innovations indicators also were evaluated and the results show that, again, automakers have employed major efforts in innovation activities. But, between 1998 and 2000, when a lot of investment was done in response to Brazilian Automotive Regimen, the autoparts sectors showed better innovation indicators. It suggests that the firms had to upgrade in that period to attend the new demand of automakers. To income distribution study, it was analyzed firms and workers remuneration, measured by added value and wage and others remuneration, respectively. Results show that 1% of firms have 40% of value added in the chain, and higher wages are in automakers sector and no change was performed along the period. Yet, a few trend of decentralization of production and of income has been seen, by the installation of new plants out of the axis São Paulo - Minas Gerais. South and Northeast regions were the main beneficiates, but Southeast is still the dynamic polo of automotive industry in Brazil. To governance analysis, Renault's case study was performed by doing an inquiry to firm managers. The results show that the company exerts an active role in chain governance, mainly respect to first tier suppliers. These suppliers are big transnational corporations that have the capability to operate just-in-time system even when they are not located near to automakers plants. The tudy revealed a modular structure of governance respect to first tier supplier, and a purely market-based governance to second tier suppliers.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/95276
Date25 October 2012
CreatorsTorres, Ricardo Lobato
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Cario, Silvio Antonio Ferraz
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format179 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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